Biblioteca Municipal de Valongo assinalou Dia Mundial do Livro
O Dia Mundial do Livro é um evento comemorado todos os anos a 23 de abril. Surgiu por iniciativa da UNESCO com o objetivo de promover o prazer da leitura e a publicação de livros.
A data foi escolhida porque, neste mesmo dia, no ano de 1616, morreram Miguel de Cervantes, William Shakespeare e Garcilaso de la Vega. Para além disto, na mesma data, em outros anos, também nasceram ou morreram outros escritores importantes, como Maurice Druon, Vladimir Nabokov, Josep Pla e Manuel Mejía Vallejo.
Todos os anos são organizados uma série de eventos, um pouco por todo o mundo, para celebrar o Dia Mundial do Livro. Nesse sentido, e no âmbito das suas atividades de extensão cultural, a Biblioteca Municipal de Valongo assinalou a efeméride acolhendo nas suas instalações, no dia 23 de abril, o jornalista Manuel Vitorino, que fez a apresentação do seu livro “Guiné-Bissau, um País Adiado/Crónicas na Pátria de Cabral”. Numa conversa informal com o público, o autor falou sobre o 25 de Abril de 1974, a sua experiência na guerra colonial e o livro agora dado à estampa.
Há 40 anos o então furriel miliciano de Infantaria foi obrigado a participar na guerra colonial, Guiné-Bissau, Cancolim, perto de Bafatá. Quarenta anos depois o jornalista Manuel Vitorino regressou à pátria de Cabral para verificar “in loco” o estado de um país há 40 anos independente e sempre dependente da ajuda internacional. “Guiné-Bissau, um País Adiado/Crónicas na Pátria de Cabral” procura contar histórias deste pequeno país de África, onde cerca de 1,6 milhões de habitantes vivem na mais completa miséria, sem infraestruturas básicas, acesso condigno à saúde, água potável, eletricidade, sendo pontuado por vários episódios, entrevistas, reportagens de um povo sofrido e sofredor.
A obra tem o apoio da ONG Mundo a Sorrir e a chancela da Editora Orfeu, Livraria Portuguesa e Galega em Bruxelas. Conta com o prefácio de Frei Fernando Ventura, comentador da SIC Notícias e personalidade do ano 2010 pela TSF, e notas do Professor Adriano Bordalo e Sá, investigador do ICBAS-UP. As fotos são do fotojornalista Hugo Delgado.
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