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NOTÍCIAS DO CENTRO SOCIAL DE ERMESINDE

Assembleia Geral Ordinária para aprovação do Relatório e Contas do ano de 2015

Foto MANUEL VALDREZ

Continuando a sua exposição, Henrique Rodrigues disse que a variação dos resultados se deveu, essencialmente, ao aumento das despesas com pessoal, que foi de 32.000,00 euros entre 2014 e 2015, devido ao aumento de salários decidido pela Direção. Acrescentou que esse aumento não resultou de qualquer imperativo legal, a não ser pela atualização do salário mínimo que passou de 485,00 euros para 505,00 euros a partir de 1 de janeiro de 2015 e das consequentes alterações do contrato Coletivo de Trabalho. Salientou que a Direção decidiu atribuir a todas as categorias com vencimento superior ao salário mínimo um aumento de 20,00 euros, igual à variação ocorrida neste salário. Este aumento teve início no dia 1 de janeiro de 2015, embora as instituições só estivessem obrigadas a fazê-lo a partir de abril ou maio de 2016 e deveu-se ao facto de não ter havido aumento generalizado de vencimentos desde 2009 e por ser cada vez mais exigente e qualificado o nível dos serviços prestados.

Referiu, ainda, que durante o ano de 2015 se procedeu à requalificação do salão nobre, no valor de 22.800,00 euros e à recuperação da casa 4, no Largo da Feira, no valor de 15.000,00 euros. Estas obras traduzem-se num enriquecimento do património ativo, realizado apenas com receitas próprias. A reabilitação da citada casa 4 foi efetuada no âmbito da adesão ao PAR-Plataforma de Apoio a Refugiados, que integra um vasto conjunto de IPSS´s e outras entidades da sociedade civil, com vista a assegurar o apoio solidário e humanista aos refugiados do médio oriente. O município de Valongo propôs-se participar na concretização deste imperativo humanitário, através de várias instituições locais enquadradas na Rede Social do Município de Valongo. O CSE integra essa Plataforma desde a primeira hora, disse.

Acrescentou que o CSE e a ECA são credores de cerca de 200,000,00 euros, no âmbito de vários programas e que, por tardar o reembolso, tem havido alguns congestionamentos de ordem financeira.

No uso da palavra, pela segunda vez, Henrique Rodrigues referiu que havia valências deficitárias, por exemplo, o jornal que em 2014 registou um saldo negativo de 57.439,39 euros e em 2015 de 31.505,14 euros; o ATL que teve um saldo negativo de 40.881,92 em 2014 e em 2015 de 29.366,74 euros e a Creche Familiar que agravou o saldo negativo de 9.080,94 euros em 2014, para 18.578,07 euros em 2015.

Seguidamente, o presidente da Mesa da Assembleia comentou que nos documentos em análise não constava uma relação dos colaboradores da instituição e realçou a necessidade de esses documentos serem o mais completos possível para justificar plenamente despesas e receitas, dado que os associados são cada vez mais exigentes.

No uso da palavra, Joaquim Fernandes da Silva, secretário do Conselho Fiscal, propôs um voto de louvor à Direção e trabalhadores da instituição.

Também no uso da palavra, o associado Casimiro Sousa, disse que a redução do saldo negativo na valência do Jornal em 2015 resultou, essencialmente, do facto de o seu quadro de pessoal ter passado a contar apenas com um jornalista e não por ter sido tomada qualquer outra medida de gestão, designadamente, com vista à redução da dívida acumulada de 58.918,35 euros em assinaturas e publicidade, nem de diminuir as despesas de impressão do jornal e nos portes do seu envio através dos CTT, como, em seu entender, as circunstâncias aconselhavam. Postos à votação, o Relatório, as Contas e o Louvor proposto pelo Conselho Fiscal foram aprovados por unanimidade.

ASSEMBLEIA GERAL

EXTRAORDINÁRIA

Logo a seguir à Assembleia Geral ordinária para aprovação do Relatório e Contas de 2015, os associados do Centro Social de Ermesinde reuniram no mesmo local, pelas 22H30, em Assembleia Geral Extraordinária, cujo ponto único da ordem de trabalho era "deliberar para aquisição de bens imóveis".

Aberta a sessão, o presidente da Mesa, José Manuel Ribeiro, leu o texto que identificava os prédios a adquirir, sitos na Rua Miguel Bombarda, em Ermesinde.

Seguidamente, o presidente da Direção, Henrique Rodrigues, expôs as razões que determinaram a aquisição destes prédios: preservar o equilíbrio da zona contígua ao CSE, garantir a expansão do lar de idosos e assegurar que esse espaço seja a continuidade das instalações do Centro.

Acrescentou que, aquando da inauguração do Lar, o ministro Vieira da Silva admitiu a possibilidade de expropriação do espaço envolvente, por utilidade pública.

Disse, ainda, que os citados prédios seriam adquiridos pelo valor global de 120.000,00 euros, pagos em 60 prestações mensais de 2.000,00 euros cada uma. Dada a palavra aos associados, ninguém se quis pronunciar. Procedeu-se à votação, tendo a proposta sido aprovada por unanimidade.

Por: Casimiro Sousa