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Edição de 31-03-2024
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    Arquivo: Edição de 31-03-2018

    SECÇÃO: Destaque


    ENTREVISTA COM O PRESIDENTE DA DIREÇÃO DA ÁGORARTE, CARLOS FARIA

    «A área que marcará a vida da Ágorarte e da cidade será a Universidade Sénior de Ermesinde»

    Aproveitando a comemoração do 15.º aniversário da Ágorarte - Associação Artística e Cultural, o nosso jornal esteve à conversa com o presidente - e um dos fundadores - de uma associação que é hoje mais do que um dinamizador cultural da nossa cidade, mas de igual modo um aglutinador social da população sénior da comunidade. Carlos Faria recebeu-nos nos dias que antecederam as festividades dos 15 anos de vida da Ágorarte, recordando não só o trajeto cultural que até aqui foi percorrido, como também abrindo as portas do presente e projetando o futuro da associação, onde a Universidade Sénior de Ermesinde assume o papel de protagonista principal.

    Fotos ALBERTO BLANQUET
    Fotos ALBERTO BLANQUET
    A Voz de Ermesinde (AVE): Há 15 anos atrás, quando foram lançadas oficialmente as primeiras sementes da Ágorarte, estaria na mente dos fundadores da associação que hoje esta pudesse ter a importância e grandeza que ostenta no seio da nossa comunidade?

    Carlos Faria (CF): Para responder com precisão a essa questão é preciso que eu retorne aos inícios da Ágorarte. Posso dizer que a Ágorarte nasceu na redação de A Voz de Ermesinde, numa época em que eu era Diretor do jornal. Na altura, eu e o senhor Manuel Valdrez, o editor de fotografia e responsável pelo suplemento desportivo do jornal, reuníamos muitas vezes para falar de assuntos ligados à cidade de Ermesinde e à vida cultural em particular. Os primeiros passos da Ágorarte foram dados por mim e pelo senhor Manuel Valdrez. Até que criámos aquilo a que se chamou de Ágora - Grupo de Dinamização Cultural de Ermesinde. A denominação de Ágora tinha uma explicação, ou seja, Ágora significa a aula a céu aberto na velha Atenas onde os grandes filósofos atenienses ensinavam, e portanto, este nome enquadrava-se bem no espírito que estávamos a criar para divulgar a cultura em Ermesinde. Este nome, mais tarde, não pôde ser registado, pois o notário não o aceitou, sendo que então nós fizemos a aglutinação: Ágorarte. Lembro-me que fizemos a formalização e constituição da nossa associação no primeiro Cartório Notarial do Porto. Não posso esquecer que nesse dia tínhamos connosco um outro elemento que depois se veio a mostrar de grande valia na dinâmica da Ágorarte, e que hoje todos choramos a sua ausência, que foi o senhor Álvaro Mendonça. Deu connosco os passos mais decisivos que nos levaram para o cimentar da Ágorarte. Aliás, hoje o nosso Clube do Livro tem o seu nome, em homenagem a um companheiro e amigo. Desde o início que a nossa ambição foi fazer da Ágorarte um projeto cultural para Ermesinde, em variadíssimas áreas. Atualmente, já conseguimos alguns créditos, já não temos de andar por aí muito envergonhados a correr de porta em porta a pedir que nos deixem atuar "aqui e ali", pelo contrário, já vamos sendo conhecidos e interpolados de vez em quando. Respondendo à sua questão, se era expectável atingir o patamar que hoje alcançamos? Nós confiávamos nas nossas próprias capacidades, não tínhamos dúvida disso, acreditávamos que era possível chegar onde quisemos chegar.

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    AVE: Ao longo deste 15 anos, a Ágorarte deu vida a inúmeros apontamentos culturais na cidade de Ermesinde. Algum deles marcou de forma mais especial a vida da associação e acima de tudo a vida cultural da cidade?

