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    Arquivo: Edição de 10-12-2011

    SECÇÃO: Música


    Entrevista a...

    Pianista Constantin Sadu

    Foto ARQUIVO
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    Começou os seus estudos em piano com Sonia Ratescu, Constantin Nitu e Constantin Ionescu-Vovu no Conservatório Superior de Musica “C. Porumbescu” de Bucareste. Estudou posteriormente com Sequeira Costa, Tânia Achot, Dimitri Bashkirov e Helena Sá e Costa.

    É detentor de vários prémios internacionais, por exemplo: Paloma O’Shea Santander - Espanha, Epinal – França e Maria Canals Barcelona – Espanha. Tocou em festivais como Enescu – Bucareste, Chopin – Paris, Internacional de Santander, Festival de Primavera - Sevilha, Ciudad de Ayamonte, Figueira da Foz, Guimarães, Espinho.

    O seu início com orquestra foi aos 14 anos com o concerto número 1 de Felix Mendelssohn. Foi solista convidado de diversas orquestras: Filarmónica George Enescu – Bucareste e Transilvania – Cluj, Orquestra Sinfónica da Radiodifusão Romena; Arthur Rubinstein – Lodz, Filarmónica de Halle, Bodensee-Symphonie-Orchester – Konstanz, Orquestra Sinfónica da Radiotelevisão de Kiev, Filarmónica Nacional da Moldavia, Orquestra Nacional do Porto.

    Foi membro de júri dos Concursos Vianna da Motta - Lisboa 2001, Cidade do Porto 1996, 1998, 2003 e 2010, Pinerollo - Cittá della cavalleria 1994 e 1996, Helena Sá e Costa - Aveiro 2004, Florinda Santos - São João de Madeira 2004, Ciudad de Toledo 2007 e Propiano – Bucareste 2008, 2009 e 2010.

    Ministrou variadíssimos cursos de aperfeiçoamento, com grande sucesso junto dos estudantes de piano (Curso do Conservatório Nacional de Música de Lisboa e Curso Internacional de Aperfeiçoamento Instrumental de ARTAVE/Centro de Cultura Musical são alguns exemplos).

    No âmbito da Porto 2001 – Capital Europeia da Cultura, interpretou o Concerto nº 2 de Rachmaninov com a Orquestra Nacional do Porto, participando na realização da integral dos Concertos deste compositor, juntamente com Vladimir Viardo, Sequeira Costa e Artur Pizarro.

    Desde 2006 é doutorado pela Universidade Nacional de Música de Bucareste, com a tese “A Música Portuguesa para Piano”. Leciona piano na Escola Superior de Música, das Artes e do Espectáculo do Porto.

    “A Voz de Ermesinde” - Qual o significado de tocar nesta sala do Coliseu do Porto?

    Pianista Constantin Sandu - É sempre um grande prazer e uma responsabilidade acrescida tocar numa sala de prestígio, tal como é o Coliseu do Porto.

    AVE - Que relação tem com esta sala mítica, já alguma vez tinha aqui tocado?

    CS - Já tinha tocado em 2006, num Concerto Promenade.

    AVE - O que sentiu por tocar nesta data festiva, de homenagem?

    CS - Senti-me honrado em participar activamente nesta festa e na homenagem a uma grande pianista, que foi a Sra. D. Helena Sá e Costa.

    AVE - Já alguma vez tinha tocado estas peças com o maestro Luís Machado?

    CS - O Concerto de Mendelssohn, não. Tocamos o Konzertstuck de Weber.

    AVE - Houve alguma preparação extra ou diferente para esta data?

    CS - Foi um trabalho intenso, que me absorveu por completo, pois somente duas semanas antes tinha regressado de uma tournée bastante longa, em que tinha tocado outro repertório.

    AVE - Como foi criada a convivência com a homenageada, a Pianista Helena Sá e Costa e sua restante família?

    CS - Desde a minha chegada ao Porto, em 1992, tive a honra de partilhar momentos inesquecíveis junto da Sra. D. Helena e, obviamente, com a sua família.

    AVE - Que aspectos dessa vida em conjunto enquanto aluno e mestre se lembra melhor quando lhe falam em Helena Sá e Costa?

    CS - Durante 15 anos, muitas vezes fui pedir-lhe a opinião sobre o meu trabalho; assim, aprendi muita coisa, analisando e partilhando pensamentos sobre o repertório que lhe apresentava.

    AVE - Em que medida a visão da música que ela defendia criou escola em Portugal, tanto no Porto como em Lisboa?

    CS - A Sra. D. Helena tinha um saber e uma experiência fora do comum e, também, tinha o dom de transmitir, de partilhar esses atributos; tendo tido inúmeros alunos portugueses e estrangeiros, a escola criou-se naturalmente.

    AVE - Que qualidades e defeitos ela apresentava nas suas interpretações?

    CS - Era de tal maneira delicada, que salientava sempre as qualidades e nunca me apontava defeitos, somente fazia sugestões que me punham a pensar.

    AVE - Reconhece hoje em dia alguém ou escola que em alguma medida preserve e estimula essa escola ou isso é um mito?

    CS - Obviamente que os seus melhores discípulos preservam e transmitem aos mais novos as características fundamentais desta escola.

    A nível de instituições, julgo que a ESMAE é a escola mais chegada à Sra. D. Helena, pois ela participou ativamente na criação desta escola e, neste momento, vários professores foram seus alunos.

    AVE - Que ensinamentos lhe deixou vincados no carácter que possamos "ouvir" quando toca e que tente passar para os seus alunos do presente?

    CS - O respeito pelos compositores e as suas obras.

     

     

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