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Edição de 30-04-2024
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    Arquivo: Edição de 30-10-2011

    SECÇÃO: Saúde


    Médicos aconselham doentes renais sobre cuidados com a alimentação

    A Sociedade Portuguesa de Nefrologia (SPN) alerta os doentes com insuficiência renal crónica para a necessidade de terem cuidado com a alimentação, e também cautela para não correrem riscos de desnutrição.

    «A escolha da dieta por parte do médico é sempre feita de uma forma individualizada, pois uma boa alimentação é fundamental para reduzir as complicações no doente renal e melhorar a sua qualidade de vida», refere Fernando Nolasco, presidente da SPN.

    Para os doentes com insuficiência renal crónica a dieta é uma parte fundamental do plano de tratamento, além da terapia farmacológica e dos tratamentos convencionais (diálise, hemodiálise e transplante renal).

    Na insuficiência renal crónica, o fósforo contribui para as alterações ósseas observadas nestes doentes, pois não é eliminado de forma apropriada, acumulando-se quantidades excessivas. Por outro lado, os rins são responsáveis por ativar a vitamina D essencial para que o organismo possa absorver o cálcio dos alimentos. Quando os rins deixam de funcionar, esta vitamina não é ativada e o cálcio não é absorvido.

    Por isso é importante reduzir a ingestão de fósforo e aumentar a ingestão de cálcio e vitamina D na sua forma ativa. O fósforo e o cálcio estão presentes sobretudo no leite e seus derivados. Por esta razão existem medicamentos que atuam corrigindo os defeitos existentes.

    A perda da funcionalidade dos rins faz também com que o potássio se acumule no sangue. «Quando os níveis ficam muito altos, o doente tende a sentir debilidade muscular, tremores e fadiga e pode correr risco de vida», alerta o nefrologista. O potássio está presente sobretudo na fruta, frutos secos e legumes. Por se tratar de um mineral solúvel em água, grande parte do potássio contido nos alimentos pode ser eliminado através de técnicas culinárias tais como a imersão ou dupla cozedura.

    Na insuficiência renal a eliminação de sódio e água através da urina é reduzida. Como consequência da retenção de sódio, os doentes têm uma grande sensação de sede e a retenção de água pode dar origem ao aparecimento de edemas na pele e subida da tensão arterial. Se esta condição não for controlada pode conduzir a situações de insuficiência cardíaca. Sal, queijo e marisco são os principais alimentos ricos em sódio.

    Em Portugal estima-se que 800 mil pessoas sofram de doença renal crónica. A progressão da doença é muitas vezes silenciosa, o que leva o doente a recorrer ao médico tardiamente, já sem qualquer possibilidade de recuperação.

    Todos os anos surgem mais de dois mil novos casos de doentes em falência renal. Em Portugal existem atualmente 16 mil doentes em tratamento substitutivo da função renal (cerca de 2/3 em diálise e 1/3 já transplantados), e cerca dois mil aguardam em lista de espera a possibilidade de um transplante renal.

    SOCIEDADE PORTUGUESA

    DE NEFROLOGIA

    APOIA INVESTIGAÇÃO

    Entretanto, a Sociedade Portuguesa de Nefrologia (SPN) anunciou que vai financiar este ano três projetos de investigação nacionais na área das doenças renais, no valor de 45 mil euros. No total, foram recebidas 11 candidaturas.

    Para Fernando Nolasco, presidente da SPN, «é fundamental continuar a apoiar a investigação científica em Nefrologia em Portugal, e reconhecer o valor dos trabalhos apresentados, não só os que foram financiados mas também os das restantes candidaturas».

    As propostas de trabalhos distinguidas foram: “Mecanismos da disfunção do sistema dos peptídeos natriuréticos na relação da síndrome nefrótica com um sistema dopaminérgico renal reduzido” (Unidade de Investigação e Desenvolvimento de Nefrologia da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto), “Síndrome nefrótica na infância – Estudos de associação genótipo-fenótipo e triagem para novas mutações” (Instituto de Medicina Molecular – Faculdade de Medicina de Lisboa) e “Síndrome de Alport – Estudo clínico e molecular das famílias portuguesas” (Serviço de Genética da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto).

    O júri foi constituído pela totalidade dos membros da Comissão Científica da SPN e presidido por Manuel Pestana.

    Em Portugal, estima-se que cerca de 800 mil pessoas sofrem de doença renal crónica. A progressão da doença é muitas vezes silenciosa, o que leva o doente a recorrer ao médico tardiamente, já sem qualquer possibilidade de recuperação.

    A Sociedade Portuguesa de Nefrologia é uma organização de utilidade pública, sem fins lucrativos, fundada no anop de 1978 e que tem por missão prevenir e curar as doenças renais e melhorar a qualidade de vida de todas as pessoas afetadas de doença renal através do desenvolvimento da atividade científica dentro da área da nefrologia.

     

     

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