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    Arquivo: Edição de 17-05-2013

    SECÇÃO: Tecnologias


    NASA migra computadores do Windows para Linux (*)

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    A NASA, agência espacial norte-americana, decidiu migrar os sistemas dos computadores da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) do Windows para Linux. O objetivo, diz a agência, é «ter um sistema operativo confiável, com bom desempenho e de baixo custo».

    Segundo a Linux Foundation, a intenção da NASA em mudar o sistema das máquinas já não é nova. Mas só agora a migração foi colocada em prática.

    A NASA acredita que os funcionários precisam de um sistema estável e confiável que possa ser modificado conforme as necessidades. Além disso, considera difícil ter suporte técnico a quase 400 quilómetros da Terra, onde está a ISS.

    Os astronautas da ISS e funcionários da área de TI usarão computadores portáteis com Debian 6, codinome "Squeeze" desta distribuição livre do Linux.

    A NASA assinou uma parceria com a Linux Foundation para criar dois cursos e, assim, introduzir o Linux aos astronautas e ensinar como desenvolver aplicações para o sistema. Apesar de já estar confirmado o uso do Debian 6, as formações irão preparar os funcionários para várias distribuições, entre elas o Scientific Linux.

    Além dos equipamentos pessoais dos astronautas, o Linux será o sistema operativo do robot Robonaut (R2), projetado para assumir determinadas tarefas dos astronautas. A NASA acredita que a capacidade do Linux ajudará os desenvolvedores a garantir que o R2 possa ser produtivo na ISS.

    Sobre o Debian

    Debian é simultaneamente o nome de uma distribuição não comercial livre (gratuita e de código fonte aberto) de GNU/Linux (amplamente utilizada) e de um grupo de voluntários que o mantêm à volta do mundo. Uma vez que o Debian se baseia fortemente no projeto GNU, é usualmente chamado Debian GNU/Linux. O Debian é especialmente conhecido pelo seu sistema de gestão de pacotes, chamado APT, que permite atualizações relativamente fáceis a partir de versões realmente antigas; instalações quase sem esforço de novos pacotes e remoções limpas dos pacotes antigos. Atualmente o Debian Stable encontra-se na versão 7.0, codinome "Wheezy".

    O Debian Stable procura sempre manter os pacotes mais estáveis, assim, ele mantém o Gnome 2.30 e o KDE 4.4 por padrão. O fato de conter pacotes mais antigos, garantindo a estabilidade, é o grande foco para servidores.

    O projeto Debian é mantido por doações através da organização sem fins lucrativos Software in the Public Interest (SPI).

    Várias distribuições comerciais baseiam-se (ou basearam-se) no Debian, incluindo: Linspire (antigo Lindows), Xandros, Knoppix, Kurumin e Ubuntu.

    Está atualmente a decorrer trabalho para portar o Debian para outros núcleos livres para além do Linux, incluindo o Hurd e o BSD. Para já, no entanto, ainda é muito mais preciso descrever o Debian como uma "Distribuição Linux", sem mais qualificações.

    História

    O Debian foi lançado em 16 de agosto de 1993 por Ian Murdock, ao tempo estudante universitário, que escreveu o Manifesto Debian que apelava à criação de uma distribuição Linux a ser mantida de uma maneira aberta, segundo o espírito do Linux e do GNU. O nome Debian vem do nome de Ian Murdock e de sua ex-mulher, Debra. A palavra "Debian" é pronunciada em Português como Débian.

    O Projeto Debian cresceu vagarosamente e lançou as suas versões 0.9x em 1994 e 1995, quando o dpkg ganhou notoriedade. Os primeiros ports para outras arquiteturas iniciaram-se em 1995, e a primeira versão 1.x do Debian aconteceu em 1996.

    Bruce Perens substituiu Ian Murdock como líder do projeto. Ele iniciou a criação de vários documentos importantes (o contrato social e o free software guidelines) e a legítima umbrella organization (SPI), assim como liderou o projeto através dos lançamentos das versões da ELF/libc5 (1.1, 1.2, 1.3).

    Bruce Perens deixou o projeto em 1998 antes do lançamento da primeira versão Debian baseada em glibc, a 2.0. O Projeto continuou a eleger novos líderes e fez mais duas versões 2.x, cada qual incluindo mais ports e mais pacotes. APT foi lançada durante este tempo e o Debian GNU/Hurd também se iniciou.

    O ano de 1999 trouxe as primeiras distribuições GNU/Linux baseadas em Debian, Corel Linux e Stormix's Storm Linux, hoje descontinuadas mas que iniciaram o que é hoje uma notável tendência para distribuições baseadas em Debian.

    Perto do ano 2000, o projeto direcionou-se para o uso de repositórios de pacotes e à distribuição "testing", alcançando um marco maior no que se refere aos arquivos e ao gerenciamento de lançamentos. Em 2001, os desenvolvedores iniciaram as conferências anuais Debconf, com conversas, workshops e a receção aos utilizadores técnicos. A versão 3.0 de 2002 incluiu mais do que o dobro do número de pacotes da versão anterior e estava disponível para cinco novas arquiteturas.

    Versões do Debian

    O ciclo de desenvolvimento das versões do Debian passa por três fases: "Unstable" – instável, "Testing" – teste, e "Stable" – estável.

    Quando as versões estão na fase "testing" elas são identificadas por codinomes tirados dos personagens do filme “Toy Story”. Ao se tornarem "stable" as versões recebem um número de versão (ex: 5.0).

    Versões, codinomes e datas em que se tornaram "stable":

    7.0—Wheezy 4 de maio de 2013

    6.0—Squeeze 6 de fevereiro de 2011

    5.0—Lenny 15 de fevereiro de 2009

    4.0—Etch, 8 de abril de 2007

    3.1—Sarge, 6 de junho de 2005

    3.0—Woody, 19 de julho de 2002

    2.2—Potato, 15 de agosto 2000

    2.1—Slink, 9 de março de 1999

    2.0—Hamm, 24 de julho 1998

    1.3—Bo, 2 de junho de 1997

    1.2—Rex, 1996

    1.1—Buzz, 1996.

    A Versão "testing" atual é a "Jessie" (8.0).

    A versão "unstable" terá sempre o nome Sid (também um personagem do filme Toy Story).

    (*) Fontes: Vanessa Daraya, de INFO Online, e Wikipedia.

     

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