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    Arquivo: Edição de 30-11-2020

    SECÇÃO: Destaque


    COVID-19 - Situação em Portugal, no concelho e no mundo (Dados de 21/11/2020)

    A pandemia por Covid-19 continua a grassar pelo mundo, ceifando vidas e arrasando economias.

    Em Portugal estamos em plena segunda vaga e os sinais de abrandamento são muito escassos. Os computadores notam um muito ligeiro abrandamento, mas as pessoas e, especialmente, os serviços de saúde, não. O número de novos casos cresce e a tendência é que continue a crescer.

    NOVOS DOENTES POR MILHÃO DE HABITANTES
    NOVOS DOENTES POR MILHÃO DE HABITANTES
    Os Serviços de Saúde estão próximos do colapso. Significa que, principalmente ao nível dos Cuidados Intensivos, a capacidade de receber novos doentes está muito limitada. Muito mais do que na chamada “Primeira Vaga”.

    INTERNAMENTOS (DESDE MARÇO DE 2020)
    INTERNAMENTOS (DESDE MARÇO DE 2020)
    Porém, há alguns sinais que nos dão ânimo: embora a crescer, esse crescimento está a abrandar. A “tempestade” vai lentamente perdendo força. O Fator de Crescimento está numa (lenta) trajetória descendente.

    E outro sinal de encorajamento é a relação entre o número de novos casos e o número de doentes recuperados. Enquanto que o primeiro está estável (nem aumenta, nem diminui), o segundo está em franco crescimento. São mais os doentes que recuperam do que os que caem doentes. Como costumo dizer, embora muito a custo, estamos a segurar as pontas.

    FATOR DE CRESCIMENTO A SETE DIAS
    FATOR DE CRESCIMENTO A SETE DIAS
    Mais de 60% de todos os novos casos têm ocorrido no Norte e principalmente no Distrito do Porto. A tendência geral é a mesma – um lento descer.

    DOENTES ATIVOS E DOENTES RECUPERADOS (Os “saltos” ocorridos em 16 de novembro resultam de atualizações destes números feitas pela DGS)
    DOENTES ATIVOS E DOENTES RECUPERADOS (Os “saltos” ocorridos em 16 de novembro resultam de atualizações destes números feitas pela DGS)
    Para o concelho de Valongo não se pode apresentar um gráfico evolutivo. A DGS mudou o método de informação por concelhos. Em vez de apresentar semanalmente o número total de casos, apresenta agora quinzenalmente a incidência acumulada de novos casos por cem mil habitantes ocorridos nos últimos 15 dias. Os números anteriores e os números atuais não são comparáveis. E as tentativas para o fazer esbarraram no que se supõe terem sido números incorretos.

    INCIDÊNCIA CUMULATIVA
    INCIDÊNCIA CUMULATIVA
    Mas o concelho de Valongo está no centro do Grande Porto, com importantes ligações viárias, sociais e económicas com os concelhos vizinhos. Não está dentro duma bolha, pelo que acompanha a evolução desta grande área geográfica. E foi no Norte do País e, principalmente no Grande Porto, que a pandemia atacou com toda a potência dum furacão. Mas dentro deste furacão, Valongo está muito próximo da (relativa) calmaria.

    No mundo, as coisas não vão melhor. Por Mundo entendo a parte do Velho Mundo (Europa) com quem Portugal tem maiores laços sociais, que são os países da Europa Ocidental. Eis alguns exemplos.

    TOTAL DE CASOS E ÓBITOS POR 100.000 HABITANTES / Fonte: https://www.rtve.es/noticias/20201121/mapa-mundial-del-coronavirus/1998143.shtml
    TOTAL DE CASOS E ÓBITOS POR 100.000 HABITANTES / Fonte: https://www.rtve.es/noticias/20201121/mapa-mundial-del-coronavirus/1998143.shtml
    Por este gráfico podemos concluir que, em termos de incidência de casos, não estamos no pelotão da frente, mas sim num pelotão intermédio. Mas somos o terceiro país deste conjunto de países em termos de número de óbitos por 100.000 habitantes. Ressalvam-se eventuais diferenças nas definições de “caso” e “morte” por Covid-19.

    À LAIA DE COMENTÁRIO FINAL

    A guerra contra o vírus reveste os mesmos princípios que a guerra militar. E qualquer exército que vai para a guerra prepara a sua logística de retaguarda, nomeadamente prepara a população e os serviços de saúde. Será que Portugal preparou devidamente as suas retaguardas quando era certo que vinha aí uma segunda vaga? E agora até com uma já anunciada terceira vaga, quando esta segunda vaga não dá ainda mostras palpáveis de abrandar? Meditemos e vamos todos dar um ainda maior contributo para facilitar o combate de alguns esquecidos – os serviços de saúde.

    José Garcia (médico)

     

     

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