Subscrever RSS Subscrever RSS
Edição de 31-03-2024
  • Edição Actual
  • Jornal Online

    Arquivo: Edição de 08-03-2012

    SECÇÃO: Saúde


    É necessário incentivar a doação de rins

    «Portugal ocupa um lugar de destaque na colheita de órgãos e na transplantação renal, no panorama internacional, desde há vários anos. No entanto, nos anos de 2010 e 2011 observou-se uma diminuição no número de dadores cadáveres quando comparado com o ano de 2009 (301 em 2011, 323 em 2010 e 329 em 2009), apesar de tudo uma taxa claramente superior ao conjunto da União Europeia (30,4 em 2010 e 28,5 em 2011 em Portugal, para 16 na União Europeia em 2010 – dados por milhão de habitante)», comentou Fernando Macário, médico nefrologista e presidente da Sociedade Portuguesa de Transplantes.

    E acrescentou «Essa diminuição global de 6,8% na colheita de cadáver de 2010 para 2011 tem ainda grandes diferenças regionais que devem ser cuidadosamente analisadas. Também se observou um decréscimo no número de dadores vivos (-7,8%). Naturalmente que a diminuição da colheita conduziu a um decréscimo no número de transplantes renais realizados no ano passado». Na totalidade, e apesar de se terem realizado em Portugal 50,2% transplantes por milhão de habitante, em 2011 registou-se um aumento de 2% no número de doentes em lista de espera.

    À margem das comemorações do Dia Mundial do Rim, Fernando Macário sublinhou: «O esclarecimento de todo o procedimento de doação dos rins permite que cada vez mais pessoas se sintam à vontade para se tornarem potenciais dadores. É fundamental incentivar mais a doação renal em vida através de campanhas de sensibilização que envolvam toda a sociedade civil e os organismos responsáveis da tutela. O transplante renal é um investimento claro em vida e em qualidade de vida».

    Por sua vez, de acordo com Fernando Nolasco, presidente da Sociedade Portuguesa de Nefrologia, «a transplantação tem uma melhor capacidade de substituição da perda da função do rim do que a hemodiálise. Dá uma autonomia diferente mas tem outras exigências, como as terapêuticas de manutenção», e acrescentou que «a taxa de sucesso do transplante renal é superior a 90 por cento no primeiro ano. As estimativas apontam para que 50 por cento dos transplantes de rim funcionem mais de 11 a 12 anos. E há doentes com 20 anos de transplante que fazem a sua vida normal, o que é francamente bom».

    O tema da campanha de 2012, “Doar – Rins para a Vida – Receber”, visa precisamente destacar os resultados positivos do transplante renal e o facto de a doação salvar vidas.

    Para alertar para a saúde dos rins, a Sociedade Portuguesa de Nefrologia vai promover diversas sessões de esclarecimento pelo país, que pretendem sensibilizar a população para a prevenção, diagnóstico e tratamento da doença renal, que se estima que afete cerca de 800 mil pessoas em Portugal.

     

     

    este espaço pode ser seu Este espaço pode ser seu Este espaço pode ser seu
    © 2005 A Voz de Ermesinde - Produzido por ardina.com, um produto da Dom Digital.
    Comentários sobre o site: [email protected].