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    Arquivo: Edição de 25-09-2012

    SECÇÃO: Saúde


    DIA INTERNACIONAL DO IDOSO CELEBRA-SE A 1 DE OUTUBRO

    Cardiologistas recomendam procedimento cardíaco para aumentar esperança de vida de idosos com estenose aórtica

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    Melhor qualidade de vida, menos complicações e maior esperança média de vida são alguns dos benefícios do implante percutâneo da válvula aórtica, uma técnica cardíaca revolucionária, mas que coloca Portugal na cauda da Europa. A Sociedade Europeia de Cardiologia emitiu recentemente recomendações para o uso desta técnica em doentes de elevado risco cirúrgico, mas sabe-se que, em média, são realizados por ano 450 procedimentos nos países europeus e em Portugal apenas 70. O alerta surge do Grupo VAP da Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC), no âmbito do Dia Internacional do Idoso, que se celebra a 1 de outubro.

    «A estenose aórtica é uma das doenças cardíacas mais comuns nos idosos e uma das patologias mais subvalorizadas e subdiagnosticadas junto da população com mais de 75 anos. Através do implante percutâneo da válvula aórtica é possível tratar os doentes com estenose aórtica, uma doença que afeta um em cada 15 portugueses com mais de 80 anos, e assim ajudá-los a manter a sua qualidade de vida por mais tempo», explica Rui Campante Teles, cardiologista de intervenção e coordenador do Grupo VAP da Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC).

    E acrescenta: «Esta técnica avançada é uma alternativa que cresce exponencialmente em todo o mundo. Portugal está na cauda da Europa com apenas 1/8 dos casos da União Europeia mas, dado que a experiência americana sugeriu que esta opção terapêutica é mais barata do que a cirurgia convencional em muitos casos, espera-se que este número cresça nos próximos anos. O tratamento percutâneo é uma das mais importantes inovações da cardiologia, uma vez que não sendo necessária a abertura da caixa torácica os doentes recuperam de forma célere a sua autonomia e qualidade de vida».

    Em Portugal, esta técnica está disponível no Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia, no Hospital de Santa Cruz e no Hospital de Santa Marta.

    A estenose aórtica é uma das doenças cardíacas mais comuns na terceira idade e uma das patologias mais subvalorizadas e subdiagnosticadas junto da população com mais de 75 anos. «Este subdiagnóstico está muitas vezes relacionado com o facto dos sintomas da estenose aórtica (fadiga, dificuldade em respirar e desmaios) serem confundidos com sinais naturais do avançar da idade», explica o especialista.

    SOBRE A ESTENOSE AÓRTICA GRAVE

    A estenose aórtica é uma doença que se caracteriza pelo aperto da válvula aórtica, cuja função é evitar que o sangue bombeado pelo coração volte para trás. Quando existe este estrangulamento o sangue passa com dificuldade, provocando cansaço, dor no peito e desmaios. As melhorias produzidas pelos medicamentos são limitadas e não evitam as complicações mais graves provocadas pela exaustão cardíaca que, após os primeiros sintomas e nos apertos de alto grau, conduz à morte de metade dos doentes no primeiro ano.

    Em todo o Mundo, mais de 300 mil pessoas sofrem de estenose aórtica grave e, em Portugal, estima-se que esta patologia possa afetar cerca de 20 000 pessoas.

    SOBRE O IMPLANTE PERCUTÂNEO DA VÁLVULA AÓRTICA (TAVI)

    A TAVI permite a substituição não-cirúrgica da válvula aórtica em doentes com um risco muito elevado para a cirurgia de coração aberto. A Sociedade Europeia de Cardiologia emitiu recentemente recomendações para o uso desta técnica em doentes inoperáveis e de elevado risco cirúrgico mas sabe-se que, em média, são realizados por ano 450 procedimentos nos países europeus e em Portugal apenas 70.

     

     

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