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    Arquivo: Edição de 31-10-2020

    SECÇÃO: Saúde


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    Castanhas... quentes e boas?

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    Está a chegar o dia de São Martinho, conhecido pelas castanhas e pelo vinho. Esta festividade habitualmente reunia família e amigos, deixando-nos saudosos do período pré-Covid-19. Contudo, sabe sempre bem relembrar estes dias comemorativos da cultura portuguesa, sendo possível recrear os rituais a eles associados, no contexto atual.

    Desde assadas a incluídas na confeção de diversos pratos da gastronomia portuguesa e internacional, nada acompanha melhor um dia de outono do que castanhas assadas, que os portugueses desde cedo aprenderam a apreciar.

    Fruto do castanheiro, a castanha constitui um recurso alimentar há milhares de anos, sendo estruturalmente mais semelhante aos frutos do que às sementes, como as nozes. As castanhas foram importantes ao longo dos séculos, sendo utilizadas por diversas civilizações. No passado constituíram um recurso crucial ao substituir o pão e outros alimentos em invernos mais rigorosos. Estas podem ser consumidas de diversas formas: cruas, assadas, incluídas em pastelaria ou pratos, ou mesmo moídas sob a forma de farináceo.

    QUAIS OS BENEFÍCIOS PARA A SAÚDE?

    As castanhas estão incluídas na família das oleaginosas, da qual também fazem parte as amêndoas, os amendoins, as avelãs, as castanhas de caju, as castanhas do Pará, as nozes e os pistachios, todos eles com grandes benefícios para a saúde, já que são fonte de nutrientes.

    • As castanhas são ricas em vitamina C, o que as torna únicas nesta família – contudo, se forem assadas, perdem algum teor desta vitamina, conservando 15-20% da dose diária recomendada. Para preservar a vitamina C, estas podem ser assadas a temperaturas inferiores ou desidratadas. Esta vitamina ajuda a melhorar o sistema imunitário, a formação de tecidos no organismo, a absorção e armazenamento de ferro e a proteger as células dos efeitos nocivos de radicais livres;

    • Constituem uma boa fonte de antioxidantes, mesmo após a confeção. A presença de magnésio e potássio ajudam, igualmente, a reduzir o risco de doenças cardiovasculares;

    • Sendo uma fonte de fibra, melhoram a digestão, o que contribui para regular e suportar o crescimento de bactérias saudáveis a nível intestinal. As fibras também contribuem para a regulação dos níveis de açúcar no sangue, que, juntamente com o baixo índice glicémico e a preponderância de hidratos de carbono complexos das castanhas, pode ser benéfico para pessoas com Diabetes Mellitus;

    • Podem ser consumidas por pessoas com doença celíaca, uma vez que não têm glúten!

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    HÁ MALEFÍCIOS NO SEU CONSUMO?

    Tal como acontece com todos os alimentos, o consumo exagerado de castanhas pode ser prejudicial. Um dos principais efeitos secundários desse consumo é o desconforto grastro-intestinal, relacionado com o aumento de produção de gases – flatulência. Uma forma de reduzir este efeito é cozer as castanhas com erva-doce.

    Por outro lado, não é aconselhado o consumo regular de castanhas cruas, um vez que possuem um elevado índice de ácido tânico que, por sua vez, diminui a absorção de alguns nutrientes como o ferro.

    COMO CONFECIONAR AS CASTANHAS?

    Algumas ideias para incluir castanhas na dieta:

    • Tradicionalmente assadas;

    • Em saladas;

    • Em estufados;

    • Em sopas;

    • O sabor complementa bem pratos com maçã, couve, couves de bruxelas, porco, peru, cogumelos e tomilho.

    Dê asas à imaginação e inclua este alimento não processado, rico em nutrientes, na sua dieta, usufruindo de todas as suas vantagens e sabor!

    Telma Lopes - Médica*

    *Especialista de Medicina Geral e Familiar, Matosinhos

    Catarina Rebelo - Médica*

    Interna de Medicina Geral e Familiar, Matosinhos

     

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