SECÇÃO: Saúde

Centro Hospitalar do Vale do Ave recebe certificação de excelência

A certificação das boas práticas na formação traduz-se no reconhecimento de que este Serviço tem os seus padrões de formação ao nível máximo da União Europeia, para formar e acompanhar internos desta especialidade ou ministrar formação continua a médicos especialistas. É assim um passo para a quebra das barreiras que ainda existem na formação médica europeia, para a livre circulação e formação de médicos noutros países e para a uniformização da prestação de cuidados médicos ao nível da Europa.

Esta certificação é o resultado do trabalho das equipas deste serviço de Gastrenterologia nos últimos anos, que têm procurado reunir todas as condições de exigência da UEMS, estabelecer práticas de atuação e normas de qualidade que cumpram todas os requisitos da União Europeia.

«As áreas clínica e endoscópica são particularmente fortes no Serviço de Gastrenterologia do Centro Hospitalar do Alto Ave, em Guimarães. A qualidade da formação é elevada e os médicos têm uma vasta experiência em doenças gastrointestinais e do fígado», refere Nurdan Tozun, responsável pelo Comité de Reconhecimento e Formação do EBGH/ UEMS.

O Centro Hospitalar do Alto Ave – Guimarães recebe assim uma certificação que, até á data era exclusiva, em Portugal, do Serviço de Gastrenterologia do Hospital de Santa Maria, em Lisboa. «Num momento em que o Serviço Nacional de Saúde está confrontado com uma situação de crise económica e com algumas más notícias decorrentes de um certo desânimo, esta certificação vem confirmar que a qualidade pode e deve ser perseguida porque as metas da excelência podem ser atingidas», refere José Cotter, Chefe do Serviço de Gastrenterologia agora certificado.

A UEMS estabelece padrões para a prática de cuidados de saúde de alta qualidade que são transmitidos para as autoridades e instituições da União Europeia e para as Associações Médicas de cada país europeu afiliado, estimulando e encorajando-os a implementar as suas recomendações.

A UEMS representa mais de 1,6 milhões de especialistas médicos em todas as especialidades diferentes. Tem fortes ligações e relações com instituições europeias (Comissão e Parlamento) e com Organizações médicas independentes, no espaço europeu.

A União Europeia não tem poder para unificar a formação e o treino médico, mas os profissionais da medicina podem atuar de forma concertada como um corpo europeu para harmonizar as diferenças e assegurar padrões de ensino por toda a União Europeia.