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Edição de 31-03-2024
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    Arquivo: Edição de 31-10-2019

    SECÇÃO: Desporto


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    Aos 78 anos o CPN quer ir mais longe apesar das adversidades que enfrenta

    O auditório da Junta de Freguesia de Ermesinde (JFE) foi pequeno demais para acolher todos aquele(a)s que marcaram presença na gala comemorativa do 78.º aniversário do CPN. Festa que aconteceu na noite de 12 de outubro passado.

    Para além de muita animação musical (que ficou a cargo do Grupo Coral Juvenil Arco Íris, da Associação Académica e Cultural de Ermesinde, e do Grupo de Música Tradicional Portuguesa “Os Filhos da Pauta”, grupos que, respetivamente, abriram e fecharam a gala) a noite foi de homenagens a atletas, treinadores e seccionistas de modalidades como o Kung Fu, Natação, Pesca Desportiva, Andebol, ou Basquetebol.

    Para além de dirigentes, atletas, treinadores, funcionários e associados do clube aniversariante, esta festa contou com a presença de muitos outros convidados, entre outros, o presidente da JFE, João Morgado, o vereador do Desporto da Câmara Municipal de Valongo (CMV), Paulo Esteves Ferreira, ou do representante da Confederação Portuguesa das Coletividades de Cultura, Recreio e Desporto, Adelino Soares.

    AS HOMENAGENS DA NOITE

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    Ainda antes das homenagens e dos discursos da praxe, foram revisitados pela apresentadora de serviço - a dirigente do clube Susana Oliveira - alguns capítulos das quase oito décadas de vida do CPN, com início, claro está, no Rio Leça, onde tudo começou há precisamente 78 anos. Seguiu-se o momento de o clube homenagear aquele(a)s (atletas, treinadores e seccionistas) que no passado recente têm contribuído para que a história do CPN seja cada vez mais rica e extensa. De referir que muitos dos homenageados não se encontravam na festa pelo facto de à mesma hora estarem a defender as cores do clube nos “campos de batalha”, isto é, em competição.

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    E no kung fu, Mariana Martins (ausente), Miguel Vasconcelos, Sara Ribeiro (ausente) e Joaquim Santos foram os nomes homenageados pela dedicação e desempenho vitorioso ao serviço do emblema ermesindense. Esta gala serviu ainda para a coletividade apresentar a sua mais recente secção, dedicada ao street dance. O projeto foi apresentado pela coordenadora da secção, Lisete Carvalho, professora com créditos firmados a nível nacional e internacional, «trabalha há mais de 15 anos com jovens de risco, em escolas de dança de alto nível e como coreógrafa em locais de privilégio», segundo ali foi mencionado, e que demonstrou em palco este estilo de dança cada vez mais popular no nosso país e que no nosso concelho se pode praticar, para já, única e exclusivamente no CPN.

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    A homenageada seguinte foi Ana Querido, até há bem pouco tempo treinadora de natação adaptada do CPN e que este ano abraçou um novo projeto desportivo no concelho vizinho de Gondomar. Pelo trabalho desenvolvido em Ermesinde, com vários títulos/medalhas nacionais e internacionais conquistados, a treinadora recebeu esta homenagem. Não só pelas várias presenças em campeonatos regionais e nacionais, tanto a nível individual como de clubes, mas acima de tudo pela dedicação longínqua ao CPN foi igualmente homenageado o atleta António Silvino, da secção de pesca desportiva. Da Academia do CPN (que integra várias modalidades e estilos de exercício físico, como o yoga, pilates, a ginástica, etc.) foram homenageados os treinadores Carlos Salabert e Hugo Cruz. Passando às modalidades coletivas de pavilhão, e começando pelo andebol, o homenageado foi alguém que, de acordo com o que ali foi referido, se tem dedicado de corpo e alma ao clube, e à secção de andebol mais em concreto. Aurélio Lage, o seu nome, o seccionista que não pôde estar presente nesta cerimónia porque àquela hora os seniores cepeenistas disputavam um jogo da Taça de Portugal. Homenageado foi igualmente aquele que nas palavras da apresentadora de serviço é um dos melhores andebolistas de todos os tempos do CPN, Rafael Marques, ele que naquele momento também defendia no Pavilhão de Ermesinde a camisola do clube no tal encontro da taça ante o Santana.

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    E pela dedicação, pelo trabalho desenvolvido, foram igualmente homenageado(a)s Patrícia Correia (coordenadora do mini-basquete que esteve ausente da cerimónia) e Paulo Freitas. A gala serviu ainda para que o clube entregasse os emblemas ouro e prata aos associados com 50 e 25 anos de filiação. Artur Pinto e Albano Ferreira receberam o emblema de prata, ao passo que José Serdoura, José Monteiro, Manuel Sobral Pires, José Sobral Pires e Luís Lourenço foram agraciados com o emblema de ouro.

