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    Arquivo: Edição de 25-09-2012

    SECÇÃO: Saúde


    DIA MUNDIAL DA COLUNA CELEBRA-SE A 16 DE OUTUBRO

    Mitos sobre cirurgia da coluna continuam a assustar portugueses

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    São muitos os portugueses que continuam a acreditar nos mitos associados à cirurgia da coluna, o que acaba por afastá-los do tratamento adequado para algumas doenças da coluna vertebral. O alerta é dado pela campanha Olhe pelas Suas Costas, uma iniciativa da Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral, no âmbito do Dia Mundial da Coluna que se celebra a 16 de outubro.

    De acordo com o neurocirurgião e coordenador da campanha, Paulo Pereira, muitas pessoas recusam ser operadas à coluna porque continuam a existir mitos associados a estas cirurgias. «Um dos medos mais frequentes dos doentes a quem é proposta uma cirurgia à coluna vertebral é o de ficarem “numa cadeira de rodas”. Apesar de todas as cirurgias terem um risco associado, com a evolução das tecnologias e com a experiência e conhecimento dos especialistas nesta área, a probabilidade de complicações graves é hoje muito reduzida na maior parte dos procedimentos cirúrgicos na coluna vertebral, pelo que não há razão para os portugueses se assustarem com as cirurgias à coluna».

    Outro mito está relacionado com as dores e o período de recuperação após a cirurgia. «Hoje grande parte das cirurgias à coluna pode ser feita através de técnicas microcirúrgicas e minimamente invasivas, que representam uma menor agressão aos tecidos do corpo, cicatrizes mais pequenas – muitas vezes de poucos centímetros e impercetíveis –, menor risco de complicações, uma recuperação mais rápida e regresso mais precoce às atividades do dia a dia e ao trabalho», explica o neurocirurgião.

    Por fim, realizar uma cirurgia à coluna não significa uma limitação permanente da qualidade de vida na grande maioria dos casos. «Este é mais um preconceito criado. Após o procedimento cirúrgico, o médico habitualmente aconselha o doente a mudanças nos estilos de vida, de forma a proteger a coluna e a mantê-la mais saudável, mas a maioria dos doentes operados retoma as suas atividades profissionais e sociais algum tempo após a cirurgia», revela o neurocirurgião.

    Em Portugal, os procedimentos mais frequentes são cirurgias a hérnias discais, estenose (aperto) do canal vertebral e traumatismos.

    Sobre as dores nas costas

    As dores nas costas são a segunda causa mais frequente das visitas ao médico. As doenças que afetam a coluna representam mais de 50 por cento das causas de incapacidade física. Estima-se que sete em cada dez portugueses sofrem ou já sofreram de dores nas costas.

    Um estudo, realizado no âmbito desta campanha, indica que 28,4 por cento dos portugueses sentem que a sua atividade profissional já foi prejudicada ou comprometida de alguma forma pelo facto de terem dores nas costas.

    A coluna vertebral é composta por trinta e três pequenos ossos ou vértebras que sustentam o corpo, permitindo o movimento e protegendo a medula. Entre cada duas vértebras típicas existe um disco intervertebral, que ajuda a absorver as pressões e impede o atrito entre as vértebras. Para além de servirem de amortecedores, estes discos garantem a flexibilidade da coluna vertebral.

    SOBRE A CAMPANHA OLHE PELAS SUAS COSTAS

    A campanha Olhe pelas Suas Costas é uma iniciativa da Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral, em parceria com a Associação Portuguesa de Médicos de Clínica Geral, Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação, Sociedade Portuguesa de Neurocirurgia e Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia.

     

     

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