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Edição de 31-03-2024
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    Arquivo: Edição de 31-07-2020

    SECÇÃO: Crónicas


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    PASSEIOS DE BICICLETA À DESCOBERTA DO PORTUGAL REAL...

    “Ao voltar qual não é o meu espanto ter a tenda montada”

    O dia ainda a despontar e já estou pronto para partir.

    Quero ver e gosto de sentir o despertar das cidades. Hoje, domingo, irei para a outra margem. Margem norte do Tejo. Percorro a estrada alcatroada, esburacada, e cheia de areia, lembrando estradas africanas, com a musicalidade da “Cabritinha” do Quim Barreiros. Massacrou-me os neurónios toda a noite e não me saía da memória o refrão dos “peitos da cabritinha” e assim fui até ao centro da Costa da Caparica, percorrendo a sua marginal de praia até à Trafaria.

    Trafaria terra de pescadores. As suas ruas empedradas, ladeadas por casas térreas que deixaram de ser abrigo para as suas gentes e passaram a ter a função de casas de restauração. Que bons pratos de peixe nos delicia o palato.

    Aqui embarco no cacilheiro para Belém. Não visito os Jerónimos, nem o Museu dos Coches, nem sequer o Padrão dos Descobrimentos. Subo para o selim e percorro a margem do Tejo até à Torre de Belém e desta para o Monumento aos Combatentes do Ultramar. Aqui desço da bicicleta. É preciso demonstrar algum respeito por quem tombou em batalhas.

    No nó de Algés entro na Av. da Marginal, estrada nacional 6. Por ser domingo o trânsito é diminuto. Muitos ciclistas e gente que ora corre ou simplesmente anda pela marginal. Ah, …há também aqueles que são passeados pelos cães. São detetados pela posição inclinada do corpo para a retaguarda. Passo por Caxias, Paço de Arcos, Oeiras, Carcavelos, Estoril e finalmente Cascais.

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    Aqui percorro a parte antiga. Ruas estreitas, empedradas, com as suas casas antigas, como de qualquer vila do interior. Na parte nobre os seus belíssimos palácios, na zona nova as belas vivendas. Paro na “Boca do Inferno”. O mar está chão. Ondulação inexistente. O que no inverno é ao mesmo tempo magnífico e tenebroso, hoje não passa de uma cavidade a céu aberto, em arco por onde entra e sai a água do mar. Os bares de apoio com bastante movimento. Depois de me refrescar sigo pela nova ciclovia, paralela à estrada N247. Passo pelo Cabo Raso e a partir deste a nortada descobre-me.

    Abandono a ciclovia. Tornou-se estreita para a trajetória que o vento me obriga a fazer. Passo pela Praia do Guincho com a boca areada. Desta até à Malveira da Serra, com a encosta da serra a fazer de corta-vento foi um belo passeio. O destino agora era o Cabo da Roca. O andamento é aos soluços. Depende da estrada virar a Norte ou ter barreira natural da encosta. O promontório é majestoso. Mais gente que formigas. Polícia por todo o lado, apeada, a cavalo, polícia de trânsito. Lisboa e Porto só teriam tal número de efetivos em dias de festa. Por aqui há belas praias. A da Ursa, da Adraga e das Maçãs. O percurso é feito com calma e sempre a visionar o Palácio da Pena, à minha direita.

    Depois da Praia do Magoito ajusto o meu destino. Será Ericeira. Pela hora já avançada esqueço-me das praias e o Palácio da Pena é substituído lá ao longe pelo Palácio de Mafra. Chego à capital do surf já ao pôr-do-sol. No parque, indeciso entre montar a tenda ou tomar banho primeiro, decido pelo segundo. Ao voltar qual não é o meu espanto ter a tenda montada.

    Dois casais de jovens surfistas holandeses deram-me esse mimo. Lá fui comprar umas pizas e bebidas para todos. Na noite soou uns acordes de viola, tocada por um deles. Entre risos e mímica as estrelas tomaram conta da noite. Esta é bem mais calma do que a anterior.

    No dia seguinte parto para mais uma etapa até Peniche e daqui para o Porto já a tinha percorrido em junho.

    (...)

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    Por: Manuel Fernandes

     

     

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