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    Arquivo: Edição de 31-12-2013

    SECÇÃO: História


    EFEMÉRIDES DE ERMESINDE - DEZEMBRO

    Tempo de cheias em Ermesinde - recordando a cheia do ano 2000

    O LEÇA NUM DIA DE CHEIA
    O LEÇA NUM DIA DE CHEIA
    Dezembro é normalmente tempo de chuvas fortes e de cheias junto das principais linhas de água que atravessam a cidade, com particular destaque para o rio Leça! Este ano, na véspera de Natal repetiu-se o mau tempo, com muita chuva e vento forte. As águas do Leça voltaram a sair do leito.

    Recordamos a cheia que ocorreu em Ermesinde, junto ao rio Leça, nos dias 6 e 7 de dezembro de 2000 que apresenta algumas semelhanças com esta que se registou nas vésperas do último Natal.

    Efetivamente, o final do ano 2000 ficou marcado por fortes chuvas e ventanias que varreram todo o país, do Minho ao Algarve. Até o Alentejo que, normalmente, se queixa de uma crónica falta de água, teve problemas de inundações nesse ano.

    O pior dia foi o de 6 de Dezembro, mas os dias seguintes também não foram bons, como por exemplo o de 7 de dezembro.

    A Proteção Civil havia alertado toda a população para o mau tempo que se avizinhava: chuvas intensas e ventos com velocidades superiores a 100 km/hora. A prevenção diminuiu certamente os prejuízos, mas mesmo assim, houve muitos casos de pânico, por causa de tanto vento e chuva, que provocaram inundações, queda de árvores e falta de energia elétrica.

    Em Ermesinde, a água do Leça voltou a saltar fora do leito, e invadiu campos, casas, ruas e caminhos. As zonas mais baixas da cidade, devido à subida da água de outros rios e ribeiros, e até ao excesso das águas pluviais que as condutas não conseguiam absorver, voltaram a viver situações aflitivas, obrigando os Bombeiros de Ermesinde a acorrerem, sem descanso, a inúmeros pedidos de socorro que vinham do centro de Ermesinde, da Palmilheira, Bela, Travagem, Gandra e Montes da Costa.

    Outras localidades junto ao Leça, como Alfena, Águas Santas e S. Mamede Infesta viveram igualmente situações de grande aflição e pânico. Para evitar danos maiores, os bombeiros tiveram que cortar várias árvores que ameaçavam cair.

    No dia 7 de dezembro houve zonas da cidade que estiveram quase todo o dia sem energia elétrica inviabilizando o funcionamento normal de muitos serviços, como, por exemplo, as escolas.

    Nos dias seguintes continuou a chover, mas pouco a pouco, entrou-se na normalidade do tempo para esta altura do ano, embora sempre com chuva em demasia.

    Por: Manuel Augusto Dias

     

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