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    Arquivo: Edição de 11-06-2013

    SECÇÃO: Saúde


    Excesso de peso e obesidade duplicam em crianças entre os 12 e os 36 meses

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    A Escola Superior de Biotecnologia (ESB) da Católica Porto e a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto acabam de apresentar os resultados preliminares do projeto “EPACI Portugal 2012 – Estudo do Padrão Alimentar e de Crescimento na Infância”, referentes às crianças da região norte do país. As conclusões revelam que os valores do excesso de peso e obesidade das crianças entre os 12 aos 36 meses de idade duplicam relativamente ao observado aos seis meses de vida. Tal resultado pode ser explicado por vários fatores, tais como o facto do leite de vaca ser introduzido por volta dos 12 meses e os refrigerantes aos 18 meses. Das crianças que já experimentaram, em média, 21,2 por cento das crianças consumem refrigerantes – sem gás (18,5 por cento) e com gás (2,7 por cento) – numa base diária.

    O estudo mostra igualmente que, durante o segundo e terceiro anos de vida, 10,7 por cento come sobremesas doces diariamente. A este nível, refira-se que os doces começam a fazer parte da diversificação alimentar em média aos 13 meses. Os resultados apontam, também, para o facto de – entre os 12 e os 36 meses – 31,4 por cento nunca terem provado cereais de pequeno-almoço, apenas 56 por cento terem ingerido peixe diariamente e 12,2 por cento nunca terem comido vegetais no prato. De salientar que a idade média de início de consumo de carne e peixe se situa nos seis e oito meses, respetivamente.

    Segundo Carla Rêgo, coordenadora do projeto, “a obesidade é, atualmente, um dos problemas de saúde que mais afeta a população e cada vez mais cedo”. “A obesidade infantil é já encarada como um problema de saúde pública, estando associada a um aumento da probabilidade de desenvolver obesidade na idade adulta e levando a perturbações no sono, problemas ortopédicos, distúrbios gastrointestinais e, a longo prazo, doença cardiovascular e diabetes”, acrescenta a responsável.

    Estudo pioneiro a nível europeu

    O projeto – que analisou uma amostra constituída por mais de 2.000 crianças com idades compreendidas entre os 12 e os 36 meses de idade – revela, ainda, que 20 por cento das mães portuguesas na zona Norte introduz o leite de vaca demasiado cedo na alimentação das crianças, ou seja, antes dos 12 meses. O estudo foi desenvolvido em parceria pela Escola Superior de Biotecnologia da Católica Porto, pela Faculdade de Medicina (FMUP) e pelo Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, com o patrocínio da Milupa. Conta, igualmente, com o apoio da Direção Geral de Saúde e das diversas Administrações Gerais de Saúde.

    Trata-se de um projeto pioneiro, uma vez que não existem, quer em Portugal quer na Europa, dados relativos às áreas avaliadas, ou seja, ao perfil de crescimento e comportamento alimentar nas crianças até aos três anos de idade. Os resultados nacionais do “EPACI Portugal 2012 – Estudo do Padrão Alimentar e de Crescimento na Infância” são divulgados em setembro.

     

     

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