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Edição de 31-03-2024
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    Arquivo: Edição de 30-04-2021

    SECÇÃO: Destaque


    CONTRIBUTO PARA A HISTÓRIA DA IMPRENSA DE ERMESINDE

    O “Jornal de Ermesinde”

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    A segunda tentativa para criar um jornal em Ermesinde, ainda em meados do século XX, surgiu em junho de 1956, tinha por título “Jornal de Ermesinde” e como principal responsável o diretor, J. Martins. A edição, composição e impressão foi da responsabilidade da Editorial Crisos, de Ermesinde.

    A primeira página, a última e as páginas centrais são a duas cores (preto e vermelho).

    A Redação é responsável pelo artigo a que se dá maior destaque na 1.ª página “Razão de Ser!”, onde se dá a explicação dos objetivos do jornal, falando-se explicitamente «duma iniciativa tendente a procurar a realização das mais razoáveis e ansiosas aspirações de quantos nasceram e vivem nesta terra». E mais adiante, escreve-se «quase nos temos de limitar a escrever o “nome” da melancólica e monótona vila, que parece gritar aos ouvidos de todos e de cada um, o seu patente inconformismo com a indiferença e esquecimento a que tem sido votada».

    Outros artigos chamados à 1.ª página são: “Um passeio por Ermesinde”, com uma foto da Estação de Ermesinde”; “Assim não pode ser!”, uma crítica pelo facto de na vila não haver ainda nem uma esquadra de Polícia nem um posto da GNR; “Santa Rita”, ilustrada com uma imagem da Santa e com a foto da Igreja da Formiga referindo haver milhares de devotos; e “Porque não?”. Neste último artigo é o velho desejo autonomista que reaparece. O referido artigo assinado por “M.” começa assim: «Ermesinde pode e deve aspirar a ter a posição que S. João da Madeira e Entroncamento conquistaram na emancipação administrativa. / Talvez até que Ermesinde tenha, para isso, melhores condições. Águas Santas e Rio Tinto não deixariam de dar corpo e acção a tal iniciativa. (…)». Um dos argumentos mais fortes em defesa da autonomia de Ermesinde vem na página 3: «A vida actual, rápida, dinâmica, não tolera preconceitos antiquados e romantismos balofos. Ir de Ermesinde a Valongo, de Rio Tinto a Gondomar ou de Águas Santas à Maia, para tratar de assuntos oficiais, com comunicações ultra-deficientes e distâncias a ter em conta, a percorrer, não nos parece justo nem razoável.»

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    Em termos de espaço, a publicidade ocupa cerca de 25% do jornal (duas páginas). Nos vários anúncios publicados há ainda alguns nomes conhecidos. Mas destaco a publicidade de duas empresas já desaparecidas: a Fábrica de Cerâmica e a Pensão de Ermesinde. Quanto à primeira, o anúncio em vários tipos de letra (maiúsculas e minúsculas, a negrito ou não) e em linhas independentes diz o seguinte: «Ao comprar artigos cerâmicos / não se deixe iludir / pelo seu aspecto efémero ou por preços aparentemente reduzidos / escolha / artigos de qualidade inalterável e duração ilimitada e preferirá os da / Lusitânia-Lufapo / Produtos cerâmicos para todas as aplicações: domésticas, industriais, electrodomésticas e na construção civil / fábricas e Depósitos de exposição e venda em / Lisboa – Porto – Coimbra / Algez, Carregado, Ermesinde, Faro, Funchal, Moita, Setúbal». O 2.º anúncio traz uma fotografia do edifício que existia frente à estação e diz o seguinte: «Pensão de Ermesinde / de / Anselmo Martins Figueiredo de Almeida / Rua 5 de Outubro, 2 Telef. 57 / Ermesinde / Podemos recomendar a todos os nossos prezados amigos que a “Pensão de Ermesinde” é uma Casa á altura da sua missão. / O seu proprietário e gerente – Anselmo Martins Figueiredo de Almeida – é de uma fidalguia de trato que a todos cativa. / O forasteiro vai sempre encantado por a forma correcta como é servido, gabando a cozinha, a higiene e o ambiente. / A situação é a mais central, no coração de Ermesinde, junto á estação dos caminhos de ferro e dos eléctricos. / Quem almoçou ou jantou, um dia, na “Pensão de Ermesinde”, nunca mais se esquece do bom acolhimento.

    (...)

    leia este artigo na íntegra na edição impressa.

    Nota: Desde há algum tempo que o jornal "A Voz de Ermesinde" permite aos seus leitores a opção pela edição digital do jornal. Trata-se de uma opção bastante mais acessível, 6,00 euros por ano, o que dá direito a receber, pontualmente, via e-mail a edição completa (igual à edição impressa, página a página, e diferente do jornal online) em formato PDF. Se esta for a sua escolha, efetue o pagamento (de acordo com as mesmas orientações existentes na assinatura do jornal impresso) e envie para o nosso endereço eletrónico ([email protected]) o nome, o NIF e o seu endereço eletrónico para lhe serem enviadas ao longo do ano, por e-mail, as 12 edições do jornal em PDF.

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    Posteriormente deverá enviar para o nosso endereço eletrónico ([email protected]) o comprovativo de pagamento, o seu nome, a sua morada e o NIF.

    Por: Manuel Augusto Dias

     

     

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