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Edição de 31-03-2024
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    Arquivo: Edição de 22-11-2013

    SECÇÃO: Saúde


    Dor miofascial é frequentemente mal diagnosticada

    A dor miofascial é uma das causas de dor mais comuns na população em geral. É considerada uma dor músculo-esquelética com uma elevada incidência, mas devido à sua complexidade é frequentemente mal diagnosticada. Afeta sobretudo mulheres entre os 30 e os 49 anos.

    De forma simplificada pode ser descrita como uma dor crónica muscular, que pode surgir em qualquer músculo, embora seja mais comum no pescoço, ombros e região lombar, caracterizada pela presença de pontos gatilho em qualquer região muscular do organismo (dor localizada).

    A dor ocorre espontaneamente ou pode surgir quando os pontos gatilho são estimulados com pressão moderada por mais de 30 segundos.

    Pesquisas têm demonstrado que os pontos gatilho estão associados a outras perturbações dolorosas, incluindo enxaqueca, cefaleia tensional, disfunções da articulação têmporo-mandibular, cervicalgias, dores dos ombros, lombalgias, dores pélvicas ou lesões pós traumáticas. Estão frequentemente associados ao stress excessivo sobre os músculos como por exemplo movimentos repetitivos, postura inadequada, perturbações alimentares, stress emocional, especialmente em determinadas profissionais.

    O diagnóstico é exclusivamente clínico, não existindo atualmente exames específicos para a deteção desses pontos gatilho, sendo necessário um profissional treinado para identificar esta dor.

    A dor miofascial é percebida pela pessoa como profunda e intensamente dolorosa e incapacitante, por vezes acompanhada de sintomas como suores, alterações do ritmo cardíaco, náuseas e vómitos. A dor piora com a atividade ou esforço. O seu não tratamento afeta gravemente a qualidade de vida das pessoas devido a fatores psicológicos (depressão, ansiedade), sociais (isolamento social) e económicos (baixas laborais).

    O tratamento da dor miofascial visa eliminar ou minimizar a dor gerada pelos pontos gatilho. Pode contemplar massagens locais, relaxantes musculares e analgésicos, exercícios de alongamentos, tonificação muscular, e por vezes, em situações mais graves, acupuntura, e infiltrações com medicamentos nos pontos gatilho. O tratamento deve ser instituído rapidamente.

    Este é um dos temas em discussão no 12º Convénio da ASTOR, que irá decorrer, em Lisboa, no dia 31 de janeiro de 2014. Para mais informações consulte: http://www.cast.pt/astor/

    Por: Beatriz Craveiro Lopes (*)

    (*) Anestesiologista, Associação para o Desenvolvimento da Terapia da Dor (ASTOR)

     

     

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