Fumadores têm maior propensão para a esquizofrenia
Uma investigação realizada por cientistas do Hospital Universitário de Psiquiatria de Zurique, na Suíça, concluiu que fumar pode ampliar o risco de desenvolvimento de esquizofrenia em pessoas saudáveis que possuam variantes genéticas para o transtorno mental. Os resultados, publicados na revista “Proceedings of the National Academy of Sciences” (PNAS) e apresentados pela Facilitas Healthcare, concluíram que, em pessoas com essas variantes, um marcador neurobiológico para a esquizofrenia se mostrou mais presente entre fumadores do que naqueles que não fumam.
Os investigadores analisaram a relação entre variantes do gene TCF4 (uma proteína com papel importante na formação cerebral), cuja presença é conhecida por aumentar o risco de desenvolver esquizofrenia, tal como o défice de processamento de informações associado ao transtorno. Dos 1 821 voluntários saudáveis, foram encontradas 21 mutações para o gene TCF4 e, quando os resultados foram ajustados de acordo com o hábito de fumar, os cientistas observaram que os fumadores tinham maiores défices no processamento de informações. Os défices foram expressivos tanto para os fumadores ocasionais como para os fumadores dependentes.
«As campanhas de sensibilização são tantas que, por vezes, o risco de doença e da morte parece já não incomodar os fumadores. Por isso, é cada vez mais importante consciencializá-los do que o futuro lhes pode reservar», explica Marta Andrade, terapeuta de Cessação Tabágica.
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