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    Arquivo: Edição de 17-07-2012

    SECÇÃO: Arte Nona


    “Os 85 anos de José Vilhena” – conferência no Museu da República e Resistência

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    Decorreu no passado dia 7 de julho na Biblioteca-Museus da República e Resistência, em Lisboa, uma conferência de Alexandre Rodrigues subordinada ao tema “Os 85 anos de José Vilhena – Grande caricaturista e Cartoonista das últimas cinco décadas”.

    A exposição sobre a obra de José Vilhena «comporta praticamente 50 anos de atividade editorial, essencialmente livros e revistas, e alguns relatórios de leitura da censura, que, regra geral, são no mínimo hilariantes", conforme texto de Alexandre Rodrigues, responsável pela iniciativa.

    O conferencias, estudioso da obra de Vilhena é também autor do seguinte:

    APONTAMENTO BIOGRÁFICO

    Editor, escritor, cartoonista, humorista, ilustrador e pintor português, JOSÉ Alfredo VILHENA Rodrigues nasce em Figueira de Castelo Rodrigo a 7 de julho de 1927.

    Filho de uma professora primária e de um "pequeno terratenente", passa a sua infância em Freixedas, concelho de Pinhel com as suas irmãs. Aos dez anos vai estudar para Lisboa até ao terceiro ano do liceu e depois para o Porto onde conclui o ensino liceal.

    Interessado desde muito cedo pelo desenho e pintura, ingressa na Escola de Belas Artes do Porto escolhendo arquitetura em vez de pintura por aquela ser "uma profissão". Contudo, começa a desenhar para jornais e não chega a concluir o curso.

    Após o serviço militar, no início dos anos 1950, regressa a Lisboa e fixa-se em frente aos armazéns Grandela, na rua do Carmo e começa a publicar desenhos nos jornais “Diário de Lisboa” e “Diário Popular”, e mais tarde nas revistas “Cara Alegre” e “O Mundo Ri”.

    Em simultâneo, publica livros. No início são essencialmente compilações, antologias e traduções mas, progressivamente, a produção original ganha força, especialmente após o fim de “O Mundo Ri”, em 1966. É a partir daqui que solidifica a sua máquina de distribuição e cimenta a marca "Vilhena". A produção entra em velocidade de cruzeiro (praticamente um livro por mês), chegando a publicar catorze livros num único ano (1972).

    Os textos e ilustrações que publica, alguns deles usando a censura como tema de paródia, provocam-lhe problemas com a polícia e com a PIDE, que lhe apreende sistematicamente as suas obras e lhe proporciona algumas estadias na prisão (nomeadamente em 1964 e 1966).

    Os problemas com a censura e a PIDE tornam-no muito popular entre os leitores, chegando a fazer tiragens de 40 a 50 mil exemplares de alguns dos seus livros. Segundo o relatório da Comissão do Livro Negro sobre o Regime Fascista, José Vilhena é o autor com mais obras proibidas (24 livros, 6 fascículos da sua grande enciclopédia e 4 traduções).

    Em 20 anos, de 1954 até ao 25 de abril de 1974 Vilhena redige, publica e distribui mais de 50 livros originais e mais uma vintena de traduções e compilações.

    A sua máquina está tão bem oleada que apenas vinte dias depois do 25 de Abril, Vilhena lança a “Gaiola Aberta”, uma revista quinzenal com um grande impacto social e enorme sucesso de vendas, chegando a fazer tiragens de 150 mil exemplares durante o PREC.

    Entre 1983 e 1987, suspende a atividade editorial e dedica-se em exclusivo ao negócio da restauração e diversão noturna.

    Em julho de 1987, após ter acabado com os negócios de restauração, volta à carga com o jornal mensal “O Fala Barato”, mas regressa rapidamente ao formato revista que ele bem conhece.

    Inspirando-se na revista de Bordalo Pinheiro “O António Maria”, batizado com o nome do Presidente da República, Vilhena acaba com o “Fala Barato” e lança, em outubro de 1994, “O Cavaco”, em alusão ao primeiro-ministro.

    Cavaco Silva acaba o seu mandato e Vilhena lança “O Marginal” mas, devido à fraca adesão do público, retira rapidamente este título substituindo-o por “O Moralista”.

    Em 1996 a Câmara [Municipal] de Lisboa patrocina uma exposição da sua pintura no palácio Galveias.

    Em janeiro de 2003, a Galeria Barata promove uma exposição com mais de 100 obras de pintura e ilustração. Em maio, Vilhena lança a “Gaiola Aberta”, 2ª série, que manterá até meados de 2006.

    Fonte: http://divulgandobd.blogspot.pt/

     

     

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