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Edição de 31-03-2024
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    Arquivo: Edição de 30-07-2011

    SECÇÃO: Destaque


    XVIII FEIRA DO LIVRO DO CONCELHO DE VALONGO

    Algumas perguntas à organização da Feira...

    1 – Sendo conhecidas as dificuldades orçamentais para pôr de pé o importante certame que é a Feira do Livro e atrair público a ele, sendo este um evento tão ligado à cultura e ao texto, foi feito algum esforço pela organização da Feira no sentido de contar com a participação ainda que pontual e limitada de um dramaturgo com a qualidade do Júnior Sampaio, que além do mais, é um dos mais importantes parceiros culturais da Câmara? Ou até do próprio ENTREtanto, tendo em conta que estava precisamente a decorrer uma atividade de formação?

    2 – Sendo a Feira do Livro, como dissemos já, um evento tão ligado ao livro e ao texto, não seria obrigatório que ela refletisse isso mesmo no seu acompanhamento musical de fundo, com a divulgação de música, quer música de texto, cantada (muitos importantes poetas escreveram texto para canção ou tiveram poemas seus musicados), quer música unicamente instrumental, propícia, não deixando que, por omissão, se repetissem continuadamente temas da música pimba do gosto mais duvidoso no decurso da Feira?

    3 – Sendo a Feira do Livro um evento tão importante do ponto de vista cultural, que deveria promover a história e identidade do concelho, e estando a vida do concelho tão ligada ao pão e ao biscoito, estando inclusive os biscoitos da Padaria Paupério presentes no stand da Câmara na Feira do Livro, estranhamos que a sponsorização do evento tenha sido entregue a uma empresa concorrente e de muito recente entrada no concelho. Perguntamos: foi feita alguma proposta à Paupério para o patrocínio da feira do livro? Uma outra empresa significativa do concelho, a metalúrgica Felino comemorava este ano os seus 75 anos de existência. Alguém falou com a Felino?

    4 – Tendo a Câmara e a Biblioteca de Valongo lançado, no ano anterior uma iniciativa que destacamos – o I Encontro de Jovens Autores do Concelho – porque não foi este ano realizado o II Encontro? Tendo em conta que se, na feira do ano anterior, participaram cinco autoras (Diana Miriam Dias, Joana Silva, Marta Baptista, Patrícia Lino e Rita Coelho), não seria sempre possível reunir, se não todas, pelo menos algumas delas ou mesmo outros autores?

    5 – Tendo, no ano anterior, com Lurdes Breda, uma autora portadora de deficiência, mas com uma escrita e projetos de grande qualidade, a Câmara Municipal prestado um duplo serviço à comunidade, não teria sido possível este ano, inclusive com a ajuda da Agência para a Vida Local, manter esta linha de atenção à deficiência, o que – como se viu no ano anterior – pode não significar de forma alguma perda de qualidade nos livros apresentados?

    6 – Para além da excelente Conferência sobre Miguel Torga organizada pela Ágorarte, que a Câmara Municipal acolheu e ajudou a concretizar, não teria sido vantajoso pedir a colaboração desta associação e da sua valência Oficina das Letras, para trazer a Ermesinde, sem custos, um ou dois autores de referência para uma conversa na feira? Não poderia ter-se, em esforço de última hora, arranjado uma forma de promover a divulgação da Poesia, como objectivo em si, a que o recentemente desaparecido Álvaro Mendonça tanto se dedicou?

    7 – Na apresentação do livro “Futebol: começar bem para chegar ao topo”, o autor, Luís Proença, defrontou-se com uma plateia completamente vazia. Não teria sido possível à organização da Feira ter previamente contactado a escola de futebol do Alfenense que realizava precisamente um torneio internacional jovem, para o divulgar e trazer à Feira os maiores interessados – miúdos e formadores do concelho?

    8 – Tem a organização da Feira memória do que escrevemos na primeira página do jornal “A Voz de Ermesinde” precisamente de há um ano atrás: «A Feira do Livro do Concelho de Valongo continua a ser um dos momentos altos da programação cultural do concelho. Esta décima-sétima edição, por sua vez, representa um salto qualitativo que, a nosso ver, deve ser uma marca que não permita retrocessos, mas porto de ancoragem para o lançamento de novos livros e o encontro com os autores, novos ou consagrados, cumprindo a sua vocação primeira, de promoção do livro e da leitura»? Que prefere a organização da feira, a nossa atenção crítica ou o nosso aplauso haja o que houver?

    Por: LC

     

     

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