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Edição de 31-03-2024
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    Arquivo: Edição de 28-02-2017

    SECÇÃO: Destaque


    REUNIÃO DA CÂMARA MUNICIPAL DE VALONGO

    Grupo Dramático e Recreativo da Retorta recebe Medalha de Mérito por parte da Câmara de Valongo

    A sessão pública de 16 de fevereiro da Câmara Municipal de Valongo ficou marcada pela atribuição da Medalha de Mérito ao Grupo Dramático e Recreativo da Retorta, não só pela passagem do 75º aniversário da popular coletividade de Campo mas igualmente pela relevante atividade desenvolvida dentro e fora do nosso concelho, com ênfase para o teatro. Esta distinção resultou de uma proposta apresentada pela CDU, na pessoa do vereador Adriano Ribeiro, a qual mereceu aprovação unânime por parte do Executivo. Na proposta, a CDU traçou o retrato daquilo o que é hoje a Retorta, uma instituição que ao longo da sua existência «tem desenvolvido uma significativa atividade teatral dentro e fora do concelho de Valongo. Atualmente a Retorta Teatro, nome pelo qual é designado o grupo, apresenta cerca de 30 espetáculos de norte a sul do país. (…) A Retorta tem conquistado ao longo dos vários anos diversos prémios teatrais, destacando-se o Concurso Nacional de Teatro em 2015 e o Prémio Escanamateur Europa também em 2015», podia ler-se.

    A coletividade não abraça apenas o teatro, conforme foi mencionado na proposta ali colocada, alargando atualmente a sua atividade à prática desportiva através de inúmeras modalidades - karaté, atletismo, futsal, ginástica, ou dança - que agregam a si algumas centenas de atletas, a maior parte deles em idade de formação. «Pelo seu historial e pelo papel desempenhado ao serviço da cultura, recreio e desporto e em prol da elevação do nome do Concelho de Valongo», a CDU propunha assim a atribuição da medalha de mérito à citada coletividade.

    CAMPO DE JOGOS

    DE BALSELHAS

    À ESPERA

    DE UMA SOLUÇÃO

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    O período de antes da Ordem do Dia seria ainda aproveitado por Adriano Ribeiro para colocar em cima da mesa uma recomendação à CMV, a qual alertava para a necessidade de se encontrar uma solução para o campo de jogos dos Canários de Balselhas, infraestrutura que se encontra em estado de degradação. Numa breve retrospetiva histórica o vereador da CDU lembrou que o referido recinto desportivo foi pertença do Futebol Clube Balselhense, coletividade que há pouco mais de uma década suspendeu a sua atividade - devido a dificuldades de ordem financeira, sobretudo -, tendo posteriormente o seu campo de jogos passado a ser utilizado pelos Canários de Balselhas. Acontece que esta associação não tem condições financeiras para contornar o avançado estado de degradação em que o equipamento se apresenta. Nesse sentido, Adriano Ribeiro propõe uma intervenção da Câmara, desde logo uma intervenção idêntica às que têm sido realizadas nos recintos de outras coletividades do concelho, propondo a colocação de um relvado sintético, além de outros necessários melhoramentos. Na resposta, o vereador titular do pelouro do Desporto, Orlando Rodrigues, admitiu que de facto o campo de jogos de Balselhas necessita de uma intervenção, mas que neste momento - e ao nível da freguesia de Campo - a autarquia estava centrada na intervenção que irá ser realizada no recinto de jogos do Sporting de Campo, ressalvando no entanto o vereador do Desporto que a situação dos Canários de Balselhas não está esquecida, até porque a Câmara tem mantido contactos com esta coletividade no sentido de se inteirar da intenção desta em recuperar aquele recinto desportivo. Esta resposta mereceu uma intervenção mais ríspida do vereador da coligação PSD/PPM João Paulo Baltazar, que referiu que Orlando Rodrigues anda «a empalear a questão» com conversas, lembrando que uma das promessas eleitorais de José Manuel Ribeiro havia sido precisamente dotar o campo dos Canários de Balselhas de um relvado sintético. Na resposta, o presidente da autarquia mostrou estar ciente de que não será possível cumprir com todos os compromissos do seu programa eleitoral, e que a situação do campo de jogos de Balselhas era um deles, repetindo o que Orlando Rodrigues já havia dito, ou seja, que a Câmara está atenta à situação e tem mantido vários reuniões com os responsáveis dos Canários de Balselhas com o intuito de se encontrar uma solução futura. A resposta não agradou à oposição, e a discussão ganhou contornos mais acalorados quando Hélio Rebelo (PSD/PPM) alertou para outro facto, no caso o de o Centro Cultural de Campo se encontrar com sinais de degradação, mais precisamente no ponto de que chove no interior de algumas zonas, ironizando em seguida o vereador social democrata ao dizer que não deixa de ser preocupante que o citado equipamento cultural se encontre cada vez mais abandonado e sem dinamização quando o responsável pelo pelouro da Cultura é o próprio presidente José Manuel Ribeiro. Na resposta, o edil começaria por dizer que não tinha nenhuma informação de que chovia no interior daquele espaço mas que estaria disponível para acompanhar o vereador de modo a verificar a situação, acrescentando que já a partir de março o Centro Cultural de Campo iria ganhar uma nova dinâmica com a abertura do Espaço do Cidadão no local. Esta informação motivou uma nova reação de João Paulo Baltazar, o qual lembraria que Hélio Rebelo havia alertado para a falta de dinamização cultural daquele espaço e que na resposta a isso José Manuel Ribeiro dava conta de que ali iria abrir um Espaço do Cidadão. «Isso é animação cultural? De facto por aqui se vê que Valongo tem uma liderança que não sabe o que se passa no concelho», atirou o vereador.

    CENTRO VETERINÁRIO

    MUNICIPAL NÃO

    CHEGA PARA AS

    "ENCOMENDAS"

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    No período destinado à intervenção do público o tema que centrou em si alguma atenção prendeu-se com a incapacidade de o Centro Veterinário Municipal dar mais respostas ao nível do acolhimento de animais. A problemática foi apresentada por Manuela Tavares, uma conhecida cidadã ativa na defesa dos direitos dos animais, que mostrou preocupação pelo facto de o Centro Veterinário Municipal não ter capacidade para acolher mais animais abandonados. «O Concelho de Valongo sempre esteve no topo no que diz respeito a boas práticas na defesa e proteção dos animais. Não podemos regredir agora, não podemos vacilar perante as circunstâncias. Pedimos é soluções, e vocês (Câmara) têm massa humana neste concelho para vos ajudar a encontrar essas soluções», frisou a cidadã. Na resposta a esta intervenção, José Manuel Ribeiro concordou que de facto existe um problema com a limitação em termos de espaço para acolher mais animais no Centro Veterinário Municipal, mas que a seu ver a solução não passava por aumentar esse espaço, até porque as vagas iriam ser preenchidas rapidamente e o problema de abandono de animais não iria ficar resolvido. No seu entender a solução passa, por um lado, aumentar as campanhas de adoção de animais, algo que tem sido vindo a ser alcançado aos poucos com as campanhas que têm sido levadas a cabo pelo Posto de Ermesinde do Centro Veterinário Municipal, mas ainda assim insuficientes para combater a problemática do abandono de animais. Por outro lado, focou a necessidade de ser criada uma associação zoófila no concelho, que se apresentasse como um parceiro forte da autarquia no combate a este problema do abandono de animais, pois enquanto assim não acontecer a Câmara não tem músculo para sozinha contornar a situação, disse.

    Por: Miguel Barros

     

     

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