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Edição de 31-03-2024
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    Arquivo: Edição de 31-05-2019

    SECÇÃO: Destaque


    Eleições para o Parlamento Europeu: resultados e análise

    Quatro notas saltam à vista no rescaldo das Eleições Europeias de 2019: a vitória por larga margem do PS, a derrota histórica do PSD, uma surpresa chamada PAN, e o recorde verificado ao nível da abstenção.

    Começando pela primeira nota, os socialistas foram os grandes vencedores destas eleições, com 33,38 por cento dos votos, mais onze pontos percentuais que o segundo partido mais votado, o PSD, partido este que fez história ao obter uma votação de 21,94 por cento, o que significa isto que estamos perante o pior resultado de sempre dos social-democratas em eleições europeias e legislativas.

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    Nestas Europeias o PSD obteve menos nove pontos percentuais do que nas Europeias de 2009, a última vez que concorreu sozinho, e quase seis pontos percentuais em relação às Europeias de 2014 quando surgiu coligado com o CDS-PP. O PS reforça assim a sua presença no Parlamento Europeu com mais um eurodeputado (passa de oito para nove), ao passo que o PSD perde um representante (baixa de sete para seis).

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    A esquerda atingiu nas eleições para o Parlamento Europeu 50 por cento dos votos, tendo, para isto, muito contribuído o resultado do Bloco de Esquerda: 9,82 por cento. Estes números indicam que os bloquistas foram a terceira força política mais votada, subindo cinco pontos percentuais em comparação com os resultados de há cinco anos, conquistando assim mais um eurodeputado (passa de um para dois eleitos). Em 2019 o Bloco de Esquerda alcança o seu segundo melhor resultado de sempre em Europeias, apenas superado pelas Europeias de 2009. Mas nem tudo foi motivos para sorrir à esquerda, já que com os 6,88 por cento obtidos a CDU teve um histórico resultado… negativo. Os comunistas tiveram o seu pior resultado de sempre em eleições Europeias, perdendo assim um representante no Parlamento Europeu (baixam de três para dois).

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    A noite de 26 de maio foi “negra” para a direita, já que além da histórica derrota do PSD também o CDS-PP obteve um resultado negativo. Os populares não foram além dos 6,19 por cento dos votos, elegendo apenas um eurodeputado, caindo por terra a intenção de elegerem um segundo representante.

    E quem mordeu os calcanhares aos centristas foi o PAN, que acabou por confirmar que o resultado obtido nas últimas Legislativas, onde elegeu um deputado, não foi obra do acaso. O PAN é um dos grandes vencedores destas Europeias, cimentando-se como a sexta força política a nível nacional da atualidade. Com 5,08 por cento dos votos (mais três pontos percentuais face às Europeias de 2014) o PAN conseguiu eleger um eurodeputado.

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    O último grande destaque destas eleições vai para a abstenção, que se cifrou nos 68,89 por cento, um número também ele histórico… pela negativa. Esta foi a taxa de abstenção mais elevada em atos eleitorais realizados em Portugal e uma das mais elevadas de toda a União Europeia no que às Europeias de 2019 diz respeito. Em comparação com as Europeias de 2014 a taxa de abstenção cresceu três pontos percentuais.

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    Olhando agora para os resultados verificados no Distrito do Porto, a distância do PS para o PSD é semelhante em termos percentuais (11 pontos) à votação no país, pense embora em termos percentuais quer um quer outro partido tenham obtido uma percentagem superior à verificada a nível nacional. Os socialistas alcançaram 34,54 por cento dos votos, ao passo que os social-democratas contabilizaram 23,37 por cento. Também o Bloco de Esquerda obteve no distrito um resultado superior ao que alcançou a nível nacional, tendo alcançado nesta eleição mais de metade dos votos conseguidos em 2014.

    Nota ainda para o resultado do PAN no Distrito do Porto, que com os 5,59 por cento obtidos ultrapassou mesmo a CDU (4,97 por cento) nas escolhas do eleitorado. Ao nível da abstenção o Distrito do Porto apresenta valores significativamente inferiores aos que se verificaram a nível nacional. Isto é, a abstenção foi de 62,36 por cento, um número bem abaixo dos históricos 68,64 por cento nacionais.

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    DERROTA AINDA MAIS HISTÓRICA DA DIREITA A NÍVEL CONCELHIO

    No plano concelhio regista-se uma derrota ainda mais pesada para o PSD do que a aquela que foi averbada a nível nacional. No concelho os social-democratas ficam a quase 17 pontos percentuais dos socialistas (19,55 por cento contra 36.03 por cento).

    Por sua vez o Bloco de Esquerda (BE) obtém um resultado superior ao que foi alcançado a nível nacional: 11,45 por cento em comparação com os 9,82 por cento obtidos no território nacional. Se comparamos com as Europeias de 2014 os bloquistas subiram seis pontos percentuais no concelho.

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    Também a nível concelhio a CDU e o CDS-PP foram claramente derrotados e inclusive superados… pelo PAN, que foi a quarta força política mais votada no nosso concelho, com 6,39 por cento dos votos, ao passo que os comunistas obtiveram 5,86 por cento e os populares 3,67 por cento. Em comparação com 2014 os comunistas tiveram uma queda de quase seis pontos percentuais! A abstenção no concelho é bem menor do que a verificada a nível nacional: 63,63 por cento face aos 68,64 nacionais.

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    A nível da freguesia de Ermesinde a distância do PS para o PSD teve contornos ainda maiores: 18,70 dos social-democratas face aos 37,18 dos socialistas. Também o BE obteve um resultado acima da votação nacional e do distrito: 12,94 por cento. Ermesinde foi, aliás, a freguesia onde quer os bloquistas quer os socialistas obtiveram a percentagem de votos mais elevada no que concerne a freguesias.

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    Também em Ermesinde o PAN ficou à frente da CDU e do CDS-PP, um cenário que apenas não se verificou na União de Freguesias de Campo e Sobrado, onde os comunistas foram a terceira força política mais votada, a seguir ao PS (venceu em todas as freguesias do concelho) e PSD. Em Alfena e Valongo, o PAN também superou populares e comunistas. No que concerne à abstenção, Ermesinde foi a freguesia do concelho que registou menor percentagem de abstenção: 62,10 por cento.

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