Treino da memória em doentes seniores pode atrasar Alzheimer
Assinalou-se no passado dia 21 de setembro, o Dia Mundial da Doença de Alzheimer. A realização de exercícios diários de estimulação da cognição e da memória ajuda os doentes de Alzheimer a retardarem a perda das suas capacidades cognitivas e, consequentemente, a sua autonomia.
Para o psicoterapeuta Rodrigo Neiva Correia, «a estimulação das capacidades cognitivas é fundamental em doentes com deterioração intelectual, nomeadamente com a doença de Alzheimer, uma vez que se pretende atrasar o declínio destas capacidades».
Uma das consequências desta patologia prende-se com a existência de défices sobretudo no que diz respeito à memória imediata, ou seja, o reconhecimento e a recuperação. Esta constitui a principal queixa dos doentes e seus familiares. «Este tipo de memória apenas apresentará resultados positivos com exercícios regulares, e como exemplo, um desses exercícios consiste em contar uma história e pedir ao doente que tente reconhecer e assinale numa ficha, todas as palavras ouvidas, de uma lista de palavras misturadas, ditas e não ditas, sendo posteriormente convidado a contar a história usando as suas próprias palavras», refere o psicoterapeuta. Primeiro, «é importante que a informação recebida seja muito bem compreendida, mas no caso de existirem erros no relato da história contada pelo idoso, não se deve dramatizar e aceitar a sua própria versão», conclui. Este tipo de intervenção contribui para prevenir ou minorar o declínio das funções cognitivas como a memória, a linguagem e o raciocínio, entre outras. Além deste tipo de exercícios é importante que o doente também seja estimulado a realizar atividades físicas, tais como caminhadas.
A doença de Alzheimer é uma doença progressiva e irreversível do cérebro (morte das células cerebrais e atrofia do cérebro), com causas e tratamento ainda pouco conhecidos, que afeta pessoas com mais de 50 anos.
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