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Edição de 29-02-2024
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    Arquivo: Edição de 30-06-2019

    SECÇÃO: Local


    Museu da Resistência e Liberdade do Porto em vez do “Museu da Vergonha”

    REALIZADORES DA CURTA-METRAGEM NO AUDITÓRIO DA JUNTA DE FREGUESIA DE ERMESINDE
    REALIZADORES DA CURTA-METRAGEM NO AUDITÓRIO DA JUNTA DE FREGUESIA DE ERMESINDE
    No passado dia 17 de maio, o Auditório da Junta de Freguesia de Ermesinde recebeu os realizadores do documentário “Museu da Vergonha”, Luís Monteiro e José Castro, numa sessão de cinema onde, para além do visionamento da curta-metragem que defende que o edifício onde funcionou a PVDE/PIDE no Porto seja um Museu da Liberdade, houve um debate aberto entre os participantes e os promotores desta iniciativa.

    A reivindicação de transformação da sede da antiga polícia política da ditadura em Museu da Liberdade e da Resistência não é nova. À semelhança do que existe em Lisboa no Museu do Aljube e, mais recentemente em Peniche, na antiga cadeia de alta segurança na Fortaleza, o Porto também necessita de um espaço de memória sobre a luta contra o fascismo.

    O documentário que foi visionado reúne depoimentos de ex-presos políticos, historiadores e museólogos que, em nome da Democracia, defendem a criação deste espaço. O Bloco de Esquerda, na Assembleia da República, já deu entrada de uma iniciativa legislativa em defesa desta premissa, que, esperemos, seja discutida brevemente.

    SINOPSE

    do filme:

    «Construído no final do século XIX para servir de habitação para D. Maria Coimbra, o palacete acabou por servir de albergue a um conjunto de freiras, aquando da guerra civil espanhola. Após 1936, o Regime Fascista decide instalar lá a PIDE, acabando por adquirir o imóvel na década de ’40. O edifício da PIDE-DGS é um dos símbolos da repressão do Fascismo na cidade do Porto e em todo o norte do país. Dezenas de milhares de democratas foram ali encarcerados, torturados e executados. Desde o dia 26 de abril de 1974, quando o último preso político foi libertado, que a memória à resistência à Ditadura reivindica um espaço seu. O presente documentário é uma curta-metragem que reúne depoimentos de ex-presos políticos, historiadores e museólogos que se reuniram em defesa da criação de um Museu da Resistência no Porto».

    No Porto cresce o n.º de pessoas que quer ver no antigo quartel da PVDE (Polícia de Vigilância e Defesa do Estado) e, depois de outubro de 1945, da PIDE (Polícia Internacional de Defesa do Estado) o Museu da Resistência que homenageie aqueles que lutaram pela democracia e pelas liberdades. Curiosamente este edifício localiza-se na Rua do Heroísmo, um topónimo diretamente ligado à Revolução Liberal Portuguesa que ocorreu no Porto, no dia 24 de Agosto de 1820, e, mais tarde, aquando da Guerra Civil, entre Liberais e Absolutistas, valeu a coragem e heroísmo dos portuenses para que o regime liberal se consolidasse.

    Um Museu da Resistência neste local (edifício e rua) vem mesmo a propósito e tem todo o sentido, 45 anos depois de Abril. É o que pensa a Assembleia Municipal do Porto, o assunto também já chegou, como acima se viu, à Assembleia da República e, mais recentemente, meia centena de personalidades subscreveram uma carta aberta onde reivindicam que o antigo Quartel da PIDE dê lugar ao “Museu da Resistência e Liberdade do Porto”.

     

     

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