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Edição de 30-04-2024
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    Arquivo: Edição de 30-11-2011

    SECÇÃO: Saúde


    Conclusões do V Fórum Nacional da Diabetes

    Para prevenir a diabetes é preciso atuar em várias frentes. Tabaco, alimentação, atividade física e álcool foram alguns dos temas discutidos no V Fórum Nacional da Diabetes. A conclusão dos especialistas que falaram para mais de duas mil pessoas, em Santarém, é unânime: é preciso agir na prevenção, para poupar e melhorar a qualidade de vida das pessoas. A eurodeputada Marisa Matias, presente no V Fórum Nacional da Diabetes, mostra empenho na conquista de um compromisso político forte da Comissão e dos países Membros da União Europeia que reflita a gravidade da epidemia mundial das Doenças Não Transmissíveis.

    «Há soluções para prevenir e tratar as doenças não transmissíveis. Os líderes mundiais têm de ter coragem para investir na saúde. Pouparemos dinheiro com a prevenção e proporcionaremos melhor qualidade de vida» referiu José Manuel Boavida, coordenador do Programa Nacional de Diabetes na abertura do V Fórum Nacional da Diabetes.

    «A Organização Mundial de Saúde (OMS) tem procurado colocar uma nova orientação nas políticas de saúde. As principais causas de morte são as doenças relacionadas com a diabetes, o cancro e as doenças cardiorespiratórias e não já as infeto-contagiosas. E estas podem ser prevenidas e evitadas. Por isso, a OMS tem um plano para integrar a prevenção das doenças crónicas até 2013, reforçado agora pela Cimeira das Nações Unidas: aumentar as medidas antitabágicas, criar ambientes mais saudáveis no trabalho, orientar as escolhas das pessoas para uma vida mais saudável, tomar medidas que vão no sentido da redução do açúcar, do sal, das gorduras saturadas na alimentação, controlar o fabrico dos alimentos industriais» sublinhou José Manuel Boavida.

    PRESENÇA

    DE MARISA MATIAS

    Para a eurodeputada Marisa Matias, do Grupo de Discussão sobre Diabetes do Parlamento Europeu, «não é possível adiar mais o combate à Diabetes. É fundamental que os países Membros da União Europeia estabeleçam medidas concretas que devem ser implementadas o mais rapidamente possível. Há que travar a epidemia, reforçando a prevenção sem esquecer o acesso ao tratamento. A prevalência das doenças não transmissíveis é muito significativa nos países da União Europeia e representam custos muito elevados em termos económicos, sociais e humanos, tanto para as famílias como para os países».

    Marisa Matias apelou «a um compromisso político forte da Comissão e dos países Membros da União Europeia que reflita a importância e a gravidade da epidemia mundial das Doenças Não Transmissíveis».

    Assim, num único espaço, além destas personalidades reuniram-se pessoas com diabetes, familiares, associações de doentes, sociedades científicas, médicos especialistas, nutricionistas, enfermeiros e outros profissionais de saúde para falar sobre educação terapêutica e a prevenção na luta contra a diabetes.

    «Destaco a grande participação das pessoas nas discussões e nos debates, a discussão da importância das associações de doentes na educação, na mobilização e na defesa dos direitos dos doentes e também o chamar à responsabilidade quer no auto-controlo quer na divulgação do que é a diabetes e de como a prevenir. Além disso, duas mil pessoas de todo o país, cerca de 20 associações de diabéticos, 40 autocarros são uma pequena imagem da capacidade de mobilização do mundo da diabetes», referiu José Manuel Boavida.

    PORQUE É QUE

    ENGORDAMOS?

    «Engordamos porque comemos mais do aquilo que gastamos», respondeu o professor João Filipe Raposo, diretor clínico da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP), no simpósio sobre Nutrição. E apontou algumas das causas: beber álcool em excesso, comer fora de casa frequentemente, comer para conforto, comer porções maiores do que o necessário, diminuição da atividade física, outras doenças, medicamentos.

    Para a nutricionista Cristina Arteiro, «somos o que somos também porque escolhemos determinados alimentos. Podemos ser mais saudáveis se fizermos uma escolha mais saudável da alimentação o que é possível tendo muita atenção à roda dos alimentos: se percorrermos os setores da roda e analisarmos as substâncias/nutrientes que contêm os alimentos, percebemos as porções que devemos ingerir para sermos saudáveis, tendo em conta cada setor da mesma», alertou.

     

     

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