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    Arquivo: Edição de 27-09-2013

    SECÇÃO: Literatura


    O adeus de António Ramos Rosa

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    No passado dia 23 de setembro de 2013 o poeta António Ramos Rosa despediu-se de nós em Lisboa e pousou o seu olhar sobre o rosto da terra.

    Nasceu em Faro, a 17 de outubro de 1924, de seu nome António Victor Ramos Rosa, e foi também desenhador.

    É um autor tardio, com o seu primeiro livro, “O Grito Claro”, a surgir em 1958.

    No mesmo ano dá início à publicação da revista “Cadernos do Meio-Dia”, que em 1960 é encerrada por ordem da PIDE.

    Opositor do regime salazarista, participou no MUD Juvenil.

    Com uma obra plena de contraposições, em que se defrontam o silêncio e a palavra, o júbilo e o sofrimento, o sonho e a lucidez, António Ramos Rosa deu à luz dezenas de títulos:

    1958 - O Grito Claro

    1960 - Viagem Através duma Nebulosa

    1961 - Voz Inicial

    1961 - Sobre o Rosto da Terra

    1963 - Ocupação do Espaço

    1964 - Terrear

    1966 - Estou Vivo e Escrevo Sol

    1969 - A Construção do Corpo

    1970 - Nos Seus Olhos de Silêncio

    1972 - A Pedra Nua

    1974 - Não Posso Adiar o Coração (vol.I, da Obra Poética)

    1975 - Animal Olhar (vol.II, da Obra Poética)

    1975 - Respirar a Sombra (vol.III, da Obra Poética)

    1975 - Ciclo do Cavalo

    1977 - Boca Incompleta

    1977 - A Imagem

    1978 - As Marcas no Deserto

    1978 - A Nuvem Sobre a Página

    1979 - Figurações

    1979 - Círculo Aberto

    1980 - O Incêndio dos Aspectos

    1980 - Declives

    1980 - Le Domaine Enchanté

    1980 - Figura: Fragmentos

    1980 - As Marcas do Deserto

    1981 - O Centro na Distância

    1982 - O Incerto Exacto

    1983 - Quando o Inexorável

    1983 - Gravitações

    1984 - Dinâmica Subtil

    1985 - Ficção

    1985 - Mediadoras

    1986 - Volante Verde

    1986 - Vinte Poemas para Albano Martins

    1986 - Clareiras

    1987 - No Calcanhar do Vento

    1988 - O Livro da Ignorância

    1988 - O Deus Nu(lo)

    1989 - Três Lições Materiais

    1989 - Acordes

    1989 - Duas Águas, Um Rio (colaboração com Casimiro de Brito)

    1990 - O Não e o Sim

    1990 - Facilidade do Ar

    1990 - Estrias

    1991 - A Rosa Esquerda

    1991 - Oásis Branco

    1992 - Pólen- Silêncio

    1992 - As Armas Imprecisas

    1992 - Clamores

    1992 - Dezassete Poemas

    1993 - Lâmpadas Com Alguns Insectos

    1994 - O Teu Rosto

    1994 - O Navio da Matéria

    1995 - Três

    1996 - Delta

    1996 - Figuras Solares

    Foram-lhe atribuídos os seguintes galardões:

    - Prémio Fernando Pessoa, da Editora Ática (2º lugar ex-aequo), 1958 (Viagem através duma nebulosa);

    - Prémio Nacional de Poesia, da Secretaria de Estado de Informação e Turismo (recusado pelo autor), 1971 (Nos seus olhos de silêncio);

    - Prémio Literário da Casa da Imprensa (Prémio Literário), 1971 (A pedra nua)

    - Prémio da Fundação de Hautevilliers para o Diálogo de Culturas (Prémio de Tradução), 1976 (Algumas das Palavras: antologia de poesia de Paul Éluard);

    - Prémio PEN Clube Português de Poesia, 1980 (O incêndio dos aspectos);

    - Prémio Nicola de Poesia, 1986 (Volante verde);

    - Prémio Jacinto do Prado Coelho, do Centro Português da Associação Internacional de Críticos Literários, 1987 (Incisões oblíquas);

    - Prémio Pessoa, 1992;

    - Grande Prémio de Poesia APE/CTT, 1992 (Acordes);

    - Prémio da Bienal de Poesia de Liége, 1992;

    - Prémio Jean Malrieu para o melhor livro de poesia traduzido em França, 1992;

    - Prémio Municipal Eça de Queiroz, da Câmara Municipal de Lisboa (Prémio de Poesia), 1992 (As armas imprecisas);

    - Grande Prémio Sophia de Mello Breyner Andresen (Prémio de Poesia), São João da Madeira, 2005 (O poeta na rua. Antologia portátil).

    Por: AVE

     

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