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Edição de 31-03-2024
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    Arquivo: Edição de 31-03-2016

    SECÇÃO: Local


    Agrupamento 7 de Ermesinde do Corpo Nacional de Escutas festejou os seus 90 anos de existência

    Fotos Manuel Valdrez
    Fotos Manuel Valdrez
    O Agrupamento 7 de Ermesinde do Corpo Nacional de Escutas assinalou com pompa e circunstância, a 14 de março passado, os seus 90 anos de existência. A festa decorreu no fórum cultural da nossa cidade e além de inúmeras personalidades locais, contou com a presença de vários elementos ligados ao escutismo distrital e nacional, bem como de um vasto leque de agrupamentos oriundos de freguesias vizinhas (a título de exemplo, Águas Santas, Valongo, S. Pedro da Cova, Valbom, ou Rio Tinto). A estes convidados juntaram-se muitos dos atuais e antigos escuteiros do agrupamento aniversariante, jovens e menos jovens que fazem ou fizeram a história de uma das mais emblemáticas instituições ermesindenses.

    A noite teve início com a projeção de um vídeo composto por fotografias que retrataram diversos capítulos destes 90 anos de vida. Imagens dos primeiros grupos, dos primeiros rostos, das primeiras atividades do agrupamento, que rasgaram sorrisos de nostalgia na repleta sala. Prosseguindo os caminhos da história, seguiu-se uma breve resenha do percurso trilhado pelo agrupamento entre 1926 - ano da sua fundação - e o presente, onde foram recordados nomes como Manuel Feliciano Cruz, ou o padre Avelino da Assunção, duas históricas personalidades locais que estiveram na génese da criação do então batizado de Grupo 22 - Nun' Álvares Pereira. A eles e a muitos outros nomes que deram o seu contributo no sentido de promover a essência do escutismo no seio da nossa comunidade, sendo que alguns deles partiram já para o "acampamento eterno", como ali foi dito, e a quem foi endereçado um sentido e caloroso agradecimento.

    Seguiram-se os habituais discursos de ocasião, tendo a primeira intervenção pertencido ao atual Chefe do Agrupamento 7, Rui Carvalho, que começou por dar conta do enorme orgulho em estar presente nas comemorações dos 90 anos da instituição ao lado dos atuais e antigos elementos da mesma. Enviaria ainda um agradecimento a entidades, instituições e empresas locais pelo forte apoio que têm dado aos escuteiros ermesindenses ao longo dos anos, com particular ênfase à Câmara de Valongo, à Junta de Freguesia de Ermesinde, aos Bombeiros Voluntários de Ermesinde (BVE), ao Centro Social, à paróquia e ao Núcleo de Ermesinde da Fraternidade Nun' Álvares.

    «Deus quis, o homem sonhou e a obra nasceu», foi desta maneira que o diácono Agostinho Pereira - que ali esteve em representação do pároco ermesindense, João Peixoto - felicitou não só a instituição como também todos aqueles que durante nove décadas se entregaram de «corpo e alma» a um movimento cuja essência apresenta uma vincada orientação católica.

    O ESCUTISMO

    ENQUANTO PILAR

    DA EDUCAÇÃO

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    Entre as muitas personalidades presentes ligadas ao escutismo destacou-se Norberto Correia, o chefe do Corpo Nacional de Escutas (CNE), que no seu discurso começou por abordar o papel do escutismo enquanto pilar da educação, por outras palavras, em preparar os mais novos para a vida. «A educação é também uma missão que cabe aos escuteiros. Com isto não queremos substituir os pais nem a escola na tarefa de educar, nem tão pouco substituir a igreja no papel de dar a conhecer Deus. Mas educar é uma tarefa que nos envolve a todos na sociedade, e o escutismo tem a finalidade de preparar os mais novos para serem o futuro do Mundo, desenvolvendo neles qualidades humanas e o sentido de aprender a viver em comunidade», ressalvou o líder máximo do escutismo nacional. Numa incursão ao passado da instituição aniversariante, lembrou também ele todos os elementos que por ali passaram e «que de alma e coração se dedicaram de forma graciosa a esta causa, sendo graças a eles que a sociedade é hoje melhor». No sentido de reforçar esta sua visão sobre a sociedade atual deixaria um conselho a todos os presentes: «Se todos nós tivermos a missão de fazer pelo menos uma boa ação por dia, isso irá trazer felicidade a alguém».

