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Edição de 30-04-2024
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    Arquivo: Edição de 30-11-2011

    SECÇÃO: Crónicas


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    Quando nos vamos dar ao trabalho de pensar?

    «…Acho que, na sociedade atual nos falta Filosofia, falta-nos reflexão, pensar, precisamos do trabalho de pensar e, parece-me que sem ideias não vamos a parte nenhuma…» (José Saramago)

    Esta citação de Saramago, usta citação, que poderia ser escrita por qualquer outro autor de quem gostássemos mais, é cada vez mais pertinente porque, uma sociedade que caminha vertiginosamente para lugar nenhum, onde predomina a ganância, o lucro rápido, a prepotência, e que nos está a transformar a todos, servos e senhores, nos escravos do século XXI, não está a pôr ninguém a pensar e a refletir.

    Seria bem mais fácil se nos sentássemos todos a uma mesa discutindo frontalmente os problemas para os quais precisamos de encontrar soluções.

    Numa empresa ou unidade de negócio, de grande ou pequena dimensão, numa instituição ou onde quer que seja que tenhamos gente para orientar, o topo da linha de comando tem um papel de importância máxima e não pode, de forma nenhuma, dissociar-se do seu papel de orientador.

    Numa orientação inteligente, sensata e rigorosa os efeitos serão efetivamente corridos como uma “cascata” e aqui o benefício será para o Grupo.

    Um desafio bem mais aliciante do que estar de “dentes afiados” à espera que saia uma lei pela qual vai ser mais barato despedir é trabalhar a pessoa e a sua motivação. O entra/sai de um colaborador não o fideliza e eu vou sempre achar que não colocando empenho na tarefa que se está a realizar leva a um custo substancialmente penalizador para uma empresa e que não é facilmente mensurável.

    Sobre um evento para que fui convidada escrevi o seguinte apontamento:

    «Num país que se torna cada vez mais cinzento, com uma perspetiva a curto e médio prazo nada promissora, temos dois jovens que acreditam na amizade que os une, na paixão que se lhes espelha no rosto, num trabalho que lhes exige dedicação e esforço e apresentam obra feita.

    Mostram que uma licenciatura não é uma arma de arremesso, pelo contrário, é uma ferramenta de trabalho para se construírem como pessoas e profissionais, colocando ao serviço dos outros os três saberes que nunca estão completos:

    saber ser,

    saber fazer e

    saber saber.

    Eu, pessoalmente gosto de gente que não espera sentado por soluções que quase sempre estão na nossa mão, não estão à sombra de partidos políticos para arranjar “tachos” que só são temporários, tendo em conta que o poder político é cíclico; daí que o rodar de cadeiras pode ser sol de pouca dura, gente que não se dissociando das suas crenças políticas tem a sábia postura de se colocar numa atitude de “gente sem cor”.

    Esta atitude contraria a de gente também jovem, que ao liderar os seus negócios, independentemente da sua dimensão, olha o seu colaborador como o peão do seu tabuleiro de xadrez e que joga a seu belo prazer. Como são muitas pessoas a fazê-lo e aqui, como uns ensinam os outros, quase se torna num jogo online, com informações cruzadas de quem é o gestor de negócio que tem o colaborador mais “apertado” nas regras do seu jogo, ao ponto de quase o por em atitudes de implorar por um salário que deveria ser o pagamento justo por parte de quem recebe como permuta de um trabalho, entregue sabe Deus com que esforço e a que preço.

    São tudo pessoas do mesmo país, só que com visão diferente e aqui no xeque mate do jogo, o sabor da vitória será diferente de pessoa para pessoa».

    Por mais voltas que demos ao tema nós vamos ser sempre clientes uns dos outros e em vez de estarmos a criar “monstros de ódio e mágoa” dentro das pessoas, era melhor termos cuidado porque, um dia, que pode ser curto ou longo, a vida há de obrigar-nos a uma task force em que efetivamente vamos perceber que nem o melhor cozinheiro faz omeletas sem ovos.

    Por: Glória Leitão

     

     

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