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    Arquivo: Edição de 30-11-2021

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    Manuel Augusto Dias recorda em livro a(s) História(s) da Primeira República no Concelho de Valongo

    Fotos MANUEL VALDREZ
    Fotos MANUEL VALDREZ
    «Valongo na Primeira República», assim se chama o mais recente livro da autoria de Manuel Augusto Dias, apresentado no Museu Municipal de Valongo na passada noite de 3 de novembro. A obra (promovida pela Câmara de Valongo) relata os acontecimentos políticos e sociais que marcaram o concelho de Valongo, por altura da implantação da República. Ao longo dos 15 capítulos o autor dá a conhecer o rico período - nas suas palavras - da História Contemporânea que constituiu a Primeira República, entre 1910 e 1926.

    Na presença dos presidentes da Câmara e da Assembleia Municipal de Valongo, respetivamente, José Manuel Ribeiro e Abílio Vilas Boas, entre muitos outros convidados, Manuel Augusto Dias, que é também diretor de A Voz de Ermesinde, guiou os presentes, ao longo de cerca de uma hora, numa “viagem” ao referido período da História, recordando, inúmeros factos históricos, desde logo o momento da implantação da República no Concelho de Valongo, efeméride ocorrida a 10 de outubro de 1910.

    ERMESINDE TEVE PAPEL IMPORTANTE NESTE PERÍODO

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    Recordou igualmente o destaque que Ermesinde teve nesta implantação, não só porque aqui estava sediado o único centro republicano do concelho, criado dois anos antes da implantação do regime republicano, mas também porque esta era a terra onde vivia Joaquim Maia Aguiar, que na voz do autor foi uma figura central da proclamação da República em Valongo. Médico de profissão, nascido no Fundão, Maia Aguiar é a personalidade que está à frente dos destinos de Valongo na primeira metade da Primeira República, de 1910 a 1917, sendo ele o administrador e presidente da Câmara nesse período. Foi, ainda nas palavras do historiador, o republicando ermesindense que mais tempo exerceu o poder em Valongo durante a Primeira República.

    Outra figura da nossa cidade e que esteve diretamente ligada à implantação da República no nosso concelho foi Luís Augusto Marques de Sousa, ele que viria a assumir o cargo de primeiro vice-presidente da Comissão Republicana Municipal de Valongo, mas por pouco tempo. Fundador e dirigente do Centro Comercial do Porto este ilustre ermesidense deixou o cargo na câmara municipal em 1911 por causa dos seus interesses comerciais, ou seja, numa época em que não havia luz elétrica, as reuniões da Câmara no inverno tinham de ser antecipadas para o principio da tarde, com luz solar, um horário que era de todo impeditivo a Marques de Sousa, devido aos tais afazeres profissionais no Porto, tendo sido esta a razão pela qual deixou as funções políticas tão cedo.

    Nesta viagem histórica a imprensa não ficou de lado, tendo Manuel Augusto Dias recordado a fundação de dois jornais no concelho após a implantação da República. Um em Ermesinde, de nome Maia-Vallonguense, de cariz claramente republicano, e o outro em Valongo, o Vallonguense, de índole religiosa, já que era pertença da igreja.

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    Na voz do autor os capítulos 7 e 8 são provavelmente aqueles que darão mais gosto ler, capítulos de fervor republicano, porque são capítulos onde há maior conflitualidade. E a título de exemplo recordou o período da Monarquia do Norte, que em Valongo teve um episódio peculiar. Isto é, os monárquicos de Ermesinde, unidos a outros defensores da Monarquia das restantes freguesias, deslocaram-se a Valongo para impor a lei do regime deposto a 5 de outubro de 1910. Ali chegados atiraram pela janela o busto da República que decorava a sala das sessões camarárias, imagem esta que atualmente se encontra exposta no Museu Municipal de Valongo, sendo aliás o busto que ilustra a capa deste livro, e que foi restaurado em 1980 pelo pintor ermesindense Manuel Carneiro.

    Exemplos do progresso e prosperidade que o concelho conheceu no período da Primeira República foram igualmente evocados nesta autêntica aula de História, sendo aqui de salientar a industrialização neste período, cabendo aqui a Ermesinde mais uma vez um papel de relevo no livro, com a memória da Fábrica da Cerâmica e da Fábrica de Tecidos de Sá, duas das maiores indústrias do concelho criadas na Primeira República, duas unidades fabris que tiveram na condução dos seus destinos dois republicanos; respetivamente Augusto César Mendonça e Amadeu Sousa Vilar. Esta última figura tem, aliás, um lugar de destaque na história de Ermesinde, já que foi ele o primeiro presidente da Comissão Administrativa Paroquial Republicana, o equivalente à atual junta de freguesia. Ainda no capítulo dos progressos que a Primeira República trouxe ao concelho, o autor destacou a concretização do projeto do prolongamento da linha do elétrico de Águas Santas a Ermesinde, a qual passou a ligar o Porto à nossa freguesia; ou a construção da Avenida Oliveira Zina, em Valongo, graças ao benemérito... Oliveira Zina que financiou a construção da obra.

    Também a educação/instrução conheceu fortes avanços neste período da história. Por exemplo, em Ermesinde, foi criado o ensino noturno, destinado a adultos que não tendo tido a oportunidade de frequentar a escola o fizessem em regime pós laboral.

    Estes foram apenas alguns “capítulos” de um livro de peso, com muito que ler, como frisou o autor.

    JOSÉ MANUEL RIBEIRO DESVENDA DESAFIO FEITO A ERMESINDE

    (...)

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