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    Arquivo: Edição de 30-06-2021

    SECÇÃO: Destaque


    COVID-19 - Situação em Portugal, no Grande Porto e no mundo (dados de 25/06/2021)

    A situação da pandemia em Portugal acusa um agravamento, cujo início pode ser colocado no dia 14 de junho. Apontam-se várias razões para isso: a vinda dos turistas ingleses; a final da Champions no Dragão; a variante Delta; etc.. Mas acima de todas estas possíveis razões, há uma muito mais importante: o relaxamento dos cuidados. Muitos setores da população relaxaram-se, provavelmente embalados pelos números muito favoráveis do início do mês, bem como pelo progresso da vacinação. E os resultados estão aqui: na matriz de Risco Portugal está bem dentro da área vermelha.

    No entanto, este agravamento não é uniforme. Ocorre principalmente na Região de Lisboa e Vale do Tejo e na Região do Algarve. Isto leva-nos, de facto, a pensar que o vírus fala inglês…

    O número de doentes internados, tanto em enfermaria como em Cuidados Intensivos, aumenta, o que não deve espantar ninguém. Mas estão muito longe dos números do início do ano.

    Pelo contrário, a Taxa de Letalidade do vírus continua a baixar, estando neste momento no valor de 1,960% com tendência a baixar. A vacinação permitiu imunizar as pessoas mais vulneráveis (os idosos e os portadores de determinadas doenças). Essas pessoas não contraíram a doença ou, se a contraíram, foi menos grave do que teria sido se não tivessem sido vacinadas.

    No dia 25 de junho a situação de transmissibilidade do vírus pode resumir-se a três números:

    - o Índice de Transmissibilidade (DGS) para o território nacional é de 1,14

    - o Índice de Transmissibilidade (DGS) para o Continente é de 1,15

    - o Fator de Crescimento (nosso cálculo) é de 1,04 com tendência a subir

    Estando estes índices acima do valor 1, significa que a pandemia está a ganhar força, pelo que é preciso mais empenho para inverter a tendência.

    Observa-se no gráfico seguinte a evolução do número diário de Novos Casos, em clara subida, como mostra a Linha de Tendência (a ponteado).

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    O número de doentes internados acompanha a subida do número de Novos Casos. A tendência atual é crescente. Pode ainda dizer-se que a percentagem de doentes internados em relação ao número de doentes em fase ativa da doença está a aumentar, bem como a percentagem de doentes internados em Cuidados Intensivos em relação à totalidade dos doentes internados. A doença aparentemente é mais grave e a idade média dos doentes internados é mais baixa (40 a 50 anos). Isto é dramático.

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    No Distrito de Porto a situação continua mista. No entanto, são mais evidentes os casos de melhoria do que os de agravamento. E nos concelhos onde há agravamento, este é discreto. O nosso concelho de Valongo é dos que acusa um discreto aumento do número de casos. Para comparação colocou-se o concelho de Lisboa.

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    Se olharmos para o que se passa na Europa (painel escolhido), não nos devemos envergonhar. Os únicos países que apresentam melhor evolução do que Portugal é a Alemanha e a Itália. Apesar de tudo!

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    Em termos de mortalidade e apesar do aumento do número de Novos Casos, mantemos um honroso primeiro lugar, mesmo melhor do que no Reino Unido. Nem tudo é mau.

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    Para terminar e repetindo o apelo.

    Vamos todos fazer uma forcinha para baixar os números do Covid. Certo que o aumento não foi à custa do concelho de Valongo. Mas se alertarmos a nossa rede de contactos, chegaremos a mais pessoas.

    NÃO SE DISTRAIA, PONHA A MÁSCARA

    Campos Garcia*

    *Médico

     

     

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