    CF: A propósito disso devo ainda recordar os primeiros tempos da associação, para dizer que a poesia deu o mote para as nossas primeiras iniciativas culturais. Com a colaboração da Escola Secundária de Ermesinde (ESE) e da sua Direção, na pessoa do Dr. Álvaro Pereira, que nos abriu as portas do auditório da escola, realizámos algumas das ações mais importantes da nossa infância. Conseguimos fazer sessões de poesia de grande qualidade, e dou o exemplo do magnífico tributo prestado ao poeta Eugénio de Andrade. Depois, organizámos muitas outras iniciativas, como colóquios, sessões comemorativas do 25 de Abril, passeios pedestres, seminários, sessões de cinema, etc. Fomos abrindo o caminho, lançando ideias e colhendo alguns frutos dai. Recordo que através da nossa Oficina de Letras passaram por aqui as obras de Eugénio de Andrade, José Carlos Ary dos Santos, Miguel Torga, Manuel António Pina, Fernando Pessoa, Fernando Alvarenga, etc. Poetas que fizeram parte dos nossos serões, ora no auditório da ESE, ora na Sala da Lareira da Vila Beatriz, que para nós tinha um carisma especial. E aqui contávamos com a participação e apoio da Câmara de Valongo e da Junta de Freguesia de Ermesinde. No entanto, dir-lhe-ei que entre as diversas atividades desenvolvidas pela Ágorarte ao longo destes 15 anos, há uma que vale a pena chamar à atenção das pessoas: as Conferências de Ermesinde. Aliás, espero que um dia haja algum historiador que queira pegar nas conferências e as queira recuperar historicamente, porque elas são um património da cidade, pois foi para a cidade que nós as pensámos. Trouxemos para a primeira série das Conferências de Ermesinde (nota: dedicadas a nomes como Camilo Castelo Branco, Eça de Queirós, ou D. António Ferreira Gomes) professores catedráticos de grande relevo, que foram os conferencistas principais, e dou o exemplo, da professora Dra. Maria do Carmo Castelo Branco Sequeira, do Bispo D. Carlos de Azevedo, do professor doutor Aníbal Pinto de Castro (da Universidade de Coimbra), da professora doutora Maria Isabel Ponce de Leão (da Universidade Fernando Pessoa), ou do professor Salvato Trigo (reitor da Universidade Fernando Pessoa). Agora, devo dizer que estamos já a preparar a continuidade da segunda série das conferências, sendo que este ano na Semana Académica da nossa universidade sénior vamos incorporar no programa uma conferência dedicada a José Saramago. As Conferências de Ermesinde foram quiçá a atividade com mais carisma na história da nossa associação. Mas a área que marcará sob o ponto de vista social e humano a vida da Ágorarte e da cidade será a Universidade Sénior de Ermesinde…

    AVE: …Antes de "entrarmos" na universidade sénior, perguntava qual o segredo que está na base desta longevidade da associação, atendendo a que hoje a cultura é preterida pelo fenómeno das redes sociais, estando nós perante um cenário de "abrir e fechar" de associações culturais à "velocidade da luz"...

    CF: Esta longevidade é fruto do trabalho de muita gente. A Ágorarte não é uma obra de ninguém, mas antes uma obra de muita gente. Recordo-me que temos hoje uma série de colaboradores que nos dão credibilidade e nos apontam a obrigação de continuar a andar. Para além dos elementos que têm formado as diversas Direções da Ágorarte e que têm dado o seu melhor para nos ajudar a chegar aos nossos objetivos, temos hoje os professores que trabalham connosco em regime de voluntariado na Universidade Sénior de Ermesinde (USE) e um número crescente de alunos que vêm procurando esta nossa valência e que nós dão a garantia de que combateremos com sucesso os "desabafos" do facebook e a concorrência de outras redes sociais. Eu acho que temos um projeto, temos vontade e determinação para continuar a nossa jornada.

    AVE: Enquanto presidente de uma das mais dinâmicas e prestigiadas associações culturais do concelho de Valongo, pergunto-lhe como vê o movimento cultural na nossa cidade no presente?

