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Edição de 29-02-2024
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    Arquivo: Edição de 16-05-2014

    SECÇÃO: Desporto


    ENTREVISTA

    Jorge Costa: «Esta foi a melhor resposta que pudemos dar a quem não acreditava em nós»

    Foto MANUEL VALDREZ
    Foto MANUEL VALDREZ
    Naturalmente satisfeito e orgulhoso com o trajeto do Ermesinde 1936 estava o presidente da Direção, Jorge Costa. Numa curta troca de palavras com o nosso jornal escassas horas antes do último jogo da temporada, ante o Medense, o líder ermesindista começaria por dar a entender que o êxito alcançado na época de estreia do seu clube acabou por calar muita gente! «Foi de facto bonita a caminhada que fizemos, tanto no campeonato como na Taça Brali. Tudo isto aconteceu no primeiro ano de vida do Ermesinde 1936, e por isso tem ainda mais sabor, porque foi um ano difícil, um ano onde tivemos de formar o clube, organizar tudo, eu não diria que foi uma caminhada contra tudo e contra todos, mas foi contra muita gente que era cética em relação ao nosso projeto. E esta foi a melhor resposta que pudemos dar a quem não acreditava em nós, a quem pensava que o futebol em Ermesinde iria acabar. No entanto, ainda há muita gente cética em relação a este clube, embora menos do que no início da temporada, pois muitas dessas pessoas que não acreditavam em nós têm agora outra ideia em relação ao Ermesinde 1936. As nossas vitórias, os nossos golos, foram a melhor resposta para quem não acreditou em nós», atacou Jorge Costa, que terminado o campeonato, confidenciou que a subida de divisão sempre foi um dos objetivos iniciais do clube, embora não assumido publicamente para que não fossem criadas expetativas altas numa casa que estava a começar a ser edificada.

    QUESTÃO DO ESTÁDIO CONTINUA NUM IMPASSE

    Uma das grandes dificuldades pelas quais o clube passou e continua a passar prende-se com o impasse da situação em relação ao Estádio de Sonhos. As negociações entre a Câmara Municipal de Valongo (CMV) e o principal credor do antigo Ermesinde SC, Abílio de Sá, para que este último ceda a título definitivo o recinto à autarquia, mediante “negócio” que satisfaça naturalmente o construtor, continuam a ser cozinhadas em lume brando. Pelo pouco que sabe, Jorge Costa adianta mesmo que, segundo informação veiculada pela Câmara, Abílio de Sá terá recusado recentemente algumas propostas feitas pelo atual executivo camarário. «No tempo do executivo liderado por João Paulo Baltazar, que aliás é uma pessoa a quem estamos muito agradecidos pela força que nos deu para arrancar com este projeto, tivemos algumas promessas de que o estádio iria passar a municipal. Depois, com a entrada do novo executivo a situação inverteu-se, embora estejamos a manter algumas reuniões com a atual Câmara, a qual nos vai informando do ponto da situação, sendo que aliás o atual vereador do desporto já nos disse que caso o negócio com Abílio de Sá não se concretize a CMV já está a procurar terrenos em Ermesinde para que possa ser construido um estádio municipal. No entanto, nós, enquanto ermesindistas, sempre nos habituamos ao Estádio de Sonhos, é aqui a nossa casa, e como tal é aqui que gostaríamos de continuar. Vamos ver o que acontece», frisa Jorge Costa que aproveita ainda para endereçar um forte agradecimento à Junta de Freguesia de Ermesinde na pessoa do seu presidente Luís Ramalho, pelo apoio dado desde início ao projeto Ermesinde 1936.

    Apoios que ainda são poucos por parte do comércio local, nas palavras do dirigente, que adianta que o clube vai tendo “aqui e ali” alguma ajuda por parte dos comerciantes da cidade, mas é preciso mais para que o clube continue a crescer.

    ÊXITO REPETÍVEL NA PRÓXIMA ÉPOCA?

    Em jeito de balanço no que concerne ao primeiro ano de vida do Ermesinde 1936, que está prestes a cumprir-se, Jorge Costa sublinha que em termos de adesão de associados o panorama não foi mau, já que o clube conseguiu “cativar” meia centena de associados. E por falar em associados será que na sequência do brilhante trajeto desportivo do novo Ermesinde em 2013/14 estes podem na próxima temporada exigir uma nova subida? Jorge Costa é cauteloso na resposta, admitindo que o êxito alcançado na época que agora chega ao final possa elevar as expetativas dos sócios, mas prevê que a 1ª Divisão seja um campeonato mais competitivo em relação à 2ª Divisão. «As dificuldades na 1ª Divisão irão ser maiores, mas se conseguirmos manter a maior parte do atual grupo penso que podemos ombrear com as melhores equipas, e depois, naturalmente, estou certo de que os resultados vão aparecer, e veremos então quais os objetivos que podem ser alcançados», projeta o presidente, que conta com a continuidade de Jorge Lopes e da restante equipa técnica para 2014/15, a quem, aliás, teceu rasgados elogios pela forma como trabalhou.

    A terminar Jorge Costa enviou uma saudação especial aos sócios e simpatizantes do Ermesinde 1936 pelo apoio dado ao longo da temporada, em especial à claque do clube, sempre presente quando a equipa entra em campo, claque cujo apoio incansável foi determinante para que o sucesso fosse alcançado. «Eles foram o nosso 12º jogador», remata o presidente, pouco antes de se dar início a mais um momento de festejos.

    Por: Miguel Barros

     

     

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