    LEMBRAR OS HOMENS E MULHERES DO PASSADO

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    Findas as homenagens, foi a vez de algumas das personalidades convidadas usarem da palavra. Paulo Esteves Ferreira, vereador do Desporto da Câmara, começou por parabenizar o CPN pelos 78 anos de existência, fazendo em seguida uma alusão aos homens e mulheres que ao longo destas quase oito décadas abdicaram do seu tempo em família para ajudar o CPN a tornar-se no grande clube que é hoje. Lembrou ainda que desde que José Manuel Ribeiro foi eleito presidente da autarquia que este tem vindo a apoiar o CPN «porque sabe a importância que este clube tem nesta Cidade», sublinhou o vereador que acrescentaria ainda que a CMV havia recentemente aprovado a atribuição de um apoio pontual às associações/clubes do concelho que têm instalações desportivas próprias, caso do CPN.

    Também o presidente da JFE, João Morgado, usaria da palavra, para também ele lembrar todo(a)s o(a)s que ao longo destes 78 anos ajudaram a colocar o CPN no patamar tão exigente que hoje ocupa. Parabenizou não só o clube pelo aniversário que comemorava como também toda a atual Direção deste pelo trabalho que tem desenvolvido, frisando ainda que a Junta está à disposição para ajudar o CPN no que for necessário.

    APESAR DAS DIFICULDADES O CPN QUER IR MAIS LONGE

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    Por fim, usou da palavra o presidente da Direção do CPN, Rui Moutinho, que começou por lembrar que ao longo da sua história o clube venceu grandes batalhas que serviram para «reforçar a nossa unidade, para aprendermos com os erros e seguirmos em frente». Porém, o futuro do CPN, na voz do seu presidente, continua a ser «de enorme apreensão» e com dois grandes desafios pela frente: o primeiro é a redução da dívida à banca, que consome 2000 euros mensais ao clube; e o segundo prende-se com os custos energéticos resultantes das faturas de água, luz e gás para aquecimento das piscinas que representam 80 por cento dos custos totais do CPN. «Estas despesas fixas, que nos meses de inverno chegam a rondar os 10.000 euros mensais condicionam toda a atividade do clube», reforçou Rui Moutinho, que pedia assim uma atenção especial e um apoio da parte dos poderes políticos centrais e/ou regionais, atendendo ao caráter público que as piscinas representam para o concelho. Com apoios ou patrocínios diminutos, a tarefa do CPN continua a ser gigantesca, de acordo com o dirigente, «mas as adversidades nunca serão, contudo, suficientes para desistirmos, porque o CPN continua a ser o maior clube do Concelho de Valongo», disse. Acrescentou que apesar dessas adversidades o clube continua a bater-se nos escalões mais altos do desporto nacional, apontando em seguida alguns feitos – e factos - desportivos recentes daquele que é para si o clube «mais eclético do nosso concelho». A subida da equipa sénior de basquetebol à Liga Feminina, o regresso do pólo aquático ao clube depois de 10 anos de inatividade, ou a manutenção da equipa de juniores de andebol na 1.ª Divisão Nacional, foram alguns dos êxitos/factos enumerados pelo dirigente.

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    Agradeceu e elogiou os atletas e técnicos do clube pelos êxitos alcançados e trabalho desenvolvido, bem como aos pais dos atletas pela ajuda no transporte para as deslocações das equipas e pelo auxílio em inúmeras iniciativas do clube. Segundo Rui Moutinho, o CPN quer ir mais longe, mas para isso a Cidade precisa de mais equipamentos desportivos, ressalvando o facto de que muitas modalidades do clube não se podem preparar convenientemente e que outras nem sequer podem ver a “luz do dia” pela falta de espaços para praticar desporto. «É inadmissível que clubes como o CPN tenham de pagar um aluguer de pavilhões nas escolas para poderem treinar as suas equipas, porque não existem espaços desportivos disponíveis na maior freguesia do concelho», sublinhou, apelando à urgente construção de novos equipamentos.

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    Disse ainda que o clube continua disponível para desenvolver e complementar a atividade desportiva nas escolas, abrindo os seus espaços e as suas piscinas ao desporto escolar, mostrando-se por isso aberto ao estabelecimento de protocolos com as autarquias e com as escolas. Por fim, agradeceria o apoio quer da Câmara, quer da JFE ao longo destes 78 anos de vida do clube, agradecimento que seria estendido aos dirigentes, treinadores, professores, atletas e pessoal administrativo e/ou de limpeza do clube que todos os dias dão o seu melhor para a dignificação do emblema cepeenista.

    A noite terminou com os tradicionais parabéns a você ao CPN.

    Por: Miguel Barros

     

     

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