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Edição de 31-03-2024
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    Arquivo: Edição de 11-06-2013

    SECÇÃO: Opinião


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    Conflitos de direitos/soluções

    O direito à greve é inquestionável e procura proteger quem trabalha da prepotência da entidade empregadora. Quanto a isso ninguém se oporá. Compreende-se, por isso, que os professores usem esta “arma” para obterem o que entendem ser seu direito. Ao lado, porém, perfila-se um outro direito, que é o dos estudantes verem os seus esforços serem avaliados nos termos e nos tempos previamente fixados. Confrontados com este quadro, como proceder? Procurando soluções que minimizem os danos e evitem consequências irreparáveis.

    Caminhando por aqui, encontraremos os alunos numa situação que, ou veem os seus direitos assegurados, prestando prova dos seus conhecimentos nas datas previamente estabelecidas, com o devido respeito pelo seu esforço e programação da sua vida escolar, ou tudo é atirado para o caixote do lixo, criando as mais díspares situações: alunos que, por estudarem em estabelecimentos privados não se sentem afetados pela greve dos professores e outros que, por não gozarem de igual “privilégio”, ficam à espera que os sindicalistas se decidam a respeitar as suas legítimas expetativas tornando possível que exames e publicação de resultados lhes permitam candidatar-se a outros graus de ensino ou a gozar merecidas férias.

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    Os beligerantes do “braço de ferro” entre Governo e sindicatos ainda têm alguns dias para mostrarem que são dotados de inteligência e capacidades estruturais para entenderam o que de importante está em jogo, o que é irrecuperável e o que poderá vir a ser obtido. E, neste enquadramento intelectual, mandará o bom senso que os professores puxem pelos seus galões de pessoas de formação superior, elevando-se do atoleiro em que o governo está apostado em mergulhar toda a vida social dos portugueses para, com um golpe de rins, assegurarem na hora “H” que todos os alunos prestem as suas provas.

    Com efeito, sendo os professores profissionais que veem o resultado do seu trabalho no futuro dos seus alunos e os discentes que têm os seus professores como faróis da sua vida, certamente que os primeiros orgulhar-se-ão sempre que um dos seus alunos tenha sucesso na sua carreira profissional ou vida social e os segundos orgulhar-se-ão todas as vezes que os seus professores sinalizam a sua elevada formação social, a sua grandeza de alma e não menor sentido de respeito pelos superiores interesses da sociedade que os acarinha.

    Confiemos, pois que o sentido de responsabilidade dos professores, não prive os alunos de fazerem os seus exames, mesmo que a sua presença seja precedida de declaração de que está com o movimento grevista, mas que a obrigação para com os seus alunos fala mais alto e que não faltarão datas para concretizar greves, sendo uma delas o período em que o próximo ano letivo tem de ser organizado. Façam nessa altura as greves todas, porque o “prejudicado” com elas é o destinatário da ação, sem danos colaterais.

    Por: A. Alvaro de Sousa

     

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