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    Arquivo: Edição de 30-06-2013

    SECÇÃO: Destaque


    Foto MANUEL VALDREZ
    Foto MANUEL VALDREZ

    Delegação da CDU concelhia visita Centro Social de Ermesinde

    Uma delegação da CDU do concelho de Valongo visitou, na passada sexta-feira, dia 28 de junho, o Centro Social de Ermesinde. A delegação, chefiada pelo cabeça de lista da CDU à presidência da Câmara nas próximas Autárquicas, Adriano Ribeiro, incluía Adelino Soares, cabeça de lista à Assembleia de Freguesia de Ermesinde e César Ferreira, cabeça de lista à Assembleia de Freguesia de Valongo. A recebê-los esteve o presidente da IPSS, Henrique Rodrigues, acompanhado de Tavares Queijo e Ana Paula Fonseca.

    A delegação da CDU começando por agradecer a visita, fez a apresentação dos candidatos autárquicos presentes – Adriano Ribeiro, cabeça de lista da CDU à presidência da Câmara Municipal de Valongo nas próximas eleições autárquicas, César Ferreira, cabeça de lista à Assembleia de Freguesia de Valongo, e Adelino Soares, cabeça de lista à Assembleia de Freguesia de Ermesinde, que é simultaneamente membro da Direção do Centro Social de Ermesinde (CSE).

    Adriano Ribeiro apresentou também os objetivos da visita, conhecer melhor a importante instituição que é o Centro Social de Ermesinde, e fazer desta visita um contributo para a elaboração do próprio programa de candidatura da CDU.

    Sobre as expetativas reais da CDU, Henrique Rodrigues fez notar (numa espécie de aparte) que tudo poderia depender da correlação de forças na autarquia.

    Adriano Ribeiro fez depois um pequeno resumo do seu trabalho na Assembleia Municipal, dando como exemplo do muito que um só eleito pode fazer, com a sua intervenção na questão dos limites de freguesia intraconcelhios.

    De seguida foi Henrique Queirós Rodrigues quem começou a apresentação do CSE e do momento atual vivido por este. O líder da IPSS começou por afirmar que, na conjuntura atual, o CSE não se podia queixar. «Os apoios não têm crescido, mas o financiamento público também não tem baixado».

    O setor da economia social, precisou ainda, tem revelado até alguma expansão no emprego.

    Todavia, o desemprego reflete-se depois na diminuição da receita das famílias e no contributo para serviços sociais como os oferecidos à infância e juventude, em que os pais pagam contribuições aos seus próprios rendimentos.

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    No diálogo que se seguiu Adriano Ribeiro apontou como um dos objetivos da CDU ser porta-voz das instituições sem voz, o que não seria o caso do CSE, foi mutuamente apontado.

    O presidente da Direção da IPSS apontou depois aquilo que considerava serem algumas divergências com a CDU, como sejam a conceção sobre os mecanismos de proteção social, que não deveriam ser atribuição exclusiva do Estado, mas contar com os contributos da sociedade e suas instituições.

    Mas apontou também algumas convergências, como o propósito de transformar a vida das pessoas mais desfavorecidas, a defesa da estabilidade nas relações laborais, contra a precarização, a existência de um mínimo de condições na regulação do trabalho.

    O presidente do CSE aceita algumas objeções da CDU quanto ao modelo de proteção social vigente, que não asseguram a autonomia das famílias, mas apontou que as IPSSs, de qualquer modo, devem assegurar respostas de subsistência às famílias mais vulneráveis.

    Apontou também a paz social vivida nas IPSSs nos últimos 10 anos, com muito poucas lutas laborais, e clima de concertação com CGTP e UGT.

    Descendo depois ao plano concelhio e à especificidade do CSE, Henrique Rodrigues anunciou que o CSE tinha aderido ao Plano de Emergência Social, tinha sido alargada a capacidade do lar e o apoio alimentar às famílias, e em breve, concretizar-se-ia igualmente o apoio alimentar à comunidade escolar do concelho.

    O dirigente da IPSS fez também notar que com a recente reforma da administração local, as IPSSs tinham passado a ser, em muitos locais, as mais importantes instituições de proximidade.

    E anunciou igualmente a participação do CSE no presente Contrato Local de Desenvolvimento Social que contemplou o concelho de Valongo, em que será, juntamente com a ADICE, a instituição executora (o CSE para Ermesinde e Alfena, a ADICE para Valongo e Campo/Sobrado).

    Num programa que deverá estender-se até 2015, serão visados com particular acuidade as questões do emprego ou mesmo do autoemprego.

    Interveio então Adelino Soares, para amenizar o caráter dalgumas diferenças, reconhecendo a necessidade de respostas para as carências das pessoas. Defendendo o apoio alimentar escolar, avisou contudo contra a tentação de se voltar à “sopa dos pobres”. «Temos que dar um passo atrás e dois em frente!», precisou.

    E foi neste clima de diálogo que o encontro foi prosseguindo.

    Henrique Rodrigues lembrou que a perda da habitação era uma área da atribuição das IPSSs, mas onde ainda não tinha sido possível trabalhar. Lamentou também o desemprego e o aumento do IMI promovido pelo Estado.

    Adriano Ribeiro concordaria que alguém tem que prestar o serviço social, e que a visita da CDU ao CSE é o reconhecimento da importância deste.

    As duas entidades reviram--se na figura de Faria Sampaio, que foi dirigente do CSE e dirigente do PCP/eleito da CDU.

    Henrique Rodrigues referir--se-ia ainda à Associação Ermesinde Cidade Aberta, ligada ao CSE e à importância do serviço de Formação Profissional. Lamentou o fecho dos Centros Novas Oportunidades, substituídos por outros, de iniciativa pública, e apontou depois alguns dos traços das novas propostas de formação profissional, mostrando-se confiante em que isso poderia também fazer recuperar alguns postos de trabalho no próprio CSE.

    Traçou depois um quadro geral da instituição, e do seu número de trabalhadores.

    Revelou que só o setor social emprega cerca ce 250 mil trabalhadores no País, um número que ultrapassa hoje o dos trabalhadores do setor dos transportes!

    Inversão

    de papéis

    Adriano Ribeiro referiu então uma curiosa inversão de papéis entre eles e Henrique Rodrigues, pois há muitos anos, este tinha sido candidato à presidência da Câmara de Valongo e Adriano Ribeiro tinha-o recebido na qualidade de presidente da Direção de uma instituição local (no caso o Sporting de Campo).

    Bem humorado, Henrique Rodrigues respondeu de imediato: «Desejo-lhe mais sorte do que eu!», o que Tavares Queijo de certo modo corrigiu apontando que quem dera a Adriano Ribeiro os resultados de então de Henrique Rodrigues, que permitiriam àquele ser eleito vereador.

    Henrique Rodrigues também precisou que o CSE tinha uma garantia de eleitos nos seus corpos sociais.

    Com queixas à pouca frequência das reuniões da Junta de Freguesia de Ermesinde, Adelino Soares referiu-se depois à sua própria experiência enquanto membro da Direção do CSE,a qual lhe tinha permitido uma outra visão sobre estas questões.

    No final a delegação da CDU fez ainda uma pequena visita às instalações do CSE, tendo-lhe sido apresentados pelo presidente da Direção os problemas e desafios das várias valências da IPSS.

    A vista terminou com um elogio rasgado de Adriano Ribeiro ao CSE e, em particular, ao seu presidente e outros responsáveis - «gente que gosta e sabe do que faz». Armandino Emerêncio, também incluído na delegação da CDU, teve ainda ocasião de tirar as fotos finais do evento.

    Por: LC

     

     

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