Arquivo: Edição de 07-09-2012
SECÇÃO:
Desporto
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U.D.R. Formiga ainda à beira do precipício
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Já lá vão quatro meses, quatro penosos meses, desde que a União Desportiva e Recreativa da Formiga caiu num vazio diretivo após a saída do anterior presidente da Direção, Nuno Ferreira. Na tentativa de encontrar um sucessor para o jovem dirigente cujo trabalho ao longo dos últimos cinco anos tão bons frutos deu, fizeram-se assembleias gerais, lançaram-se apelos de ajuda para evitar que o clube fechasse as portas, mas tudo em vão, e a realidade aponta para um Formiga cada vez mais próximo do precipício. Desportivamente a época que se encontra à porta está definitivamente falhada. Quem o diz é Vítor Ferreira, um dos poucos elementos que teima em não abandonar um barco que se afunda lentamente, sustentando esta visão com o facto de o emblema ermesindense nem sequer ter sido inscrito no Campeonato Distrital da 2ª Divisão da Associação de Futebol do Porto, prova em que, recorde-se, se estreou na temporada passada e onde tão boa conta deu de si. Esquecida a vertente desportiva o Formiga olha agora única e exclusivamente para a sua sobrevivência, continuando a lutar com as parcas armas de que dispõe, pese embora as forças serem cada vez menos, conforme faz transparecer o próprio Vítor Ferreira. «Sinceramente não sei o que vai acontecer. Continuamos à espera que apareçam pessoas dispostas a ajudar o clube, que nos ajudem a formar uma Direção, porque os poucos elementos que ainda cá estão não conseguem só por eles dirigir o clube. Por enquanto as portas ainda estão abertas. Temos evitado entregar as chaves do clube e decretar assim o seu final, mas não sei por mais quanto tempo iremos conseguir fazê-lo se a situação se mantiver como está. Vamos esperar mais um tempo e ver o que acontece», vai dizendo Vítor Ferreira.
“A Voz de Ermesinde” continuará atenta à dramática situação da popular coletividade local.
Por:
MB
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