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Formandas do curso Serviço de Andares em Hotelaria retratam história da cultura ermesindense
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Fotos MANUEL VALDREZ |
A Vila Beatriz acolheu na tarde do passado dia 25 de Fevereiro uma exposição de trabalhos realizados por 12 formandas do curso EFA (Educação e Formação de Adultos) Serviço de Andares em Hotelaria do Centro de Formação do CSE. E em abono da verdade há que dizer que o evento foi bem mais do que uma simples apresentação de trabalhos, mas igualmente uma viagem à história cultural da Cidade de Ermesinde. E assim o foi porque no trabalho alusivo ao segundo tema de vida as 12 formandas retrataram inúmeros factos histórico-culturais da nossa cidade, criando uma espécie de roteiro de oferta cultural para quem nos visita. Neste aspecto, e aproveitando as sessões de Processos e Métodos de Lavagem de Roupa (PLR), as formandas elaboraram uma curiosa mostra de imagens – impressas em livro e em placares – alusivas à história das lavadeiras do rio Leça em Ermesinde.
Ainda no âmbito das sessões de PLR, e na sequência dos ensinamentos adequiridos sobre o processo de evolução da lavagem de roupa, os visitantes puderam contemplar outra interessante exposição de fotografias históricas retratando tanques de várias zonas da freguesia onde lavadeiras ganhavam o seu pão.
Do passado ao presente o caminho era feito em passos curtos na Vila Beatriz, podendo visionar-se alguma da oferta cultural actualmente existente na nossa cidade, com relevo para a Associação Académica e Cultural de Ermesinde, ou o Rancho Folclórico da Casa do Povo de Ermesinde, que aliás merecia honras de destaque na entrada para esta mostra de trabalhos não só com a reprodução de uma entrevista feita ao seu presidente como também com um vídeo de uma actuação do rancho.
“Saindo” de Ermesinde e das suas ofertas culturais, digamos assim, seguimos em direcção à Sala da Lareira onde foi fácil constatar que o empenho e imaginação das formandas foi levado ao extremo, pois no âmbito das sessões de lingua estrangeira as 12 meninas elaboraram não só um guia turístico sobre a cidade de Londres como a reprodução, em miniatura, claro está, de alguns dos monumentos mais emblemáticos da capital britânica.
Mas o melhor, em nossa opinião, ainda estava para vir. Voltando às tradições locais foi possível matar saudades do “morto e enterrado” Entrerro do João, uma encenação carnavalesca que durante décadas animou as ruas ermesindenses por alturas do entrudo. E para reavivar essa desaparecida tradição ninguém melhor de uma das principais personagens do enredo, a própria “viúva” do João, Maria Rambóia. Trajada a rigor a Dona Maria, como carinhosamente é tratada no nosso meio, protagonizou aos muitos pequenos e graúdos que se encontravam no exterior do palacete da Vila Beatriz – onde decorreu a encenação – um final de tarde alegre com as rimas e chavões de depedida que pregou ao longo de 30 anos durante o enterro do seu João.
Por tudo o que vimo e vivemos nesta tarde bem podemos dizer que as 12 formandas do Curso de Serviço de Andares em Hotelaria tiveram da nossa parte... nota máxima.
Por:
Miguel Barros
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