    CF: Nós ainda continuamos a ter algumas falhas ao nível cultural, mas é bom que se diga que hoje em dia Ermesinde tem duas associações caracterizadas pelo apoio que fazem à cultura, que são a Associação Académica e Cultural de Ermesinde, com quem mantemos as melhores relações pessoais e institucionais, e a Ágorarte. É claro que precisávamos de abrir outras portas, de ir mais longe, de passar a outra gente este nosso bichinho pela cultura. Sobretudo às pessoas mais novas, que fazem falta nos quadros das associações, pois a juventude é uma fonte de rejuvenescimento, os jovens trazem consigo ideias mais atuais, mais frescas, e portanto, gostaríamos de ver uma renovação nos quadros das associações através da participação de gente mais nova. No fundo, aquilo que é mais necessário é passar a mensagem, fazer chegar a mensagem à gente jovem, que hoje em dia se deixa contaminar por alguns fenómenos como o futebol, ou as redes sociais, e dessa forma fecha-se um pouco à ideia de poder trabalhar num regime de voluntariado total nas nossas associações.

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    AVE: Ao longo da sua existência a Ágorarte criou e levou por diante dezenas de projetos de índole cultural e social que deixaram marca na cidade. Um desses últimos grandes projetos é a Universidade Sénior de Ermesinde, que o senhor já disse por inúmeras vezes publicamente que é atualmente a "menina dos olhos" da associação. Que mais valias a USE veio trazer à comunidade sénior da cidade?

    CF: A USE foi criada oficialmente em 2010. Em primeiro lugar, deixe-me que faça um pequeno parágrafo para entendermos o contexto em que foi lançada a USE. Digamos que antes de nos lançarmos na aventura da criação desta universidade sénior, houve muito trabalho desenvolvido para que nós soubéssemos fundamentar os princípios de que universidade sénior pretendíamos. Recorremos então à literatura que estava disponível na altura e que falava sobre esta matéria e também ao berço das universidades seniores: a Universidade de Toulouse, onde nasceu, em 1976, por ação de Pierre Vellas, (médico e investigador) este conceito de universidade. O próprio fundador das universidades seniores dava como justificação (para a criação deste conceito) melhorar o sistema de saúde dos alunos que frequentassem estas universidades. Depois de tomar conhecimento do que eram as universidades seniores, de quais eram os seus "alvos", etc., constatei igualmente que em Ermesinde havia muita gente já na aposentação com menos de 60 anos. Gente que estava exposta a depressões, a isolamentos, à falta de contacto, e isso era suscetível de ser quebrado se nós propuséssemos uma oferta em que todas estas consequências fossem postas de parte. E foi o que aconteceu. Começámos aqui, no Instituto do Bom Pastor, com uma turma de 12 pessoas, e hoje já são quase 160 alunos que a USE tem. Número que nos cria algumas dificuldades, em termos estruturais, pois quer o polo 1 da USE, que fica no Bom Pastor, quer o polo 2 que fica situado no Edifício Faria Sampaio, já começam a ser pequenos para os nossos alunos. Criamos um conjunto de disciplinas (ao todo são 20) que arrumamos em duas áreas fundamentais, a área da humanística e a área das artes. A primeira engloba as disciplinas de línguas (inglês 1 e 2, espanhol, francês, italiano, por exemplo), História, História de Artes, História Contemporânea e Historia Regional e Local; enquanto que a segunda área engloba as disciplinas de pintura, artes decorativas, rendas e bordados. Paralelamente, temos ainda as chamadas áreas de movimento, que contemplam o yoga, a hidroginástica e ginástica, atividades que são realizadas, respetivamente, no pavilhão gimnodesportivo e na piscina de Ermesinde. Tenho naturalmente que falar nos nossos professores, que ao todo são 23, todos em regime de voluntariado. Alguns deles estão connosco desde a primeira hora, casos do Dr. Manuel Augusto Dias, do Dr. Jacinto Soares e da D. Fernanda. Todos os nossos professoras sacrificam o pequeno intervalo deles para vir dar a aula à USE, e isso não tem preço, é de um valor incalculável.

