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    Arquivo: Edição de 21-02-2014

    SECÇÃO: Destaque


    REUNIÃO DA CÂMARA MUNICIPAL DE VALONGO

    Oposição critica José Manuel Ribeiro por novo deslize antidemocrático

    Fotos URSULA ZANGGER
    Fotos URSULA ZANGGER
    A Câmara Municipal de Valongo aprovou, por oito votos a favor e uma abstenção (Adriano Ribeiro, da CDU), a proposta de celebração de um contrato para a cedência do 5º piso do Edifício Faria Sampaio à Lipor, para esta empresa intermunicipal ali instalar uma academia de formação. A proposta em si não teria nada de criticável, merecendo inclusive o voto favorável dos vereadores do PSD. A única questão é que José Manuel Ribeiro anunciou que a partir de 24 de fevereiro, segunda-feira, o espaço ficaria então à disposição da Lipor, mas é esse o espaço em que os vereadores da oposição têm instalados os seus gabinetes de trabalho, o que levou o ex-presidente da Câmara a João Paulo Baltazar a declarar ter recebido em direto, na reunião da Câmara, a ordem de despejo. O autarca do PSD acusou José Manuel Ribeiro de falta de sensibilidade democrática, pois não custaria nada ter ido falar com os vereadores da oposição para os avisar da cedência do espaço à Lipor, com a garantia de que seria muito breve o tempo em que os vereadores da oposição ficariam sem gabinete. O presidente da Câmara, José Manuel Ribeiro, rejeitou as acusações de comportamento antidemocrático, justificando a entrega do espaço até pelo facto de os vereadores da oposição (PSD e CDU) preferirem um espaço de trabalho mais central ao concelho, em Valongo, o qual dentro em breve, garantiu, estaria disponível.

    A crítica de João Paulo Baltazar segue-se à anteriormente apresentada aquando da declaração do presidente da Câmara de que iria ser denunciado o protocolo com as IPSSs para o fornecimento de refeições às escolas, quando o assunto nem sequer tinha ido ainda a reunião de Câmara para poder ser decidido.

    José Manuel Ribeiro contrapôs que nunca a oposição foi tão bem tratada, pois se sente «inquilino» e não «proprietário» da Câmara, acedendo João Paulo Baltazar que a atitude de José Manuel Ribeiro seria irrefletida e dela já se teria certamente arrependido.

    Na verdade, recorde-se que a contrabalançar este tipo de comportamento menos partilhado com a oposição, há alguns aspetos positivos a salientar, como a edição do novo boletim municipal que, pela primeira vez, é aberto à oposição.

    Voltando à questão do fornecimento de refeições, Adriano Ribeiro, da CDU, decidiu esperar mais um pouco e não apresentou ainda a sua anunciada proposta de moção acerca deste assunto, já que a Câmara está finalmente numa ronda de conversações com as IPSS envolvidas no protocolo, tendo sido já ouvidas duas delas e preparando-se para ouvir o mais rapidamente possível as duas restantes para avaliar e negociar com elas uma nova proposta de acordo.

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    Destaque também, nesta reunião, para a aprovação da prorrogação do contrato-promessa de arrendamento do Edifício Faria Sampaio (no outro bloco) à EDC – European Design Center, que espera melhores condições de investimento com base no novo Quadro Comunitário de Apoio.

    A expetativa de trazer emprego muito qualificado para Ermesinde pesou muito na decisão camarária de aceitação da prorrogação do contrato-promessa.

    No decurso da reunião, o presidente da Câmara lamentou também o novo mapa judiciário, que ameaça, de forma irracional, desperdiçar o investimento no Tribunal de Valongo, forçando os munícipes a ter de se deslocar a Gondomar, havendo embora a esperança de que o administrador judicial possa minimizar os prejuízos decorrentes da decisão central.

    João Paulo Baltazar destacou os resultados desportivos das equipas do concelho – salientando o futebol e o hóquei – e propôs uma reunião de urgência com a Direção do Ermesinde 1936 para tentar resolver a situação de ameaça de corte de energia elétrica a curto prazo, anunciada como decisão definitiva.

    Adriano Ribeiro abordou uma questão relativa ao escoamento de águas pluviais, já que estas se acumulam no Pavilhão do CPN, inundando a casa das máquinas e ameaçando maiores prejuízos.

    A situação poderá ser resolvida a prazo, apontou Sobral Pires, aumentando a manilha da conduta, que estrangula o escoamento das águas no local. O problema terá agora surgido com mais relevância devido a obras feitas pela Refer, que evitou que essas águas fossem, como antes acontecia, escoadas para a linha.

    Esta sessão teve a curiosidade de contar com a ausência de Maria Trindade Vale, estreando-se o jovem César Vasconcelos enquanto vereador do PSD, embora não intervindo.

    Por: LC

     

     

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