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Edição de 30-04-2024
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    Arquivo: Edição de 15-12-2020

    SECÇÃO: Opinião


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    Longevidade integrada na Velhice – privilégio, mesmo em pandemia

    Na sequência da correspondência relacionada com o Natal de 2019 e preparação do Encontro Comemorativo dos antigos expedicionários do Batalhão de Caçadores “Vasco da Gama” à Índia Portuguesa (1954/1957), aconteceu o convite para colaborar em A Voz de Ermesinde. O desafio foi aceite, 12 000 carateres a publicar em parte 1 e parte 2. A proposta dos assuntos constava de seis artigos. O diretor ordenou a lista enviada para um ano situando em primeiro lugar, “O Valor da Velhice – Privilégio importante da atualidade”. Entretanto surgiu a pandemia covid-19 e situação que o artigo agora publicado passasse para quinto. A sua preparação realizou-se em ambiente de esperança e perspetivas otimistas. A pandemia vai estar resolvida em 2021, havendo o cuidado de manter o estado de alerta em nada facilitando o descuido das pessoas sobre a proteção.

    A valorização de homens e mulheres mais velhas decorria em 2019 e vai continuar. Em Portugal já vivemos com a esperança de vida para ambos os sexos, superior a 80 anos. No artigo a Longevidade consiste na “qualidade de longevo, duração de vida mais longa que o comum”, considera-se “envelhecimento não é doença, mas privilégio”.

    Esta abordagem aponta caminhos para valorizar a Longevidade interligada com a Velhice. O conceito inclui as pessoas com mais de 75 anos com disponibilidade e saúde para se envolverem em tarefas diversificadas. Aqui importa salientar a importância do trabalho remunerado, para além da reforma profissional por limite de idade, das pessoas com pensão adquirida. Esta postura satisfaz três necessidades: Contribuições para a Segurança Social; Aumento da capacidade produtiva da população em trabalhos de menor exigência física; Autoestima e melhor saúde às pessoas longevas.

    O quadro de vivência para “somar anos à vida, acrescentando vida aos anos”, apresenta-se com a esperança de ser aplicado nos ambientes sociais na sequência de políticas públicas para valorizar a velhice.

    No quadro que se construiu ao longo da pandemia estão cinco âmbitos para Longevidade: Atividades físicas, culturais e sociais, envolvidas em saúde e alimentação; O “eu” e o “outro”, acompanhado de humor sorridente; A valorização do prazer sexual; Contribuição da religião na melhoria da qualidade de vida; Dispor de conforto material.

    ATIVIDADES FÍSICAS, CULTURAIS E SOCIAIS, ENVOLVIDAS EM SAÚDE E ALIMENTAÇÃO

    A Organização Mundial de Saúde define Envelhecimento Ativo como processo de otimizar a saúde e participar na sociedade para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Estes conceitos contribuem para o bem-estar ao longo da vida, envolvem as componentes física, social e familiar, mas exigem mudanças de comportamento.

    Educação física, caminhar, jardinar, envolver-se no cuidar da casa e viver a praia, se habitar perto, mergulhando e nadando.

    Alimentação, beber mais água e ficar com vontade de comer depois das refeições, viver a frugalidade na dieta mediterrânica que nos torna mais resistentes a pandemias e dificulta a obesidade.

    Exercitar o cérebro, indo para além da televisão. Leitura, cinema, teatro, concertos, futebol e outras atividades, jogos de cartas e outros jogos. Aperfeiçoar o cumprimento do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990 e seus protocolos, mudança de inovadora neuroplasticidade. No envelhecimento ativo aborda-se a capacidade de trabalho evitando a betonização, mantendo as competências profissionais e assumindo a educação permanente, fatores deste processo que merecem ajuda dos serviços de recursos humanos, protocolo, marketing e comunicação das empresas.

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    O “EU” E O “OUTRO”, ACOMPANHADO DE HUMOR SORRIDENTE

    Quando pessoas de idade, por questões de saúde ou financeiras, não têm condições para seguir os ambientes televisivos e as redes sociais orientadas para a cultura da imagem, deseja-se que cuidem de si. Este cuidar tem a ver com o arranjo do corpo e do vestir, postura que minimiza a procura da visibilidade através dos meios de comunicação social e valoriza a opinião de outros. A comunicação (telemóveis, internet e outros) é útil ao bem-estar, mas há formas de acautelar o seu excesso voltando ao coletivo. Importa usar universidades seniores, almoços, reuniões e melhorar a ligação familiar. Estas pessoas podem ultrapassar o on ou off da ciberrealidade, participando em tertúlias, jogos e conversas. Para aceitar, com boa disposição, a dificuldade para acompanhar o mundo com o culto da performance como identidade principal, importa valorizar a experiência, o escutar e a visão profunda, em vez da instantânea e superficial.

    Nos mundos de convivência de todas as idades o que acontece é estar rodeado de quem não dispõe de tempo e raramente escuta, parecendo mover-se em competição com tudo e todos. De um modo geral não comentam posts nem participam na construção da realidade, havendo apenas disponibilidade para criticar. Aceita-se aos jovens essa postura, mas procura-se convencer as pessoas de mais idade a utilizar a sua experiência para responder a perguntas com serenidade e comentar esta ou aquela postura de alguém. Comunicar sempre, mesmo podendo haver risco de melindre. Contrariar, “Ao fim e ao cabo, agora só parece existir uma identidade sociocultural propagada num espaço público e onde um ‘outro’ observa e apreende”, [PEIXOTO, Fernando Jorge Basto (2013); O “Eu” e o “Outro” no culto da performance; in CALEIDOSCÓPIO, Revista de Comunicação e Cultura; Semestral n.º 13, 1.ºSem2013; EUL].

    A maior parte do aqui registado consta da comunicação apresentada em Viseu, 27/28/29nov2017, 10.º Congresso da SOPCOM, “Ciências da Comunicação: vinte anos de investigação em Portugal”, intitulada, “Estratégias de Comunicação para conseguir envelhecimento com Qualidade de Vida”.

    (...)

    leia este artigo na íntegra na edição impressa.

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    (continua)

    António Pena

     

     

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