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Edição de 29-02-2024
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    Arquivo: Edição de 30-06-2021

    SECÇÃO: Editorial


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    Parabéns aos nossos “Soldados da Paz”

    Os Bombeiros Voluntários de Ermesinde completaram este mês cem anos. Muitos parabéns, pois, aos nossos “Soldados da Paz” e a todos aqueles que lhes deram vida e que tudo fazem para a manter.

    Na edição anterior, tal como acontece nesta, dedicamos várias páginas a esta importante associação humanitária e à comemoração do seu centenário. Lembramos as suas qualidades, disponibilidade e voluntariado ao serviço da comunidade, mas damos também publicidade às suas justas reivindicações. O governo tem de olhar para este tipo de instituições com mais responsabilidade, tendo em atenção as suas funções e imprescindível necessidade.

    Recordemos agora, numa breve síntese, o aparecimento dos primeiros bombeiros em Portugal. Foi o primeiro rei da 2.ª dinastia, D. João I, Mestre de Avis, quem, por meio da Carta Régia, datada de 23 de agosto de 1395, tomou a primeira iniciativa tendente à organização do Serviço de Incêndios de Lisboa, explicitando a forma de o combater mais rapidamente e estabelecendo, «que os pregoeiros da cidade saíssem de noite pelas ruas, a avisar, em voz alta, os moradores, de que deveriam tomar cuidado com o lume em suas casas».

    Na segunda maior cidade do país, Porto, os Serviços de Incêndio passaram a funcionar poucos anos depois, já no século XV. Medidas avulsas de prevenção iam sendo tomadas, um pouco por todo o país, sobretudo nos meios urbanos maiores, ao longo dos séculos seguintes.

    A título exemplificativo, recorde-se a decisão que tomou a Câmara do Porto, na sua reunião de 14 de julho de 1513: «eleger diversos cidadãos para fiscalizar se os restantes moradores da cidade apagavam o lume das cozinhas à hora indicada pelo sino da noite».

    Contudo, só com o primeiro rei da 4.ª dinastia, D. João IV (em meados do séc. XVII), é que podemos falar, propriamente, de um Serviço de Incêndios organizado. Tentou introduzir-se o sistema já usado em Paris, deliberando o Senado Municipal de Lisboa adquirir o material e equipamentos necessários para o efeito.

    Os 3 primeiros “quartéis” de Lisboa foram criados no reinado de D. Afonso VI e eram, na prática, três armazéns para arrecadação do material e equipamento destes primeiros “Soldados da Paz”.

    Entre nós, a prestigiada Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ermesinde foi fundada na sequência de uma reunião que se realizou na Travagem (no então Hotel Sobral), no dia 1 de junho de 1921.

    Segundo “A Voz de Ermesinde”, de 12 de julho de 1988, essa reunião foi presidida por João Maria Belo de Morais, e secretariada por Cristiano Guilherme Cordeiro e Augusto Medina. A ata dessa assembleia fundadora da briosa Corporação dos Bombeiros de Ermesinde, terá sido assinada ainda pelos seguintes elementos: Ernesto Tomás Coutinho, Eduardo Maia de Medina, Augusto César de Mendonça, Amadeu de Sousa Vilar, Manuel Pinto de Azevedo, Joaquim Garcia Ribeiro Teles, Júlio Alcino Cordeiro, José Guilherme Rodado dos Santos, Carlos Meireles de Mendonça, Alberto Garcia de Ribeiro Teles, Aurélio dos Santos Coelho, José Nicolau Saraiva, Feliciano Sobral, Armindo de Almeida, António Andrade de Sousa, Delfim da Cruz Lima e Joaquim Rodrigues dos Santos Gomes. Nessa mesma data seriam aprovados também os seus primeiros Estatutos.

    Por: Manuel Augusto Dias

     

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