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Edição de 31-03-2024
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    Arquivo: Edição de 30-06-2011

    SECÇÃO: Desporto


    ASSEMBLEIA GERAL DO CPN

    Associados dão luz verde para a exploração do complexo desportivo

    Era sem dúvidas o ponto mais aguardado da Ordem de Trabalhos da Assembleia Geral do CPN da noite de 17 de junho passado, ponto esse que passava pela aprovação, ou não, da proposta de cedência do complexo desportivo cepeenista à exploração a uma empresa como forma de salvar o clube de uma morte lenta.

    Descrito pela Direção comandada por Paulo Sousa como sendo o “caminho da salvação” a esmagadora maioria dos associados aceitaria a proposta, dando assim “carta branca” à jovem empresa Just Move para que esta possa revitalizar daqui em diante a casa propagandista.

    Fotos MANUEL VALDREZ
    Fotos MANUEL VALDREZ
    Dada a importância desta Assembleia Geral (AG) não se pode dizer que família cepeenista tenha comparecido em grande número no salão nobre, não chegando sequer à meia centena os associados do clube – incluindo nestes os membros da Direção e restantes órgãos sociais – que ali se deslocaram. Os suficientes no entanto para viabilizar a proposta apresentada pela Direção, que indicava como única saída para fugir a uma morte anunciada a cedência à exploração do complexo desportivo a uma empresa especializada na gestão deste género de infraestruturas. Ponto mais aguardado da noite cuja discussão e aprovação – como se viria a confirmar – seria guardado para o final já que primeiramente os associados teriam não só de votar o relatório de contas e atividades do ano transato, como também aprovar a eleição de dois novos membros para a Direção e um significativo aumento de quotas para o próximo ano.

    No primeiro ponto o vice-presidente da Direção Rui Machado faria as honras da casa ao relatar – resumidamente – alguns dos factos contidos no relatório de atividades, frisando que desde novembro – altura em que atual Direção entrou em funções – até à presente data a situação pouco ou nada se alterou em relação ao passado recente, ou seja, o clube continuam com grandes dificuldades financeiras, pese embora se tenham realizado alguns acordos – de pagamentos de dívidas – que impediram desde logo a paralização imediata do CPN, dando exemplos dos acordos celebrados com a Segurança Social e com os monitores da piscina que levaram o clube a tribunal na sequência de ordenados em atraso. Como nota mais triste deste plano de atividades apontaria o encerramento das piscinas, facto ocorrido no mês de março, na sequência de uma dívida contraída com a EDP Gás, situação relatada na integra nesta AG e sobre a qual o nosso jornal já deu conta na última edição aquando da entrevista com o atual presidente da Direção do CPN Paulo Sousa.

    Apesar da delicada situação em que o clube continua mergulhado Rui Machado sublinharia que foram vividos diversos momentos de felicidade na sequência de títulos desportivos conquistados pelas várias secções do clube. Depois de lido o parecer – favorável – do Conselho Fiscal face a este relatório foi a vez dos associados se pronunciarem, tendo a maioria aprovado o documento, havendo apenas quatro abstenções.

    O ponto seguinte aludia à eleição de dois novos membros para a Direção, visando a substituição dos dirigentes recém-demissionários Alfredo Sista e José Vinhas. Para os seus lugares foram propostos Rui Abreu e Rui Maneca, dois elementos cuja admissão por votação secreta foi aprovada na sequência de um resultado de 30 votos favoráveis e um voto em branco.

    No ponto número três era proposto um aumento significativo das quotas para associados efetivos de 1,5 para 2 euros. Posta à votação a proposta seria aprovada por maioria, apenas com uma abstenção.

    O PONTO

    MAIS

    AGUARDADO

    DA NOITE

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    A sessão chegava então ao ponto quatro, o que à partida causava maior expetativa, pois dali poderia sair a solução para salvar o CPN de uma morte lenta. Solução essa que passava pela cedência à exploração de todo o complexo desportivo do clube a uma empresa especializada neste tipo de gestão, projeto esse que o nosso jornal já tornou público na integra na sequência da entrevista* mantida com o presidente da Direção Paulo Sousa há cerca de duas semanas atrás, e publicada na nossa última edição. Explicado todo o projeto – que pela sua “extensão” e pelo facto de dele termos já dado conta na citada entrevista ao líder cepeenista – Paulo Sousa apresentou em seguida a empresa que se propõe a trazer uma nova vida ao CPN, a dinamizar e revitalizar todas as infraestruturas do clube. Trata-se de uma empresa jovem, formada também ela por jovens, mas que apesar da sua tenra idade, por assim dizer, possuem já uma experiência bastante significativa na área. Paulo Morgado foi a voz da Just Move – assim se chama a citada empresa – nesta apresentação aos associados, a quem relembrou o enorme potencial que todo o complexo desportivo do CPN possui, dando conta da intenção da empresa em revitalizar todo esse potencial através de uma série de projetos (os quais já foram abordados na entrevista mantida com Paulo Sousa). O contrato de exploração do complexo cepeenista pela Just Move será de 10 anos.

    Escutado com atenção o projeto mereceria um ou outro comentário de alguns associados, caso de Jorge Gonçalves, que mesmo mostrando-se agradado com a ideia propôs que a proposta em questão não fosse votada naquela sessão uma vez que as ideias apresentadas apenas tinham sido faladas verbalmente e não alinhavadas oficialmente num documento a que todos os sócios tivessem acesso. «Só quero votar aquilo que conseguir ler», justificou o conhecido associado. Também Albino Rodrigues proporia que a Direção elaborasse junto da empresa em questão um contrato no prazo de 60 dias e que posteriormente o desse a conhecer aos associados para então poder ser votado.

    Estas duas propostas seriam mal aceites pela maioria dos associados presentes, já que muitos deles acusariam Jorge Gonçalves e Albino Rodrigues de com as suas posições estarem a impedir que o CPN pudesse ser ajudado de imedito pela empresa Just Move. Face ao burburinho que se instalou na sala a presidente da mesa da AG, Luísa Paupério, lembrou que a Direção tinha autonomia para conceder à exploração as instalações do clube, sem precisar de trazer o assunto a uma AG, mas que mesmo assim havia achado por bem dar a última palavra aos associados.

    Explicando que a sua posição não era de oposição a este projeto, pelo contrário, Jorge Gonçalves e Albino Rodrigues acabariam por pedir a retirada das suas propostas mantendo-se assim a votação do ponto para aquela noite. Votação essa que aprovou por maioria – com três abstenções – a proposta de cedência de exploração de todo o complexo à Just Move.

    *Nota: Na entrevista dada por Paulo Sousa ao nosso jornal onde explicava todo o projeto de exploração do complexo foi referido por lapso da nossa parte que a empresa que iria tomar as rédeas do citado complexo assumiria a dívida atual que o CPN mantém com a EDP Gás. Tal facto não corresponde à verdade, uma vez que essa dívida continuará a ser da responsabilidade da Direção, sendo que a empresa apenas assumirá as faturas a partir do momento em que entrar em funções. Desde já apresentamos as nossas desculpas a todos os visados pelo lapso cometido.

    Por: Miguel Barros

     

     

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