    AVE: Além da vertente pedagógica, e de dar voz ao chavão de que "aprender não tem idade", a USE veio então de certa forma quebrar o isolamento da população sénior (?), pelo menos daquela que frequenta a universidade...

    CF: Exatamente. E fundamentalmente veio promover a participação com movimento naquilo o que se chama de envelhecimento ativo. Porque uma das coisas que na altura, antes de ser criada a USE, me causava bastante preocupação era ver as pessoas sentadas sem fazer nada. E ainda hoje eu sofro bastante quando passo pela Estação de Ermesinde e vejo uma série de pessoas idosas sentadas num banco a olhar para nada! Isso não nos leva a lado nenhum. Leva-nos sim o convívio, a ampliação de novas amizades, a participação em atividades, isso sim, é que dá gosto e sabor à vida. A USE tem sido muito importante para os cidadãos seniores que a frequentam, pois para além da frequência nas disciplinas, a atividade é complementada com as áreas do teatro e da música, sendo que nesta última (área) o nosso grupo Cantigas d' Ouvido (composto por alunos da USE) tem já bastante popularidade no nosso meio. Criámos ainda o Canto Norte, que é uma espécie de resposta ao Cante Alentejano, e há dias fizemos a apresentação do Grupo (musical) Jograis do Leça. Tudo isto diversifica a nossa oferta, o que faz com que a associação também se enriqueça.

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    AVE: O que é necessário para fazer parte da USE?

    CF: Admiro-me, por vezes, que ao fim destes anos todos haja muita gente em Ermesinde que desconheça a existência da USE! Mas a resposta à sua questão é muito simples. Toda a gente maior de 55 anos tem a oportunidade de procurar a USE, sendo que as condições de admissão são fáceis, ou seja, basta trazer o seu cartão de cidadão, preencher uma proposta de matrícula indicando as disciplinas que quer frequentar e pagar a cota mensal de 10 euros. Condição obrigatória é que todos os alunos se façam associados da Ágorarte (nota: neste momento a associação tem cerca de 200 associados). Mas caso haja uma situação de saúde devidamente comprovada que nos permita admitir pessoas com menos de 55 anos, também aceitamos inscrições, mas é preciso ter uma base justificativa para que isso aconteça.

    Ainda a propósito desta questão dos cidadãos seniores, devo dizer que há dias estive a fazer uma pesquisa sobre o panorama do Concelho de Valongo no que a seniores diz respeito. E cheguei a dados preocupantes e que apontam para um envelhecimento progressivo da nossa população. Vejamos. Em 2001 havia no concelho 3152 idosos com idades compreendidas entre os 65 e 69 anos, enquanto que na mesma faixa etária no ano de 2016 havia 5203 idosos. Entre os 70 e 74 anos, havia em 2001 no concelho 2314 pessoas, ao passo que em 2016 havia 3910 pessoas. Com idades compreendidas entre os 75 e os 79 anos, tínhamos 1584 pessoas em 2001, enquanto que em 2016 havia 2955. Com idades compreendidas entre os 80 e os 84, em 2001 tínhamos 828 pessoas, e em 2016 havia 2064. Se um dia me deixassem trabalhar estes números com o senhor Ministro da Educação eu dir-lhe-ia que as políticas do Governo estão completamente erradas. Ou seja, para quê a construção de creches e jardins-de-infância se não nascem crianças? Mas os apoios à terceira idades escasseiam! Em meu entender, devia haver uma política mais virada para a terceira idade com um apoio decidido às universidades seniores.

    AVE: Já percebemos que a atualidade da Ágorarte passa muito pela atividade da USE, mas como associação dinâmica que é, certamente tem outros projetos em carteira para o seu futuro, quer falar um pouco deles?

    CF: De facto, a USE é o "sítio" onde encontramos uma melhor resposta social para as nossas preocupações. Hoje em dia não podemos deixar de pensar que nesta universidade está o núcleo mais importante da nossa atividade. O resto vai lá ter tudo, isto é, vai lá ter o teatro, a Oficina de Letras, o Clube do Livro, e outras valências da associação.

