FUNDAÇÃO PORTUGUESA DE CARDIOLOGIA APONTA FALHAS
Maioria dos portugueses não tem acesso a programas de prevenção cardiovascular
À margem do IV Encontro Coração e Família, que terminou no passado dia 12 de Março, em Vila Nova de Gaia, a Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC) criticou o programa de prevenção das doenças cardiovasculares do Ministério da Saúde.
Para Lopes Gomes, cardiologista e presidente da delegação Norte da FPC, «seria possível reduzir drasticamente o número de mortes por doenças cardiovasculares em 60 a 70 por cento se existisse uma prevenção eficaz. Contudo existe uma falta de divulgação sobre o assunto que nos inquieta».
Com os objectivos de alertar a população para a prevenção das doenças cardiovasculares e promover a aproximação entre doentes e profissionais de saúde, a FPC apelou à colaboração de todos para a implementação e execução efectiva do Plano Nacional de Prevenção Cardiovascular.
PRINCIPAL CAUSA DE MORTE
«(...) Cerca de 40 por cento dos portugueses deveria ter acesso a um programa de prevenção. No entanto, Portugal está, neste aspecto, como há 10 anos atrás em que apenas 3 a 4 por cento da população pode recorrer a este tipo de medidas», alerta o cardiologista.
As doenças cardiovasculares representam a principal causa de morte no país e são também uma importante causa de incapacidade. Os hábitos de vida adoptados por grande parte da população, tais como o sedentarismo, a falta de actividade física diária, uma alimentação desequilibrada ou o tabagismo, constituem hoje factores de risco a evitar.
O IV Encontro Coração e Família abordou temas como o papel fundamental do diagnóstico das arritmias cardíacas, pacing cardíaco e a prevenção da morte súbita.
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