CARTAS AO DIRETOR
Religiosidade, fanatismo ou bruxaria?
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Fotos LUIS SANTOS |
Desde há muito que, a cada passo que damos na nossa cidade, nos deparamos com coisas estranhas que nos dão que pensar.
O que será que leva alguém a decorar o cruzeiro em frente à igreja matriz com um cartaz de carácter religioso, uma coroa de flores artificiais, um terço gigante, tudo amarrado com cordões coloridos à volta do cruzeiro? Na base do mesmo cruzeiro uma quantidade de velas (círios) algumas delas acesas. Há dias contei trinta e uma (31) velas!
Na oliveira que ladeia o portal da igreja também não é a primeira vez que vejo velas. Desde há vários dias que tem uma vela acesa amarrada com um cordão bicolor à volta da oliveira!...
Atrás do referido cruzeiro e encostado ao muro da vivenda, está uma garrafa de champanhe, uma grande taça de vidro, de pé alto, meio cheia e um pequeno ramo de flores amarrado com fita colorida!
Velas, lamparinas de cera, cestos com pratinhos de comida, flores e outros objetos são frequentes em diversos locais, como já vi nas traseiras do cemitério e junto ao rio Leça.
Há uns anos atrás, cerca da meia noite, regressava a casa de umas compras no Continente, quando vi duas mulheres a saltarem o muro do cemitério de dentro para fora! Ao aperceberem-se de gente, fugiram correndo uma para cada lado. Que teriam ido fazer?
Tudo isto faz lembrar a Idade Média, quer no que respeita à religiosidade fanática, quer às mesinhas, rezas, amuletos, bruxedos e outras práticas que algumas pessoas fazem julgando encontrar remédio para os seus males. Será isso?
Luís Santos
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