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Edição de 31-03-2024
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    Arquivo: Edição de 15-03-2011

    SECÇÃO: Saúde


    Saúde no Trabalho

    O grande impacto de lesões músculo-esqueléticas em trabalhadores é conhecido, existindo uma ligação médica definitiva entre as tarefas no trabalho e estas lesões, que continuam a ser uma das principais causas de incapacidade e tempo de trabalho perdido, o que leva a consequências financeiras.

    Cerca de 40% dos custos em saúde ocupacional em todo o mundo são atribuídos a lesões músculo-esqueléticas que representam assim uma importante causa de morbilidade e incapacidade, constituindo um problema na sociedade e podendo ser um impedimento à participação no trabalho e em actividades sociais.

    Os trabalhadores assumem posturas e movimentos específicos bem como certas forças, que constituem uma carga física a que são sujeitos, que pode causar a curto e//ou a longo prazo, sintomas músculo-esqueléticos. Sintomas que podem provocar «uma mudança na performance do trabalho, ou nas características do trabalhador (motivação, por exemplo)» (Winkel).

    Assim, factores como posturas de trabalho estáticas e inadequadas, e tarefas repetitivas estão relacionados com sintomas músculo-esqueléticos em trabalhadores sedentários.

    Como exemplos temos a indústria de manufactura, em que os trabalhadores são sujeitos a posturas inadequadas e movimentos repetitivos, e empregos que requerem utilização contínua de computadores, em que os trabalhadores apresentam vícios posturais durante a actividade de trabalho.

    Perceber as causas das lesões, avaliando a exposição dos trabalhadores aos factores de risco, é o passo principal para a prevenção.

    Um bom local de trabalho para os trabalhadores pode ter vantagens como redução de custos, melhoria da produtividade, e a longo prazo, benefícios como aumento da motivação dos empregados e diminuição de ausência devido a doença.

    De forma a identificar populações de risco que deveriam ter acesso prioritário a acções preventivas, é necessário existir informação sobre a prevalência de sintomas e dados sobre a carga de trabalho, em grupos específicos de trabalhadores.

    A saúde ocupacional e serviços de seguros bem como aconselhamentos ergonómicos nas empresas são importantes nas intervenções para reduzir a carga de trabalho no sistema músculo-esquelético e consequentes lesões.

    Uma intervenção eficaz num meio de trabalho deve abranger duas áreas: a melhoria ergonómica e os aspectos cognitivos e comportamentais.

    Pode e deve começar o quanto antes a intervir onde lhe é possível sempre: nos aspectos comportamentais. Como?

    Alternando as posturas de trabalho, permitindo intervalos de descanso de partes específicas do corpo, evitar a inclinação da cabeça, pescoço, tronco, evitar posturas assimétricas e de torção, e não trabalhar nos limites de amplitude de movimento, providenciar apoios posteriores nos assentos (e que o assento e o posto de trabalho permitam tirar a máxima vantagem dos apoios posteriores).

    Experimente, pelo seu trabalho e pela sua saúde!

    Por: Joana Viterbo / Diana Silva (*)

    (*) Fisioterapeutas

     

     

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