60 ANOS - 60 BRINDES
Os ermesindenses fizeram e colaboram na Sua Voz de Ermesinde. O amável jornal fez, e faz, a cidade dos sonhos, arredores do Grande Porto, onde os caminhos-de-ferro à vista e vários sentidos, colocam os viajantes portuenses perto de Campanhã ou S. Bento dentro do burburinho, onde o Porto é "UMA NAÇÃO"!
Antigamente, os terrenos agrícolas verdejantes, onde os milharais cresciam, e os mais raquíticos serviam de pastoreio e pousio de bois velhos, em fase de engorda, antes de entrarem abatidos no famoso Bolhão...
Nos passeios das carruagens passeavam as regueifas, metidas nos braços e compradas em Valongo (terra das lousas). Poder comprar pão doce, antes dos vagões voltarem a andar, era uma alegria.
A gente fina de Ermesinde, lembrava os agricultores durienses, alguns de gravata, samarra de gola de pele e botas de atanado! Os trabalhadores dos campos eram quase só mulheres:
Fortes, espadaúdas e de saias de panos rijos e compridas; os lenços de merino protegiam as cabeças e atavam na cintura; manobravam as vacas e bois nos trabalhos como poucos lavradores o sabiam desempenhar!
Nos estradões, abertos nos de granjeio, sendo hoje ruas da cidade, deram prédios de andares, moradias e prédios culturais. As obras de lazer estão sempre a crescer.
Se Joaquim Agostinho "semeou" os Pirenéus de pneus de maior "cilindrada", as mulheres de Ermesinde fortes e sadias ensinaram a desbravar os campos, hoje estufas, e terem as ruas do Grande Porto como recreios, e até um S. João em festa!
Lembrar a evolução (lindos 60 anos) de A Voz de Ermesinde é ter a alegria dos tempos idos. Parabéns.
Por: Gil Monteiro*
*(colaborador na rubrica "Crónica")
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