    Para Hugo Carvalho, Chefe Regional do CNE, 90 anos mostram que é altura de fazer uma paragem, de olhar para trás e endereçar a todos os que ajudaram a escrever a história do Agrupamento 7 de Ermesinde um «profundo obrigado». Ainda de acordo com o Chefe Regional do CNE, esta é uma palavra que é proferida por toda a região do Porto, a qual sente um grande orgulho no facto deste ser um grupo forte, pujante, que tem marcado o escutismo, e sobretudo que tem «contribuído para formar cidadãos que têm feito do Mundo um lugar melhor para viver», frisou não sem antes agradecer de igual modo às famílias dos escuteiros pelo apoio que têm dado ao CNE.

    O RECONHECIMENTO

    E AGRADECIMENTO

    AUTÁRQUICO

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    Palavras de reconhecimento e de elogio foram igualmente proferidas pelo poder político local. Para o presidente da Junta de Freguesia de Ermesinde (JFE), Luís Ramalho, não existem dúvidas sobre a importância do trabalho que é desenvolvido pelo escutismo no seio da comunidade. Recordando a sua própria e enriquecedora experiência enquanto escuteiro durante três anos, o presidente da Junta sublinharia que o escutismo «é uma forma de vivermos em comunidade e de servir essa mesma comunidade através de valores que muitas vezes já nem existem (na sociedade)», endereçando em seguida um agradecimento ao Agrupamento 7 de Ermesinde pela estreita colaboração que tem mantido com a JFE em várias ações que esta organiza anualmente. Nesse sentido, Luís Ramalho ofereceu à instituição aniversariante o galardão máximo da freguesia, o Troféu da Cidade, facto que desde logo entrou para a história, pois até à data nunca nenhuma outra instituição havia sido agraciada com esta distinção.

    Também presente nesta cerimónia esteve o presidente da Câmara Municipal de Valongo (CMV), José Manuel Ribeiro, o qual começaria por destacar a colaboração que o Município tem tido com todos os agrupamentos de escuteiros do concelho nas mais diversas atividades levadas a cabo pela edilidade, e na importância que o trabalho dos escuteiros tem tido na preservação de muito do património concelhio, desde logo o imenso parque natural aqui existente. Dirigindo-se posteriormente ao chefe do CNE, sublinharia que esta organização pode ter orgulho em todos os grupos de escutismo do concelho, grupos compostos por «pessoas muito especiais», segundo o edil.

    Finalizados os discursos foi altura de proceder a algumas homenagens e condecorações. Neste último ponto foram condecorados com a Cruz de S. Jorge os seguintes escuteiros: António Carvalho, Manuel Oliveira e Adriano Sousa. Homenageados foram alguns dos muitos chefes que passaram pelo Agrupamento 7 de Ermesinde, sendo que um dos grandes aplausos da noite surgiu no momento em que os míticos Chefe Mota e a Chefe Margarida subiram ao palco para receber as respetivas lembranças. Gratificações simbólicas que foram estendidas às muitas empresas que têm apoiado o agrupamento, à CMV, à JFE, ao Centro Social de Ermesinde (que se fez representar por um dos seus diretores, no caso Adelino Soares), ao Núcleo de Ermesinde da Fraternidade Nun´Álvares (representada por Adriano Mota), aos BVE (representados pelo seu presidente de Direção e pelo comandante da corporação, respetivamente, Jorge Videira e Carlos Teixeira), à paróquia da freguesia, ao jornal A Voz de Ermesinde (lembrança essa que desde já muito agradecemos), entre outras entidades. E como não há festa sem bolo de aniversário, a noite terminou com o tradicional corte de bolo e de um Porto de Honra. Agora, venha o centenário.

    Por: Miguel Barros

     

     

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