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Edição de 31-03-2024
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    Arquivo: Edição de 10-12-2011

    SECÇÃO: Local


    Cartas ao Diretor

    Pobres e pouco agradecidos

    O que é comum a todas as cidades, e não só, para mais nos tempos decorrentes, é encontrarmos pessoas que, pelas agruras da vida, aparecem a mendigar em cada esquina, em cada rua, e lá vão caindo as moedinhas, mais ou menos valiosas, para quem dá ou para quem recebe. Certamente, tal como eu, já muita gente se apercebeu que nem sempre quem pede se torna bem agradecido. Há quem, em vez de valor monetário, ofereça uma sandes, um bolo, um pão, até um prato de sopa; resultado? É ser liminarmente recusado, o pessoal quer dinheirinho vivo e se for inferior à moedinha de euro, o benfeitor ainda se arrisca a ouvir umas palavrinhas do mal agradecido. Certamente que são exceções, mas que as há, há, como as bruxas. Mas pior do que estas são os factos que se passaram à porta de um super cá do burgo, com uma pedinte habitué, de Leste, das que são por cá colocadas por encomenda; não das que vêm para cá trabalhar honradamente. Alguém se compadeceu e lhe ofereceu produtos acabadinhos de comprar, não só aceitou de mau modo, como de imediato deitou fora. Num outro caso (uma questão de moedas), certo dia uma simpática senhora que era normal dar-lhe a moedinha de euro, porque na carteira apenas tinha uma moeda de 50 cêntimos e outra de um euro, e como as pedintes eram duas, deu a moeda de euro a uma e a de 50 cêntimos à personagem atrás referida e logo arranjou um imbróglio, pois esta exigia também um euro. Resultado: a senhora apanhou uns insultozitos e um pequeno encontrão num ombro. Pelo menos não são pobres a pedir. Bem, mas neste caso, mesmo com maus modos ainda pedem e se sacrificam. Ao contrário dos que não pedem, vão-nos diretos aos bolsos, com sorrisos de manhosos e carinhas de anjo, levando a água ao moinho e dividindo os Portugueses.

    Resumindo, por estas pessoas mal agradecidas, por vezes paga o justo pelo pecador e é o necessitado humilde e honesto, que vê escapar a moedinha promissora por entre os dedos.

    Por: João Dias Carrilho

     

     

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