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Edição de 31-03-2024
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    Arquivo: Edição de 20-10-2021

    SECÇÃO: Saúde


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    MEDICINA DE A a Z (Continuação)

    CIRROSE (HEPÁTICA)

    Trata-se da destruição irreversível da arquitetura do fígado que o coloca na situação de não-funcional. O fígado tem funções metabólicas muito importantes. É, por assim dizer, a central química do organismo. A Cirrose é uma doença mortal, sendo que a sobrevivência ao fim de 5 anos é de 50% (ao fim de 5 anos metade dos doentes já morreu). A causa mais frequente de cirrose hepática é o consumo exagerado e prolongado de álcool. Os sinais principais desta doença são a coloração amarela de pele e mucosas e o volume exagerado do abdómen. Este último sinal tem origem na anatomia do fígado, pois toda a circulação que vem dos intestinos (veia porta hepática) passa pelo fígado. Além disso, a grande veia que vem da parte inferior do organismo (a veia cava inferior) passa pelo interior do fígado. A cirrose leva à perda da elasticidade normal do tecido do fígado. Aquelas veias são comprimidas, o sangue circula com muita dificuldade e há saída de líquido do compartimento vascular, que se acumula no abdómen (ascite). O único tratamento possível é o sempre complexo transplante de fígado. A melhor forma de evitar esta grave e desagradável doença é evitar o consumo exagerado de álcool, que nunca deve ser superior ao equivalente a 10 g de álcool puro por dia, o que corresponde a uma garrafa de vinho maduro por dia. Uma situação frequentemente detetada em ecografias (ver abaixo) é a “esteatose hepática”. Nem sempre a imagem correspondente a esteatose hepática é verdadeiramente uma esteatose hepática, pois o diagnóstico só é possível por biópsia (ver acima). Mas deve constituir um sinal de alarme que deve levar o paciente a verificar se não está a consumir, sem se aperceber, quantidade exagerada de álcool.

    CISTITE

    É uma inflamação da bexiga (urinária). A causa mais frequente é a infeção. Trata-se duma infeção muito frequente, principalmente nas senhoras que, por causa da anatomia da parte inferior do seu aparelho urinário, as torna muito vulneráveis. Deve evitar-se tomar qualquer tipo de antibiótico antes de consultar um médico. O tratamento correto desta infeção obriga à identificação da bactéria responsável. Um antibiótico tomado antes do estudo analítico necessário impede a identificação da bactéria. Neste caso, o médico desconhece a bactéria responsável pela infeção e vê-se obrigado a medicar com antibióticos muito potentes que combatem uma variedade enorme de bactérias, mas são mais tóxicos, mais caros e podem causar, com o tempo, a chamada “resistência” (as bactérias adaptam-se ao antibiótico e tornam-no inútil).

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    CLAUDICAÇÃO

    É o termo técnico para “mancar”. Um doente que manca, em termo médico claudica. Só se aborda um tipo de claudicação, que é muito grave e pode levar à amputação do membro – a claudicação por oclusão arterial. Uma artéria duma perna, por qualquer motivo (excesso de colesterol no sangue, por exemplo, ver abaixo), entope. Normalmente o entupimento não é imediato, vai-se instalando. Mas normalmente é irreversível. O doente começa a claudicar, por deficiente aporte de sangue à perna. Pode pensar que é por “reumatismo” e vai adiando a consulta médica. Perante uma claudicação há certos sinais e sintomas que o médico pesquisa para diagnosticar a causa da claudicação. Depois procede a certos exames, nomeadamente ecografias e arteriografias (RX às artérias, com recurso a líquidos opacos injetados nas próprias artérias). O único tratamento possível é a substituição da artéria doente por uma veia retirada de local adequado. Embora a veia faça falta à pessoa, ao menos evita-se a amputação.

    CLISTER OPACO

    Trata-se duma técnica de radiologia clássica que caiu em desuso pela facilidade com que hoje se faz a chamada “colonoscopia” (ver abaixo). Na prática administra-se ao paciente um clister com um líquido opaco ao RX e faz-se depois uma radiografia ao abdómen. Pode ter muito interesse em caso de “oclusão intestinal”. Esta situação muito grave resulta do “entupimento” do intestino e habitualmente tem origem num tumor. O clister deteta muito facilmente o local da obstrução, do que depende, em larga medida, o tipo de cirurgia necessária para resolver a situação.

    (...)

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    José Campos Garcia*

    *Médico

     

     

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