Valongo, Gondomar e Paredes são os primeiros concelhos a ter sistema de vigilância na floresta
Os concelhos de Valongo, Paredes e Gondomar vão ser os primeiros onde irão ser instaladas câmaras óticas e térmicas para monitorizar, proteger e antecipar o impacto dos incêndios rurais na floresta.
Os responsáveis pelo projeto adiantam que a REN e a Universidade de Coimbra estão a fazer testes para a instalação das câmaras de vigilância, acrescentando que «a instalação destes dispositivos surge no âmbito do rePLANT, um projeto de interesse nacional, que junta 20 entidades, 70 investigadores e técnicos especializados e que irá trazer novas tecnologias para desenvolver a floresta portuguesa e torná-la mais segura».
A mesma fonte refere ainda que «estes sistemas de videovigilância colocados nos postes da REN vão fornecer imagens em tempo real, com informações sobre a meteorologia e a vegetação, através de colocação de sensores, que enviam uma comunicação para os sistemas de informação a serem criados para o efeito. A investigação científica permitirá dotar estas ferramentas tecnológicas de dinâmicas para detetar focos potenciais de incêndio, mas sobretudo para a simulação do comportamento do fogo e monitorização dos incêndios, contribuindo para a resiliência e integridade das infraestruturas elétricas. No território, estas ferramentas inovadoras terão impactos na melhoria dos sistemas de prevenção, combate a incêndios e diminuição de risco para as equipas envolvidas, e ainda na gestão de outras infraestruturas existentes nos territórios, como as infraestruturas energéticas, rodoviárias, ferroviárias, industriais, entre outras».
Prevê-se a instalação de um conjunto de sistemas de vigilância, nas regiões norte e centro de Portugal, que vão possibilitar uma melhor gestão integrada dos incêndios rurais, numa área prevista que poderá atingir cerca de 226.000 hectares da cobertura florestal do país.
O rePLANT é um projeto tecnológico inédito que junta empresas e universidades para a valorização e defesa da floresta. Este projeto mobilizador liderado pela Navigator Forest Portugal com coordenação técnico-científica do CoLAB ForestWISE, foi iniciado em julho de 2020, engloba 20 entidades e irá trazer novas tecnologias para desenvolver e tornar mais segura a floresta portuguesa, num investimento de cerca de 6 milhões de euros.
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