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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE JOVENS

Jovens deputados com “recados” para a Câmara Municipal de Valongo

Sob a presidência de Abílio José Vilas Boas Ribeiro, presidente da Assembleia Municipal de Valongo, teve lugar na noite de 29 de abril mais uma edição da Assembleia Municipal de Jovens, que decorreu no Auditório Dr. António Macedo, em Valongo.

Na edição deste ano, com algumas diferenças relativamente ao formato dos anos anteriores, participaram equipas de jovens dos seguintes estabelecimentos de ensino do município valonguense: Agrupamento de Escolas de Alfena, Agrupamento de Escolas de Ermesinde, Agrupamento de Escolas de Campo, Agrupamento de Escotas Vallis Longus, Agrupamento de Escolas de Valongo e CENFIM (núcleo de Ermesinde).

As diferenças da Assembleia Municipal de Jovens deste ano, relativamente às edições anteriores, negociadas oportunamente entre todos os envolvidos, tiveram a ver, sobretudo, com a retirada das comunicações dos políticos dos vários partidos com assento na Assembleia Municipal, dando mais tempo aos "jovens deputados". Ainda assim, para além dos membros da Mesa da Assembleia Municipal, do presidente da Câmara e de dois vereadores, estiveram presentes também vários membros da Assembleia Municipal, nomeadamente Rosa Maria Rocha e Luís Ramalho, este também na sua qualidade de presidente do Executivo da Junta de Freguesia de Ermesinde.

Os jovens, como já vai sendo habitual, deram o seu melhor apresentando problemas e soluções para a resolução dos mesmos competindo agora à Câmara Municipal a sua execução.

Depois das palavras iniciais do presidente da Assembleia Municipal e do presidente da Câmara, foi dada a palavra aos jovens. A primeira equipa a intervir foi a do Agrupamento de Escolas de Alfena, que tratou o tema "Um presente para um futuro especial"; seguiu-se o Agrupamento de Escolas de Ermesinde, que propôs a "Requalificação do Parque da Resineira"; o Agrupamento de Escolas de Campo, que sugeriu uma intervenção municipal em Couce, onde em seu entender, deveria ser construído um "Espaço de Lazer e Adaptação de Desportos Radicais"; o Agrupamento de Escotas Vallis Longus, tratou de sugerir algumas "Mudanças"; ao passo que o Agrupamento de Escolas de Valongo trouxe ao "parlamento" dos jovens a "Necessidade de Acessibilidade; e, por último, o CENFIM (núcleo de Ermesinde), pensando no turismo, propôs à edilidade do município a "Colocação de placas identificadoras junto aos monumentos".

O presidente da Câmara apreciou as intervenções pronunciando-se, em termos genéricos, pela sua utilidade, mas anunciou, desde logo, que algumas não poderão ser implementadas pela escassez de meios financeiros com que se depara a Câmara Municipal de Valongo.

A segunda parte da sessão constituiu outra novidade neste evento, com a abordagem de um tema, que este ano foi "Refugiados o que fazer?"; Direitos humanos e discriminação", numa clara relação de complementaridade entre os direitos humanos e o direito internacional dos refugiados. As equipas participantes fizeram as suas apresentações sobre o tema, ao que se seguiu um debate, em que se esgrimiram argumentos a favor e contra este direito que foi reconhecido, em 1948, na Declaração Universal dos Direitos Humanos, a qual afirma (no seu art.º 14.º) que "todo o ser humano, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e de gozar de asilo em outros países".

Já passava da meia noite, quando o presidente da Assembleia Municipal deu por encerrada mais uma sessão da Assembleia Municipal de Jovens, tendo considerado bastante positivas as alterações efetuadas, até pelo facto de representarem mais tempo para as intervenções dos jovens.

Por: Manuel Augusto Dias