    Mas quanto a outros projetos, vamos, como já disse, continuar a levar a cabo a segunda série das Conferências de Ermesinde, no âmbito da Semana Académica da USE. De referir, que esta segunda série das conferências teve início na nossa I Semana Académica, altura em que tivemos a conferência dedicada a Vergílio Ferreira, sendo que em abril temos programado complementar essa conferência com uma visita a Gouveia em conjunto com a biblioteca municipal para fazer o itinerário vergiliano.

    Mas vamos igualmente continuar com a nossa Oficina das Letras, valência que é responsável pelos saraus de poesia. Vamos ainda lançar-nos em breve numa outra aventura, isto é, vamos entrar no ciclo dos livros censurados. Entendemos que é preciso que as pessoas conheçam bem as condições que durante anos impediram este país de ir mais além, e a cultura foi um alvo preferido pela ditadura, expressa na censura prévia que era feita nos jornais, revistas e nos livros que eram retirados das tipografias e destruídos sem respeito pelos autores. O primeiro autor desse ciclo vai ser o criador do Neorrealismo em Portugal, o Alves Redol, e vamos debruçar-nos sobre a sua obra, começando pelos Gaibéus, que têm um conteúdo humano muito profundo.

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    AVE: Seja qual for a atividade, uma associação nos dias de hoje tem de enfrentar dificuldades para levar a "carta a Garcia", por outras palavras, para sobreviver. Quais são as principais dificuldades da associação no momento?

    CF: Temos algumas. Por exemplo, eu gostava muito de poder oferecer aos alunos de informática da USE uma sala devidamente equipada e informatizada para que eles não tivessem de andar com o seu próprio computador na mão e assim tivessem oportunidade de chegar aqui e encontrar uma sala montada para poderem fazer os progressos na área da informática. Falta-nos manifestamente o dinheiro, embora não seja o dinheiro que nos move, é bom que se diga. Agora, mantemos de pé esta fé, esta crença, de que há-de chegar o dia em que a Câmara de Valongo nos há-de dizer: “meus amigos, determinada escola ficou vazia, vocês ocupem-na da melhor maneira, mas dêem-lhe um bom destino!” Por exemplo, se nos deslocarmos à Escola de Araújo, em Matosinhos, o que lá vamos encontrar é uma universidade sénior. Essa escola ficou vazia e a Câmara de Matosinhos cedeu imediatamente o espaço à universidade sénior do seu concelho.

    No entanto, não queria deixar passar a oportunidade, para salientar as boas relações que temos tido com as entidades administrativas do nosso concelho, as quais têm sido muito recetivas aos nossos pedidos. Mas ainda em relação a dificuldades, tenho de dizer que a questão dos transportes para as nossas deslocações tem sido uma dificuldade recorrente, pois temos de contar com a boa vontade das pessoas para nos deslocarmos em viaturas particulares.

    AVE: E quanto aos apoios, que tipo de apoios a associação recebe?

    CF: A disponibilização de espaços para nós é fundamental, e quando assim é estão a colaborar connosco. É o caso do fórum cultural, pese embora não temos sido muito assíduos na sua ocupação, porque também tem sido difícil arranjar espaços vazios para preencher. Mas quer a Câmara quer a Junta de Freguesia de Ermesinde têm tido para nós uma resposta muito boa, e mantemos com ambas o melhor relacionamento institucional, estando gratos a estas duas entidades pela disponibilização de espaços para que possamos mostrar aquilo o que somos.

    AVE: Se pudesse pedir uma prenda de aniversário pela passagem destes 15 anos de existência, o que pediria?

    CF: O que mais queria é que chegasse o reconhecimento do Ministério da Educação em relação ao trabalho desenvolvido pelas universidades seniores nos locais onde elas estão implementadas, pois neste momento já somos mais de 200 universidades a nível nacional.

    Por: Miguel Barros

     

     

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