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    Arquivo: Edição de 30-11-2020

    SECÇÃO: Editorial


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    Segunda vaga

    Sem se saber ao certo quando começou a segunda vaga da pandemia que nos aflige desde março, é voz corrente que os finais do mês de outubro e, sobretudo, este mês novembro têm sido marcados por um enorme crescimento do número de infetados, mais a norte (e concretamente no Grande Porto, conforme se pode ver no artigo que publicamos nesta edição, já na página seguinte) do que em qualquer outra região do país. E a segunda vaga está a ser bastante mais agressiva que a primeira.

    Isso determinou que o poder central (Governo, Presidente da República e Assembleia da República) tenha decidido novos estados de emergência, com regras diferentes conforme o escalão em que se encontra classificado o concelho, em função do número de infetados ativos em cada município. A 24 de novembro entrou em vigor o novo período de estado de emergência que, de momento, nos encontramos a viver e que, tudo indica, se prolongará para lá daquela data, com repercussões facilmente previsíveis para o próximo Natal e para a Passagem de Ano, logo a seguir.

    No Mundo o total de infetados, contabilizados desde o início da pandemia, registava, a 25 de novembro último, quase 61 milhões, dos quais pouco mais de 42 milhões estavam recuperados, mas o número mais dramático é o dos mortos, quase um milhão e meio.

    Em Portugal, foram infetados até à mesma data quase 275 mil pessoas, havendo recuperado da doença cerca de 190 mil e há a lamentar 4 127 mortes. Mas segundo as nossas fontes, a Covid 19 é, no momento em que escrevemos, a sétima causa de morte em Portugal (à sua frente tem o derrame cerebral que este ano já matou mais de 11 mil portugueses; a doença coronária responsável pela morte de quase 11 mil pessoas; a pneumonia que se revelou fatal para mais de 7 mil doentes; a doença de Alzheimer que vitimou mais de 5 mil e 700 pessoas; doenças pulmonares que provocaram o óbito de quase 4 300 pessoas; e a diabetes mellitus que acabou com a vida de 4 262 portugueses). Já em Espanha a Covid é a 2.ª causa de morte, com quase 44 mil mortes; em Itália é a 3.ª causa de morte, com mais quase 51 mil mortes; e na França é também a 2.ª causa de morte, com mais de 50 mil mortes.

    A pandemia tem transtornado completamente a vida de todos: as crianças não podem brincar, os jovens não podem conviver, os adultos não podem desenvolver a sua vida dentro daquilo que era o normal, sobretudo em termos de lazer, mas também no que respeita à atividade laboral e, pior que isso, milhares e milhares de pessoas ficaram sem trabalho, situação que continua a agravar-se no momento presente.

    Preocupante é também o número de suicídios em Portugal (e também nos outros países), certamente alguns deles provocados, direta ou indiretamente, pelo drama que esta pandemia vem exasperando na nossa sociedade.

    Coletividades e associações, como referimos em algumas peças da presente edição, veem o futuro com muita apreensão. Corremos contra o tempo à espera de melhores dias e eis que surge uma luz ao fundo do túnel, a fazer renascer a esperança de que esta pandemia pode ter os dias contados, com o surgimento da vacina, de que se anuncia, para breve, a disponibilidade de cerca de dois mil milhões de doses. Parabéns aos cientistas, aos laboratórios e aos profissionais de saúde que tudo têm feito para minimizar o impacto negativo deste surto epidémico.

    Por: Manuel Augusto Dias

     

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