COVID-19 - Situação em Portugal e no mundo (dados de 19/11/2021)
O número de Novos Casos de Covid-19 continua a aumentar. Assim como aumenta o número de doentes internados em enfermaria e, embora menos, os doentes internados em Cuidados Intensivos. Da mesma forma, aumenta o número de pessoas que estão a falecer por Covid, embora a Taxa de Letalidade esteja a descer desde há meses. Se dependesse apenas do número de Novos Casos, a situação em Portugal estaria francamente no Vermelho. Mas a vacinação em massa veio alterar completamente a gravidade da doença.
A situação em Portugal, sem dúvida a quinta vaga pandémica, acompanha o resto da Europa. Mas, porque a vacinação em Portugal foi praticamente universal superior a 90% da população elegível para vacinação, neste nosso país a situação está muito mais controlada do que no resto da Europa. Muitos países falam já de novos confinamentos, obrigatoriedade da vacinação para certos grupos de população, importantes limitações para não vacinados, etc., o que está a gerar conflito social. Cá ainda não. E não parece que novas medidas de contenção desta quinta vaga pandémica venham a ser muito duras.
Decorre no momento em que se redigem estas linhas a reunião de especialistas no INFARMED. E algumas notícias vão chegando a público:
- a maior parte das situações de Covid-19 ocorre na população mais jovem e não vacinada, nomeadamente os jovens de idade até 9 anos.
- a variante predominante em Portugal é a variante Delta, menos sensível à vacinação é mais contagiosa do que as outras variantes.
- o número de doentes internados aumenta, mas aumenta muito devagar, o que não coloca pressão nos Serviços Hospitalares.
- a terceira dose da vacina susteve o aumento da doença que se estava a verificar nos mais idosos. Será necessário administrar a terceira dose em toda a população elegível para esta dose até ao final do ano.
- a vacinação poderá ter poupado 200 mil infeções, 135 mil internamentos em enfermaria, 55 mil internamentos em UCI e 2.300 mortes.
- como medidas de mitigação da presente vaga, os especialistas estão a propor as seguintes medidas: reforço da testagem, nomeadamente da autotestagem; uso sistemático de máscaras em interiores, eventos públicos e ambientes não controlados; distanciamento social; definição de número de pessoas por metro quadrado em estabelecimentos; apostar na vacinação das pessoas elegíveis (neste momento são os maiores de 65 anos e grupos vulneráveis).
Neste número de “A Voz de Ermesinde” só se apresentam, de novo, os gráficos da Prevalência. À data do anterior número do jornal, a Prevalência diminuía. Porém, agora aumenta. Mas o número de Doentes Ativos ainda está muito mais baixo do que em anteriores vagas. Devemos cumprir as instruções do Governo para invertermos esta tendência
Em Valongo, a tendência é igualmente crescente. Em sete dias a Incidência Acumulada a 14 dias passou de 76 pata 106 doentes por 100.000 habitantes, mantendo-se o concelho, apesar disso, no 2.º nível de alerta de 6 níveis possíveis.
Não se apresentam dados da Europa, por não publicação nos sites habituais.
O Natal aproxima-se. Se não cumprirmos as regras de mitigação que vão ser adotadas pelo Governo, arriscamo-nos a não ter, de novo, um Natal normal.
PROTEJA-SE E PROTEJA OS OUTROS
José Campos Garcia*
*Médico
|